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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Intolerância religiosa nos países islãmicos

Placas: "Judeus e armênios não são permitidos por este portão.
Cães são livres para entrar"


Colunista iraquiano afirma: "É difícil lembrar um período em que os árabes cristãos estiveram em maior perigo do que hoje".

Num artigo no jornal iraquiano Al-Zaman, publicado simultaneamente em Londres e Bagdá, cuja linha editorial é independente e liberal desde a década de 1940, o colunista Majid Aziza dá destaque à situação da população árabe cristã no mundo muçulmano. A seguir, alguns trechos do artigo:[1]

Na Palestina, os cristãos estão quase extintos em conseqüência do controle que os extremistas muçulmanos têm sobre a questão palestina e da marginalização dos cristãos, sem mencionar o impacto negativo da intifada [revolta dos palestinos contra Israel] – que é dirigida pelas organizações islâmicas – sobre os cristãos da Palestina.

"Os cristãos nascidos em países árabes estão fugindo das suas regiões de origem. Hoje em dia, essa informação é divulgada em todo o mundo e é cem por cento verdadeira. As estatísticas mostram que um grande número de cristãos árabes está emigrando para lugares menos perigosos para eles e seus filhos, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa. Os motivos são, por um lado, a perseguição que os órgãos governamentais movem contra eles e, por outro lado, os grupos extremistas...

Os cristãos têm vivido há séculos nas regiões conhecidas atualmente como países árabes, juntamente com outros grupos religiosos e, principalmente, com os muçulmanos que participaram com eles das aflições da vida. Mas os cristãos perderam o apoio de seus concidadãos islâmicos por muitas razões, inclusive pelo extremismo religioso entre alguns muçulmanos, pelo aumento da população [islâmica] por motivos religiosos, pelos atos de discriminação, coerção e expulsões individuais e coletivas de cristãos e pelas pressões que os cristãos vinham sofrendo até mesmo quando estavam servindo a seus países. Há muitos exemplos disso na Palestina, no Iraque, no Sudão, no Líbano, no Egito e em outras nações.

Aproximadamente 4 milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em conseqüência das pressões impostas pelos [muçulmanos]. Mais ou menos meio milhão de cristãos iraquianos deixaram seu país pelos mesmos motivos... Hoje a situação está ficando pior por causa da discriminação por parte dos extremistas muçulmanos salafitas. Na Palestina, os cristãos estão quase extintos em conseqüência do controle que os extremistas muçulmanos têm sobre a questão palestina e da marginalização dos cristãos, sem mencionar o impacto negativo da intifada [revolta dos palestinos contra Israel] – que é dirigida pelas organizações islâmicas – sobre os cristãos da Palestina. Com relação aos cristãos coptas do Egito, o que o governo e os muçulmanos fizeram e estão fazendo com eles daria para encher páginas e páginas de livros e jornais, explicando os atos de coerção, discriminação e perseguição. O que está acontecendo também com os cristãos na Argélia, Mauritânia, Somália e outros países é um problema que ocuparia espaço demais para ser explicado.

Essa situação ocorre igualmente nos países muçulmanos não-árabes. Em nações islâmicas como o Paquistão, a Indonésia e a Nigéria, os cristãos também sofrem perseguição. No Paquistão, os líderes muçulmanos decretaram uma fatwa [decisão religiosa] permitindo a matança de dois cristãos para cada muçulmano morto pelos ataques americanos no Afeganistão, como se os americanos representassem o Cristianismo no mundo. Em outros países os cristãos vivem com medo, sob a sombra de ameaças, e enfrentam uma crescente série de agressões toda vez que os Estados Unidos e seus aliados executam uma operação militar contra qualquer país [muçulmano].

Os cristãos têm medo do que lhes poderia acontecer nesses países. A situação é muito grave e requer atenção urgente. É difícil imaginarmos qualquer outro tempo em que os cristãos enfrentaram maior perigo do que atualmente nesses países..." (extraído de www.memri.org)


Nota:

  1. Al-Zaman (Iraque & Londres), 14 de setembro de 2004.


- Perseguição aos cristãos nos países muçulmanos

- Perseguição a cristãos no Egito “democrático” faz 12 mortos e deixa 220 feridos

- Cristãos no Iraque fogem de Natal sangrento

- Muçulmanos atacam manifestantes cristãos e deixam 65 feridos no Egito

- CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO MUNDO MUÇULMANO Intolerância Religiosa – Uma moderna forma de Imperialismo

- PERSEGUIÇÃO A CRISTÃOS POR MUÇULMANOS NA ETIÓPIA

- The Persecution of Palestinian Christians

- BAHÁ’ÍS: PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA NO IRÃ

- PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA: Discursos anticristãos no Irã levam a repressão

- Judeus nos países árabes

- O Tratamento aos Judeus nos Países Árabes/Islâmicos

- O Tratamento aos Judeus nos Países Árabes/Islâmicos - Situação atual

Judeus nos países árabes

http://www.judeusdospaisesarabes.com.br/



MITO
“Os judeus que viviam nos países islâmicos eram bem tratados pelos árabes”.

O historiador da Universidade de Princeton Bernard Lewis escreve: “A Idade de Ouro dos direitos iguais foi um mito e a crença nisso foi resultado, e não causa, da simpatia dos judeus [europeus] pelo Islã”.
Spanish idyll myth spread by 19th c. British Jews


Maomé, o fundador do Islã, viajou para Medina no ano 622 d.e.c. para atrair seguidores á sua nova fé. Quando os judeus de Medina se recusaram a reconhecê-lo como seu profeta, duas das principais tribos judaicas foram expulsas; em 627, os seguidores de Maomé mataram entre 600 e 900 homens e dividiram as mulheres e crianças judias sobreviventes entre eles.

A atitude dos muçulmanos com relação aos judeus se reflete em diversos versículos do Corão, o livro sagrado da fé islâmica. “Eles (os judeus) foram condenados à humilhação e à desgraça. Eles atraíram para si a ira de Deus por negarem constantemente os sinais de Deus e matarem injustamente seus profetas, bem como por desobedecerem e transgredirem” (Sura 2:61).

De acordo com o Corão, os judeus buscam trazer a corrupção (5:64), sempre são desobedientes (5:78) e inimigos de Alá, do Profeta e dos anjos (2:97-98). Os judeus sempre foram vistos com desdém por seus vizinhos muçulmanos; a coexistência pacífica entre os dois grupos envolvia a subordinação e degradação dos judeus.

No século IX, o califa de Bagdá, Al-Mutawakil, criou um distintivo amarelo para os judeus. Séculos mais tarde, isso foi imitado pela Alemanha nazista.
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A seguir, um pouco da história das comunidades judaicas nos países árabes, desde suas origens até a quase extinção nos dias atuais.


INTRODUÇÃO


Os judeus vivem no Oriente Médio, Norte da África e na região do Golfo há vários séculos. Houve uma presença ininterrupta de grandes comunidades judaicas no Oriente Médio desde os tempos remotos, mais de 2.500 anos antes do nascimento dos estados árabes modernos. Veja a época em que algumas delas surgiram:

Iraque - século 6 a .C.
Líbia - século 3 a .C.
Iêmen - século 3 a .C.
Líbano - século 1 a .C.
Síria - século 1 a .C.
Marrocos - século 1 d.C.
Argélia - séculos 1 e 2 d.C.
Tunísia – século 2 d.C.

Após a conquista da região pelos muçulmanos, sob o domínio islâmico os judeus passaram a ser considerados cidadãos de segunda classe, mas a eles eram permitidas, durante um determinado período, oportunidades religiosas, educacionais, profissionais e empresariais limitadas.

Isso mudou no século 20, quando ocorreu um padrão de perseguição consistente e difundido e violações em massa dos direitos humanos das minorias judaicas em países árabes. Decretos e legislações oficiais aprovados pelos regimes árabes negaram direitos humanos e civis aos judeus e às outras minorias; suas propriedades foram desapropriadas; eles foram privados de sua cidadania e de seu sustento. Os judeus eram frequentemente vítimas de assassinato, prisões e detenções arbitrárias, tortura e expulsões.

Com a declaração do Estado de Israel em 1948, o status dos judeus nos países árabes piorou drasticamente à medida que muitos países árabes declararam ou apoiaram guerra contra Israel. Os judeus foram, então, expulsos dos países onde residiam há anos e tornaram-se reféns políticos dominados do conflito árabe-israelense.

Os direitos e a segurança dos judeus residentes em países árabes passaram a ser atacados física e legalmente pelos governos e pela população de um modo geral. Na Síria, por causa das perseguições anti-judaicas em Alepo, em 1947, dos 10 mil judeus da cidade, 7 mil fugiram do terror. No Iraque, o “sionismo” tornou-se um crime capital. Mais de 70 judeus foram assassinados por bombas na região judaica do Cairo, no Egito. Após os franceses terem desocupado a Argélia, as autoridades emitiram uma variedade de decretos anti-judeus que induziram os quase 160 mil judeus a fugirem prontamente do país. Após a Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas sobre o Plano de Partilha, em 1947, amotinadores muçulmanos deram início a perseguições sanguinárias em Áden e Iêmen que acabaram causando a morte de 82 judeus. Em diversos países os judeus foram expulsos ou tiveram sua cidadania revogada (como, por exemplo, na Líbia). Inúmeros judeus fugiram de 10 países árabes. Eles se tornaram refugiados em uma região predominantemente hostil aos judeus.

As restrições sancionadas pelo estado, freqüentemente associadas à violência e repressão, forçaram um deslocamento em massa dos judeus. Resultado: mais de 850 mil judeus foram expulsos das terras que eles e seus ancestrais viviam há várias gerações. Saiba mais sobre estas comunidades:


EGITO



Bar Mitzvah de gêmeos, Cairo, Egito, 1930.

Histórico

Os judeus vivem no Egito desde os tempos bíblicos. As tribos israelitas mudaram-se inicialmente para a terra de Goshen (extremo nordeste do delta do Nilo) durante o reinado do faraó egípcio Amenhotep IV (1375-1358 b.C.).

Ao longo dos anos, os judeus buscaram abrigo e habitaram o Egito. Em 1897, havia mais de 25 mil judeus no Egito, a maior parte deles concentrada nas cidades do Cairo e Alexandria. Em 1937, a população alcançou 63.500 judeus.

Na década de 1940, com o crescimento do nacionalismo egípcio e os esforços do movimento sionista para criar uma terra natal judaica adjunta a Israel, as atividades anti-judaicas começaram a surgir com mais intensidade. Em 1945, as agitações começaram – dez judeus foram mortos, 350 ficaram feridos e uma sinagoga, um hospital judeu e um lar para idosos foram incendiados. Após o sucesso do movimento sionista em estabelecer o Estado de Israel, medidas violentas e repressoras vindas do governo e dos cidadãos egípcios tiveram início entre junho e novembro de 1948. Bombas foram postas no quartel judeu, matando mais de 70 judeus e ferindo cerca de 200. As agitações nos meses que se seguiram resultaram em muitas outras mortes. Dois mil judeus foram presos e muitos tiveram suas propriedades confiscadas.

Em 1956, o governo egípcio usou a Campanha do Sinai como pretexto para expulsar aproximadamente 25 mil judeus egípcios do país e confiscar suas propriedades. A eles foi permitido levar do país apenas uma mala e uma pequena quantidade de dinheiro, e todos foram obrigados a assinar documentos “doando” suas propriedades ao governo egípcio. Aproximadamente mil outros judeus foram presos ou mandados para campos de concentração. Em 23 de novembro de 1956, um manifesto, assinado pelo Ministro de Assuntos Religiosos e lido em voz alta pelas mesquitas de todo o Egito, declarava que “todos os judeus são sionistas e inimigos do Estado”, e prometeu que todos seriam, em breve, expulsos (AP, 26 e 29 de novembro de 1956; New York World Telegram).

Em 1957, a população judaica no Egito ja tinha caído para 15 mil. Em 1967, depois da Guerra dos Seis Dias, houve uma nova onda de perseguições, e a comunidade judaica caiu para 2.500. Na década de 1970, após ser dada aos judeus remanescentes a permissão de deixar o país, a comunidade reduziu-se a algumas poucas famílias.

Os direitos dos judeus foram finalmente recuperados em 1979, depois que o presidente Anwar Sadat assinou o Acordo de Camp David com Israel. Somente então foi permitido à comunidade estabelecer laços com Israel e com a coletividade judaica no mundo. Os quase 200 judeus deixados no Egito são agora idosos, e a comunidade judaica do país, outrora orgulhosa e crescente, está agora praticamente extinta.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

O primeiro Código de Nacionalidade foi promulgado pelo Egito em 26 de maio de 1926. Somente tinham direito à nacionalidade egípcia aqueles “pertencesse racialmente à maioria da população de um país cuja língua seja o árabe ou cuja religião seja a islâmica”. 2 Esta cláusula serviu como pretexto oficial para expulsar muitos judeus do Egito.

Em 9 de julho de 1947, uma emenda foi introduzida à Lei das Empresas Egípcias, tornando obrigatório a uma empresa que 75% dos empregados de setores administrativos e 90% dos empregados em geral fossem cidadãos egípcios. Isto resultou na demissão e na impossibilidade de conseguir novos empregos para muitos judeus, pois apenas 15% da população judaica possuía a cidadania egípcia. 3

Os judeus partiram em massa do Egito quando foi criada uma nova emenda, em 1956, retificando a Lei de Nacionalidade Egípcia de 1926. O Artigo 1 da lei de 22 de novembro de 1956 estipulava que os “sionistas” fossem proibidos de receber a cidadania egípcia. 4 O Artigo 18 da lei de 1956 reforçava ainda que “a nacionalidade egípcia poderia ser retirada, por ordem do Ministério de Relações Interiores, em caso de pessoas classificadas como sionistas”. Além disso, o termo "sionista” nunca foi definido, deixando então que as autoridades egípcias o interpretassem como bem entendessem.

As cláusulas nas leis de 1956 e 1958 permitiram que o governo retirasse a cidadania de qualquer judeu egípcio que estivesse ausente do território da RAU (República Árabe Unida) por mais de seis meses consecutivos. O que prova que estas cláusulas foram feitas para atingir exclusivamente os judeus é o fato de que as listas de pessoas desnaturalizadas, publicadas de tempos em tempos pelo Diário Oficial, continham apenas nomes judeus, apesar de muitos outros egípcios não-judeus terem se ausentado por mais de seis meses do território egípcio. 5

Discriminação econômica e estrangulamento (apenas alguns exemplos)

A lei 26 de 1952 obrigava todas as empresas a empregar percentagens pré-determinadas de “egípcios”. Um grande número de empregados judeus assalariados perdeu seus empregos, e não conseguiram outros, porque não pertenciam à categoria de judeus que possuía nacionalidade egípcia.

Entre 1 e 20 de novembro de 1956, registros oficiais revelam que, por uma série de ordens de confisco dadas pela Proclamação Militar 4, as propriedades de muitas centenas de judeus no Egito foi retirada de seus donos e entregue a administradores egípcios. A Proclamação 4 foi posta em prática quase que exclusivamente em judeus; e ainda que um pequeno número de coptas e muçulmanos tenham sido também prisioneiros de guerra, seus pertences nunca foram tomados. 7

Das listas publicadas contendo 486 pessoas e empresas cujas propriedades foram retiradas pela Proclamação Militar 4, pelo menos 95% dos nomes eram judeus. Os nomes de pessoas e empresas afetadas por esta medida representa o volume econômico substancial representado pelos judeus no Egito, as maiores e mais importantes empresas e seu sustento principal, por meio de contribuições voluntárias, de instituições judaicas religiosas, educacionais, sociais e de bem-estar social no Egito. 8

Além do confisco de propriedade e outros tratamentos discriminatórios, a Diretiva 189 criada sob a autoridade da Proclamação Militar 4, autorizava que o Diretor Geral da Agência de Confisco deduzisse, dos pertences de pessoas presas na guerra, 10% do valor total das propriedades confiscadas, alegando ser este para cobrir custos administrativos. A partir disso, sem nenhuma preocupação em relação à legalidade do confisco de propriedades, os judeus do Egito passaram a pagar taxas pela maquinaria ou por confisco e retenção impróprios. 9

Os judeus que deixavam o Egito eram sujeitos a privações e inconveniências adicionais. Uma regra foi estabelecida autorizando judeus que deixassem o Egito a levar com eles cheques de viagem ou outros documentos de troca no valor máximo de 100 libras esterlinas por pessoa. O Banco do Egito fornecia aos judeus que saíam do país instrumentos criados especificamente para contas egípcias na Inglaterra e França, quando as autoridades egípcias sabiam muito bem que tais contas eram bloqueadas em reciprocidade ao bloqueio egípcio de pertences ingleses e franceses, e que não eram livremente negociados fora do país. 10


IRAQUE


Cerimonial de memória para Menahem Salah Daniel, líder da comunidade judaica de Bagdá.

Histórico

O Iraque é a designação moderna para um país estabelecido com a antiga Babilônia, a Assíria e a parte sul da Turquia após a Primeira Guerra Mundial.

O Iraque é também o lugar da mais antiga diáspora judaica, a de história contínua mais longa, de 721 b.C. a 1949 a .C., uma faixa de tempo de 2670 anos.



Comerciantes judeus de Bagdá

No século III, a Babilônia tornou-se o centro do conhecimento judaico, como é confirmado pela contribuição mais influente do conhecimento judaico à comunidade, o Talmude babilônico. Os judeus prosperaram no que era então a Babilônia por 1200 anos antes da Conquista Muçulmana em 634 d.C. Sob controle dos muçulmanos, a situação da comunidade judaica tornou-se instável. Alguns judeus possuíam altos cargos de governo ou prosperavam com o comércio e as trocas. Ao mesmo tempo, outros judeus eram submetidos a taxas especiais e restrições em suas atividades profissionais. Sob o controle britânico, que começou em 1927, os judeus iam bem economicamente, mas todo este progresso cessou quando o Iraque conquistou sua independência em 1932.

Em junho de 1941, o golpe de Rashid Ali, de apoio aos nazistas e inspirado pelo Mufti, iniciou uma série de manifestações e perseguições em Bagdá. Multidões de iraquianos armados assassinaram 180 judeus e feriram outros mil.

Insurreições adicionais de manifestações anti-judaicas ocorreram entre 1946 e 1949. Após o estabelecimento de Israel em 1948, o sionismo tornou-se um crime capital.


Judia iraquiana foge com seu filho

Em 1950, foi permitido que os judeus iraquianos deixassem o país em um ano caso desistissem de suas cidadanias. Um ano mais tarde, no entanto, as propriedades dos judeus que emigraram foram congeladas e restrições econômicas foram dadas aos judeus que permaneceram no país. De 1949 a 1951, 104 mil judeus foram expulsos do Iraque na Operação Ezra e Nehemiah, outros 20 mil foram retirados clandestinamente pelo Irã. Assim, uma comunidade que chegou a 150 mil pessoas em 1947 rapidamente se reduziu a seis mil depois de 1951.

Em 1952, o governo do Iraque barrou os judeus de imigrarem. Com a ascensão de facções rivais Ba’ath em 1963, restrições adicionais foram impostas aos judeus iraquianos remanescentes. A venda de propriedades foi proibida e todos os judeus foram forçados a carregar cartões de idntidade amarelos. As perseguições continuaram, especialmente após a Guerra dos Seis Dias em 1967, quando muitos dos três mil judeus restantes foram presos e demitidos de seus empregos. Por volta desta época, medidas mais repressoras foram tomadas: as propriedades dos judeus foram tomadas; as contas bancárias, congeladas; os judeus foram despedidos de cargos públicos; lojas foram fechadas; licenças comerciais foram canceladas; telefones foram desligados. Os judeus foram colocados em prisão domiciliar por longos períodos de tempo, ou ficavam restritos a suas próprias cidades.

As perseguições chegaram ao seu limite máximo no final de 1968. Grupos de judeus eram presos sob alegação de descobertas de “grupos de espiões” compostos por empresários judeus. Quatorze homens – sendo onze deles judeus – foram sentenciados à morte em julgamentos encenados e, em 27 de Janeiro de 1969, foram enforcados em praças públicas de Bagdá; outros morreram sob tortura (Judith Miller e Laurie Mylroie, “Saddam Hussein and the Crisis in the Gulf”, p. 34).

Em resposta à pressões internacionais, o governo de Bagdá silenciosamente permitiu que a maior parte dos judeus que restavam emigrassem no início da década de 1970, mesmo enquanto outras restrições eram mantidas. Em 1973, a maior parte dos judeus iraquianos restantes estavam velhos demais para saírem do país e foram pressionados pelo governo a entregar títulos, sem compensações, de propriedades judaicas no valor de mais de 200 milhões (New York Times, 18 de fevereiro de 1973).

Hoje, aproximadamente 61 judeus permanecem ainda em Bagdá. O que fora um dia uma comunidade crescente de judeus no Iraque encontra-se hoje extinta (Associated Press, 28 de março de 1998).

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

A primeira fração de legislação posta em prática que violou os direitos dos judeus foi a emenda 12 de 1948 para o suplemento 13 de 1938 ao Código Penal de Bagdá. O Código Penal de Bagdá reforçava a cláusula relacionada ao comunismo, anarquia e imoralidade da seção 89A(1). A seção geralmente proíbe a publicação de qualquer coisa que incite a difusão do ódio, abusos de governo ou a integridade da população. Esta emenda, criada em 1948, adicionou o termo “sionismo” ao comunismo, anarquismo e imoralidade, cuja propagação constituía uma ofensa com pena de sete anos de prisão e/ou uma multa.

Em um artigo do jornal New York Times em 16 de maio de 1948, foi registrado que “No Iraque, não é permitido que nenhum judeu deixe o país a não ser que deixe £5,000 (cerca de 10 mil dólares) com o governo para garantir o seu retorno. Nenhum judeu estrangeiro pode entrar no Iraque, nem mesmo de passagem”.

A lei 1 de 1950, intitulada “Suplemento ao decreto cancelando a nacionalidade iraquiana”, privava de fato os judeus da nacionalidade iraquiana. A seção 1 estipulava que “o Conselho de Ministros pode cancelar a nacionalidade iraquiana dos judeus iraquianos que desejem por vontade própria deixar o Iraque...”. 14

A lei 5 de 1951, intitulada “Lei de supervisão e administração de propriedades de judeus que negligenciaram a nacionalidade iraquiana”, também os privava de suas propriedades. A seção 2(a) “congelou” as propriedades dos judeus. 15

Houve uma série de leis que subseqüentemente expandiram o confisco de pertences e propriedades de judeus que “negligenciaram a nacionalidade iraquiana”. Entre elas está a lei 12 de 1951 16 e a lei anexa 64 de 1967 (em relação à posse de ações em empresas comerciais), além da lei 10 de 1968 (em relação a restrições bancárias).


LÍBIA


Bairro dos judeus em Trípoli

Histórico

A comunidade judaica da Líbia remete suas origens ao século 3 a .C.

Na época da ocupação italiana na Líbia em 1911, havia apenas 21 mil judeus no país, a maior parte em Tripoli.

No final da década de 1930, leis anti-judaicas foram gradualmente reforçadas, e os judeus foram sujeitos a repressões terríveis. Ainda assim, em 1941, os judeus respondiam por um quarto da população de Trípoli e mantinham 44 sinagogas.

Em 1942, os alemães ocuparam o quarto judeu e tornou tudo muito difícil para os judeus na Líbia, ainda que as condições não melhorassem após a liberação. Durante a ocupação britânica, o crescimento do nacionalismo árabe e do fervor anti-judaico foram as principais razões por trás de uma série de perseguições, a pior das quais, em novembro de 1945, resultou no massacre de 140 judeus em Tripoli e regiões próximas, e na destruição de cinco sinagogas (Howard Sachar, A History of Israel).

O estabelecimento do Estado de Israel levou muitos judeus a deixarem o país. Em junho de 1948, em protesto à descoberta do Estado judeu, manifestantes assassinaram outros 12 judeus e destruíram cerca de 280 lares judeus. Ainda que a emigração fosse ilegal, mais de 3 mil judeus conseguiram fugir para Israel. Quando os ingleses legalizaram a emigração em 1949, e nos anos que precederam a independência do Líbano em 1951, demonstrações hostis e manifestações contra os judeus causaram a partida de cerca de 30 mil judeus para o norte do país, e após a Líbia ter conquistado a independência e tornar-se membro da Liga Árabe em 1951 (Norman Stillman, The Jews of Arab Lands in Modern Times).

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos
(apenas alguns exemplos)

* O Artigo 1 da Lei nº. 62 de março de 1957, decretava, entre outras coisas, que pessoas ou empresas foram proibidas de entrar direta ou indiretamente em contratos de qualquer natureza com organizações ou pessoas domiciliadas em Israel, com cidadãos israelenses ou seus representantes. A provisão desse artigo também permitiu que o Conselho de Ministros registrasse residentes na Líbia que fossem parentes de pessoas residentes em Israel. 17


Família judia da Líbia

·* A Lei de 31 de dezembro de 1958 foi um decreto emitido pelo Presidente do Conselho Executivo de Tripolitania, que ordenava a dissolução do Conselho da Comunidade Judaica e a designação de um comissário Muçulmano nomeado pelo Governo. 18

* Em 24 de maio de 1961, uma lei foi promulgada decretando que apenas cidadãos líbios poderiam possuir ou transferir propriedade real. Uma prova conclusiva da posse de cidadãos líbios era requerida para ser evidenciada por uma licença especial, confiantemente relatado de ter sido emitida para apenas seis Judeus em sua totalidade. 19


Estudantes de escola judaica de Trípoli

* O Decreto Real de 8 de agosto de 1962 decretou, entre outras coisas, que um líbio perdia sua nacionalidade se tivesse tido qualquer contato com Sionismo. A perda da nacionalidade Líbia, de acordo com essa provisão, se estendia para qualquer pessoa que tivesse visitado Israel depois da proclamação da independência líbia, e qualquer pessoa julgada por ter agido moral ou materialmente em favor dos interesses israelenses. O efeito retroativo dessa provisão permitiu que as autoridades privassem Judeus da nacionalidade Líbia à vontade. 20

* Com a primeira lei 14, de 7 de fevereiro de 1970, o Governo líbio estabeleceu que todas as propriedades pertencentes a "Israelitas" que deixaram o território líbio "para se estabelecer definitivamente no exterior" teriam que passar pela Custódia Geral. Apesar do preciso fraseio da lei ("Israelitas que deixaram o território líbio para se estabelecer definitivamente no exterior"), o Governo líbio começou a tomar posse de propriedades pertencentes a "judeus" sem se preocupar com o fato de que esses Judeus não poderiam ser considerados "israelitas" e não tinham "se estabelecido definitivamente no exterior". 21

* O governo decretou a lei de 21 de julho de 1970, que afirmava que queria "a restituição de certos recursos para o Estado". A "lei relativa à definição de certos recursos para o Estado" afirmou que a Custódia Geral administraria o valor líquido das propriedades de Judeus, bem como suas empresas e ações pertencentes a judeus. 22

ARGÉLIA


Família celebrando o Seder de Pessach - Oran, 1930.

Histórico

O assentamento judeu na Argélia dos dias de hoje pode ser traçado muito distante no passado. No século XIV, com a deterioração das condições na Espanha, muitos judeus espanhóis mudaram-se para a Argélia. Após a ocupação francesa do país em 1830, os judeus gradualmente receberam a cidadania francesa.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

Em 1934, os muçulmanos, incitados por eventos ocorridos na Alemanha nazista, se agitaram em Constantina matando 25 judeus e ferindo muitos outros. Antes de 1962, havia 60 comunidades judaicas, cada uma mantendo seus próprios rabinos, sinagogas e instituições educacionais. Após a independência da Argélia em 1962, o governo argelino atormentou a comunidade judaica e privou os judeus de seus direitos econômicos. Como resultado, quase 130 mil judeus argelinos imigraram para a França e, desde 1948, 25.681 judeus argelinos imigraram para Israel.


A independência da Argélia com a França foi o evento-chave na expulsão da comunidade judaica. Como resultado do desejo da Argélia e dos argelinos de juntarem-se à onda de nacionalismo e pan-arabismo que varria o Norte da África, os judeus não mais se sentiam bem-vindos após a partida francesa. O Código de Nacionalidade Argelino de 1963 deixou isso bem claro, dando a cidadania argelina como direito apenas àqueles cujos pais e avôs paternos possuíssem algum status pessoal muçulmano na Argélia. 24 Em outras palavras, ainda que a Frente Libertadora Nacional na Argélia fosse conhecida por seu slogan “Um Estado secular democrático”, ela seguia critérios religiosos rígidos ao dar a cidadania, por isso fortificando sentimentos anti-judeus e anti-Israel no país.



Professores e Rabinos da Escola Etz Haim - Oran, 1927


TUNÍSIA

Histórico

As primeiras evidências documentadas de judeus vivendo onde é hoje a Tunísia vêm de antes do ano 200.

Após a conquista árabe da Tunísia no século 7, os judeus viviam em condições satisfatórias apesar de algumas medidas discriminatórias como algumas taxas.

Em 1948, a comunidade de judeus tunísios chegava a 105 mil pessoas, com 65 mil vivendo somente em Tunis.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

Depois que a Tunísia conquistou sua independência em 1956, uma série de decretos anti-judaicos do governo foram promulgados. Em 1958, o Conselho da comunidade judaica na Tunísia foi abolido pelo governo, e sinagogas, cemitérios e quartos judeus antigos foram destruídos sob alegação de “renovação urbana”.

Em condições similares a dos judeus na Argélia, a ascensão do nacionalismo tunísio levou a legislações anti-judaicas e, em 1961, fez com que um grande número de judeus deixasse o país. A situação de instabilidade crescente fez com que mais de 40 mil judeus tunísios imigrassem para Israel. Em1967, a população judaica no para 20 mil.

Durante a Guerra dos Seis Dias, os judeus foram atacados em agitações árabes, e várias sinagogas e lojas foram queimadas. O governo denunciou a violência e apelou à população judaica para que ficassem, mas, no entanto, não os proibiu de deixar o país. Logo depois, sete mil judeus emigraram para a França.

Mesmo em 1982 houve ataques a judeus em cidades como Zarzis e Ben Guardane. Hoje, cerca de 2 mil judeus permanecem na Tunísia.


SÍRIA


Histórico

Os judeus vivem na Síria desde os tempos bíblicos, e a história da comunidade é mesclada à história dos judeus na terra de Israel. A população judaica aumentou significativamente após a expulsão dos judeus da Espanha em 1942. Através das gerações, as principais comunidades judaicas foram encontradas em Damascus e Alepo.

Em 1943, a comunidade judaica na Síria tinha 30 mil membros. Esta população era em sua maioria distribuída entre Alepo, onde viviam 17 mil judeus, e Damasco, onde viviam 11 mil.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

Em 1945, em uma tentativa de impedir esforços para estabelecer uma terra natal judaica, o governo restringiu a emigração para Israel, e propriedades judaicas foram queimadas e saqueadas. Perseguições anti-judaicas começaram a acontecer em Alepo em 1947, fazendo com que 7 dos 10 mil judeus que ali viviam fugirem por medo. O governo então congelou as contas bancárias judaicas e confiscou suas propriedades.

Logo após a descoberta de Israel, como registrado no jornal New York Times em 16 de maio de 1948: “Uma política de discriminação econômica na Síria está sendo posta em prática contra os judeus. ‘Virtualmente, todos’ os cidadãos judeus civis empregados pelo governo sírio foram demitidos. A liberdade de movimentos foi ‘praticamente abolida’. Postos especiais de fronteira foram estabelecidos para controlar o movimento dos judeus.

Em 1949, os bancos foram instruídos a congelar as contas dos judeus e confiscar todos os seus pertences. Ao longo dos anos que se seguiram, o padrão contínuo de estrangulamento político e econômico fez com que um total de 15 mil judeus deixassem a Síria, 10 mil dos quais emigraram para os EUA e outros 5 mil para Israel.


IÊMEN e ÁDEN


Família iemenita estudando hebraico


Histórico

Os judeus do Iêmen têm várias lendas relacionadas com a sua chegada ao país, sendo a mais conhecida aquela que diz que eles chegaram antes da destruição do Primeiro Templo ( 587 a .C). A primeira evidência histórica da presença de judeus no Iêmen data do século III.

Os judeus começaram a deixar o Iêmen por volta de 1880, quando aproximadamente 2.500 rumaram para Jerusalém e Jafa. Mas foi após a Primeira Guerra Mundial, quando o Iêmen se tornou independente, que o sentimento anti-Judeu no país tornou a imigração uma necessidade. Leis anti-semitas, que tinham ficado esquecidas por anos foram trazidas à tona (por exemplo, os judeus não podiam mais andar nas calçadas ou andar a cavalo). Em um tribunal, as evidências de um judeu não eram aceitas diante das evidências de um muçulmano.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

Em 1922, o governo do Iêmen re-introduziu uma antiga lei Islâmica que exigia que órfãos judeus menores do que 12 anos fossem convertidos ao Islamismo. Quando um Judeu decidia emigrar, ele deveria deixar todas as suas posses. Apesar disso, entre 1923 e 1945, um total de 17 mil Judeus Iemenitas deixaram o país e foram para a Palestina.

Após a Segunda Guerra Mundial, milhares de outros judeus iemenitas queriam migrar para a Palestina, mas o Livro Branco dos britânicos ainda estava em vigor e aqueles que deixassem o Iêmen acabariam em morros abarrotados de gente em Áden, onde revoltas graves aconteceram em 1947 depois que as Nações Unidas decidiram pela partição. Muitos Judeus foram mortos e o bairro Judeu foi completamente incendiado. Apenas em Setembro de 1948 que as autoridades britânicas em Áden permitiram que os refugiados fossem para Israel.

Em 1947, após a decisão pela partição, revoltosos Muçulmanos deram início a uma sangrenta perseguição em Áden que matou 82 Judeus e destruiu centenas de casas Judias. A comunidade Judaica em Áden, que contava com 8 mil Judeus em 1948, foi forçada a fugir. Até 1959 mais de 3 mil já haviam chegado em Israel. Muitos fugiram para os Estados Unidos e Inglaterra. Atualmente não há Judeus remanescentes em Áden.

Na mesma época da fundação de Israel, a comunidade Judaica no Iêmen estava economicamente paralisada, já que a maioria das lojas e negócios judaicos foi destruída. Essa situação cada vez mais perigosa levou a emigração de toda a comunidade Judaica Iemenita – quase 50 mil Judeus – entre Junho de 1949 e Setembro de 1950, na chamada operação "tapete mágico". Uma emigração em menor escala foi permitida até 1962, quando uma Guerra civil trouxe um final abrupto ao êxodo Judaico.

Esse é mais um exemplo do deslocamento de toda uma comunidade Judaica de suas raízes ancestrais em países árabes. É estimado que aproximadamente mil Judeus vivam atualmente no Iêmen. Eles são mantidos como reféns, em péssimas condições e não lhes é permitido deixar o país.


Judeus do Iêmen fogem do país

MARROCOS



Menino celebrando seu Bar Mitzva à caminho da sinagoga com seus
familiares e amigos, Fez, 1940.

Histórico

Os judeus apareceram pela primeira vez em Marrocos há mais de dois milênios, viajando em parceria com negociantes fenícios. A primeira colonização dos judeus ocorreu em 568 a .C. quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos
(apenas alguns exemplos)

Por volta de 1948, essa antiga comunidade judaica, a maior na África do Norte, contava 265 mil. Em junho de 1948, após a constituição do Estado de Israel, manifestações sanguinárias em Oujda e Djerada mataram 44 judeus e deixaram outros feridos.Naquele mesmo ano, um boicote econômico não oficial foi incitado contra os judeus marroquinos.

A imigração para Israel iniciou com a iniciativa de pequenos grupos que chegaram na época da Independência de Israel. Entretanto, a maior imigração, que trouxe mais de 250 mil judeus marroquinos para Israel, foi induzida por medidas anti-judaicas executadas em resposta a constituição do Estado de Israel. Em 4 de junho de 1949, manifestações apareceram ao norte de Marrocos matando e ferindo dezenas de judeus.Logo após, os judeus começaram a deixar Marrocos.



Durante os dois anos entre 1955 e 1957, mais de 70 mil judeus marroquinos chegaram em Israel. Em 1956, Marrocos declarou sua independência, e a imigração de judeus para Israel foi suspensa. Em 1959, atividades sionistas tornaram-se ilegais em Marrocos Durante esses anos, mais de 30 mil judeus fugiram para a França e para as Américas. Em 1963, a proibição na emigração para Israel foi revogada trazendo mais 100 mil para a costa.

Hoje, a comunidade judaica de Marrocos diminuiu em menos de 10% do seu tamanho original. Dos 17 mil judeus que restam, 2/3 vivem em Casablanca.



Mulheres judias em festa com músicos
Fez, Maroccos, 1950.


LÍBANO

Histórico

Os judeus vivem no Líbano desde os tempos antigos. O Rei Herodes, O Grande, no século I, manteve a comunidade judaica em Beirute.

Durante a primeira metade do século XX, a comunidade judaica desenvolveu-se amplamente devido à imigração da Grécia, Turquia e depois da Síria e do Iraque.

Decretos discriminatórios e violações dos direitos humanos (apenas alguns exemplos)

Houve momentos de manifestação e incitamento durante a constituição do estado de Israel como foi comunicado no New York Times em 16 de maio de 1948:

“No Líbano, judeus têm sido forçados a contribuir financeiramente para a luta contra a resolução da partição das Nações Unidas na Palestina. Atos de violência contra judeus são revelados abertamente pela imprensa, que acusam judeus de ‘envenenarem poços’ etc.

Em meados dos anos 1950, aproximadamente sete mil judeus viviam em Beirute. Comparada aos países islâmicos, as regras árabe-cristãs que caracterizam a estrutura política do país conduziam uma política de relativa tolerância em relação à população judaica. Todavia, por estarem tão próximos do “estado inimigo” Israel, os judeus libaneses se sentiram inseguros e decidiram emigrar em 1967, fugindo para a França, Israel, Itália, Inglaterra e América do Sul.

Em 1974, 1.800 judeus permaneciam no Líbano, a maioria concentrada em Beirute. A guerra civil muçulmano-cristã destruiu o quarto judeu em danificando muitos lares, negócios e sinagogas judaicas. A maior parte dos judeus libaneses restantes emigrou em 1976, temendo que a presença da Síria no Líbano impedisse sua liberdade de emigrar. Hoje, um número estimado de 150 judeus permanecem no Líbano.

domingo, 7 de agosto de 2011

The Persecution of Christians in the Middle East

See also: The Jihad Against the Armenian, Assyrian, and Greek Christians

The terrible violence in Oslo last month has brought the world's attention to the ravings of a madman and a murderer -- someone who was motivated to kill fellow Christians because he feels they had acquiesced to a takeover by Islam.

Our revulsion is appropriate -- this was the killing of innocent people in the name of religious and political hatred. However, when the roles are reversed, and Christians are in the minority and Muslims in the majority, are we equally upset by murder, intimidation and religious hatred?

Sadly, we don't appear to be. The world is standing silent as Christians living in Muslim-majority lands are killed, and their killers are venerated.

Today, Christians, regardless of affiliation, are being systematically harassed, persecuted, and murdered throughout the Middle East, the region of the globe from which Christianity first emerged. Churches have been bombed and those attending Christian services have been killed. Christian homes have been ransacked and cemeteries have been destroyed. Converts from Islam to Christianity are considered apostates and subject to severe punishment. In Iran, a man named Youcef Nadarkhani has been sentenced to hang for the state crime of converting from Islam to Christianity. His appeals for clemency to Iran's highest courts have been rejected.

The former President of Lebanon, Amin Gemayel has declared, "Massacres are taking place for no reason and without any justification against Christians. It is only because they are Christians." This can only be called religious cleansing on a vast scale.

Christians once represented significant populations in the Middle East; the Copts of Egypt, the Assyro-Chaldeans of Iraq, the Maronites of Lebanon, and the Southern Sudanese. Yet from the later part of the 20th century until today, the indigenous Christians are becoming refugees in the face of Muslim violence and persecution.

Lebanon was once 60 percent Christian. Today there are only 1.5 million Lebanese Christians -- approximately a third of the country. In Palestinian-controlled Bethlehem, the birthplace of Jesus, Christians were once 90 percent of the population, but are now a very small fraction of that. The Palestinian Authority that controls Bethlehem even banned the cross for sale as a souvenir for tourists. Samir Qumsieh, director of Al-Mahed Nativity TV in Bethlehem noted, "it is like saying that Jesus was never crucified."

Roughly only a third of all of Iraqi's Christians prior to the war remain. In 2010, Iraq's Christian leaders called off Christmas celebrations in the aftermath of a bloody assault on a major church. Chaldean Archbishop Louis Sako explained, "Nobody can ignore the threats...The situation of the Christians is bleak."

One year ago, in Iskenderun, Turkey, the head of the Catholic Church in Turkey, Bishop Luigi Padovese, was repeatedly stabbed and then decapitated by his driver, Murat Altun, who shouted, "I killed the Great Satan. Allahu Akhbar." His murder garnered little outrage.


In Saudi Arabia, a Muslim nation that is making major investments in technology and higher education, a nation that purports to be America's ally, it is still a crime to hold private religious ceremonies for any faith other than Islam. It is even illegal to own Christian or other non-Muslim religious items. Violators have been sent to prison and deported.

We in the West tend to gloss over these incidents, but we should not be so dismissive. The treatment of religious minorities - or any minorities - often tells us a great deal about the majority. If Islamic majorities hear no moral outrage and receive no resistance when they harass Christians, why stop the incitement and intolerance?

The mainline Christian churches are surprisingly unalarmed by this persecution. Many U.S. and U.K. churches are more focused on boycotting and divesting from Israel, which is odd since Israel is the only country in the Middle East where the Christian population is growing in number.

There is only one historical metaphor for today's Middle East Christians: The Jews of Europe in the decades prior to the Holocaust. Like today's Christians, the Jews of Europe were a minority, once thriving and at peace with their neighbors. But they, too, were subject to discrimination by state authorities and orchestrated violence. Those who left Europe as refugees were the lucky ones; those left behind became victims of genocide.

The lesson we learn is a simple one: If we do not protect the freedom of conscience in all societies, the dark hatred of religious bigotry is sure to inflict damage on an unimaginable scale. We are seeing that today in the Middle East, in its earliest forms. And so it falls to our political and religious leaders to make clear their moral outrage, and to stand up not only to rogue terrorists but to despotic governments who have brought murder and pain into the homes of those who have chosen to pursue their alternative expressions of faith.

domingo, 24 de julho de 2011

Selling land to Jews is punishable by death

Here's a story about a 'Palestinian' who was murdered because he was accused of selling a house to Jews. Yes, selling land to Jews here is punishable by death. What are the odds of your hearing that from the Western mainstream media?



JERUSALEM -- Israel supporters are sounding the alarm on a controversial law in the Palestinian Authority that forbids Arabs from selling land to Jews.

On the Mount of Olives, a large Israeli flag flies over a house where one man was possibly killed over the PA decree.

"Who killed him nobody knows, but it was because of the house," said resident Abraham.

Abraham's brother Mohammed was accused of selling the house to Jewish settlers. Just days after the new residents moved in, Mohammed's dead body was found on the road between Jericho and Jerusalem.

Click play to watch Chris Mitchell's report followed by analysis from CBN News Senior Editor John Waage.

Abraham suspects someone killed his brother because of the belief that he sold a house to Jews. Abraham insists his brother was innocent.

"Even the Jewish rabbi said, 'We bought the house through other people, not from him,'" he recalled.

"They came here. They said, 'We didn't buy it from him. We buy it our way.' So this is what happened. This is the truth," he said.

Israeli correspondent Pinchas Inbari said it's widely known that under the Palestinian Authority, an Arab caught selling land to Jews faces the death penalty.

"People have already been executed on these charges or to be killed by the militias, by Fatah, or the Islamic jihad. or whatever you have," Inbari said.

The decree has been in place since before Israeli statehood in 1948.

Because of the danger, some real estate transactions have led to Arabs being given extra money to leave the region and resettle elsewhere.

It's a subject Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu brought up to the foreign press earlier this year.

"Ten minutes from here in the Palestinian Authority in Ramallah, there is a law, a decree that if you sell land to Jews, it's punishable by death," Netanyahu said. "Now you think that's something worthy of reporting?"

While the law is widely known in the Middle East, it's seldom reported in the West.

--Originally aired July 21, 2011.