Um dos versículos do missal anti-semita, exemplo prático de como uma mentira muitas vezes repetida acaba por se transformar em verdade oficial, é o “massacre” de Deir Yassin, episódio da guerra que os árabes moveram aos judeus logo após a aprovação do Plano de Partilha pela ONU.
Os anti-semitas, disfarçados de “anti-sionistas” e “apoiantes da causa palestiniana”, largam a designação “Deir Yassin”, com ar profundo e indignado e, embora não tenham uma ideia clara do que realmente aconteceu, fazem conta que sim e avançam alegremente pelo velhíssimo caminho da demonização do judeu.
Deir Yassin era uma aldeola árabe perto de Jerusalém, na estrada para Telaviv. Na primavera de 1948 os árabes tinham lançado a chamada “Guerra das Estradas” e a parte judaica de Jerusalém estava cercada excepto por essa estrada.
A 13 de Março de 1948, uma companhia árabe, constituída predominantemente por iraquianos tinha entrado na aldeia, com a intenção de fechar o garrote sobre Jerusalém.
Em 09 de Abril de 1948, uma companhia mista do Irgun e do Lehi atacou a aldeia a fim de a capturar e neutralizar os iraquianos.
Foram feitos avisos prévios à população de que devia abandonar a zona, agora transformada em objectivo militar, de facto a maioria da população saiu da aldeia.
Quando os paramilitares judaicos chegaram foram recebidos a tiro pelos iraquianos, muitos dos quais se tinham vestido de mulheres e se protegiam no meio delas, ardil que, como sabemos, continua a ser usado tanto no Líbano como em Gaza.
Os judeus responderam, e nos combates que se seguiram, a unidade do Irgun sofreu pesadas baixas (50 homens) mas conseguiu finalmente neutralizar os iraquianos, capturando alguns ainda vestidos de mulher.
Quando já se tinham rendido, um grupo deles voltou a fazer fogo com armas que mantinham escondidas debaixo das vestes. Muitos paramilitares do Irgun morreram e os restantes ripostaram, matando todos os prisioneiros.
Reacção normal… sem ir mais longe, em Aljubarrota os portugueses executaram centenas de prisioneiros gascões que se tinham rendido, quando a área dos trens foi atacada pelo Mestre de Alcântara.
Quando o Haganah chegou à aldeia encontrou os civis mortos e passou a ideia de que tinha havido um massacre. Alguns investigadores entendem que esta posição da Haganah foi pensada, uma vez que por um lado tinha interesse em fazer fugir os árabes de certas aldeias, espalhando rumores sobre a ferocidade dos judeus, e por outro, convinha-lhe isolar o Irgun, numa luta interna de ordem ideológica, já que a Haganah era de esquerda e o Irgun de direita.
A Cruz Vermelha foi chamada ao local e não encontrou prova de qualquer massacre, conclusão corroborada por um estudo feito em Julho de 1999, por investigadores árabes da Universidade de Birzeit, de Ramalah, segundo o qual não houve qualquer massacre mas sim um confronto militar no qual morreram 107 árabes (incluindo os iraquianos) em consequência do fogo cruzado. Ou sejam, o número de mortos é até inferior ao número de combatentes da companhia árabe que ocupou a aldeia.
De onde vem então a ideia do “massacre”?
Do mesmo local de onde vieram as ideias dos “massacres” de Jenin, e das manobras propagandísticas da ultima guerra com o Hezbolah: empolamento e distorção deliberadas para gerar indignação e estimular o ódio e a mobilização dos países árabes, neste caso a cargo da Rádio “Voz da Palestina”, cujo director, o Dr Hussein Khalidi afirmou que “nós temos o dever de capitalizar esta grande oportunidade”.
Na verdade foi com base na versão distorcida do Dr Hussein Khalidi que saiu um artigo no New York Times a divulgar ao mundo o “massacre” de Deir Yassin, suscitando várias declarações condenatórias das mais diversas personalidades, e basta recordar o que aconteceu no Verão passado com o “massacre” de Canaa, para se ter uma ideia das asneiras que as pessoas proferem, quando enfunadas pela ignorância convencida e pelas visões estrábicas do mundo.
Neste caso o tiro saiu aos árabes pela culatra porque a distorção dos factos lançou o pânico nos felas, contribuindo para engrossar o número de refugiados.
Isto foi confirmado num documentário da PBS (Os 50 anos de Guerra, 1993) que registou depoimentos de aldeões e protagonistas de Deir Yassin.
“Não houve violações. É tudo mentira. Não foram esventradas mulheres grávidas. Era propaganda, para que os árabes fugissem e os exércitos árabes pudessem invadir e expulsar os judeus”
(Mohammed Radwan, combatente árabe de Deir Yassin, , Middle East Times, 20 de Abril de 1998)
“A rádio árabe falou de mulheres a serem mortas e violadas, mas não é verdade…eu creio que a maior parte dos que morreram eram combatentes e mulheres e crianças que os ajudaram. Os lideres árabes cometeram um grande erro. Exagerando as atrocidades eles pretendiam encorajar as pessoas a lutar, mas acabaram por criar o pânico e as pessoas fugiram”
(Ayish Zeidan, aldeão de Deir Yassin,Daily Telegraph, 8Abril1998 )
Aliás Arafat, na sua biografia autorizada, refere expressamente que os exageros das histórias sobre Deir Yassin acabaram por provocar um efeito contrário aquele que se pretendia.
Deir Yassin não foi um massacre, tal como Jenin não foi um massacre, mas sim construções propagandísticas tendo em vista objectivos de guerra psicológica. Os muçulmanos fazem isto constantemente, procurando manipular as receptivas opiniões públicas ocidentais, jogando com os nossos interditos e tabus.
Os exemplos são vastos: usar escudos humanos, fazer explodir crianças, atacar deliberadamente alvos civis, transformar locais de culto, escolas e hospitais em posições de combate, louvar o culto da morte, etc.
Dias depois de Deir Yassin, deu-se um verdadeiro massacre que todavia está dentro do vasto recipiente de amnésia localizada ao dispor dos “apoiantes da causa palestiniana” (ódio a Israel, em português).Uma coluna médica do Hospital de Hadassah, foi atacada e metodicamente executados 77 médicos, enfermeiros e estudantes.
Mas destes não reza a história... eram meros "porcos judeus".
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