segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ayaan Hirsi Ali, os muçulmanos americanos e a Veja

Ao contar a história da somali que abandonou o Islã após os ataques terroristas de 11 de setembro, a jornalista Nana Queiroz omite números da pesquisa que ela própria cita para desqualificar as opiniões da entrevistada.



http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/a-historia-da-muculmana-que-abandonou-o-isla-apos-o-11-9

"A escritora diz ainda que não acredita que o islamismo esteja aberto a "modernizações". Contudo, pesquisas mostram que muçulmanos americanos, mesmo sem deixar a religião, estão mais abertos à assimilação dos princípios ocidentais do que a história sofrida de Ayaan lhe permite acreditar. Entre os muçulmanos questionados em um levantamento feito recentemente, 56% afirmam querer adotar os costumes americanos e 90% defendem até que as mulheres deveriam trabalhar fora de casa (confira os números no quadro ao lado). Em média, eles são também mais felizes que os demais cidadãos americanos: 56% dizem estar satisfeitos com a forma como as coisas transcorrem nos Estados Unidos."


O que não é mencionado em momento algum pela jornalista é que, de acordo com a mesma pesquisa:

19% dos muçulmanos americanos acreditam que o terrorismo suicida é aceitável. Na faixa dos 18-29 o número sobe para 31% (um em cada três)

30%
têm uma visão positiva/pouco negativa da Al-Qaeda

28%
dizem ser contra a adoção de costumes americanos. Se somados aos que dizem que é preferível adotar alguns costumes, mas mantendo-se distintos do resto dos americanos o número sobe para 44%

60%
dos muçulmanos americanos dizem não acreditar que os responsáveis pelo 11/9 foram muçulmanos. Entre os imigrantes muçulmanos vivendo nos EUA o número sobe para 78%.

35%
dizem não se preocupar com o extremismo islãmico

31%
dizem que há conflito entre ser um muçulmano e viver numa sociedade moderna.

Pew Research Center survey on Muslims in America

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