Israel está pagando um preço exorbitante (intolerável para as famílias de vítimas do terror) para trazer de volta o soldado Gilad Shalit, sequestrado pelo grupo terrorista palestino Hamas em 2006. O preço são 1027 prisioneiros palestinos. Entre os libertados, estão militantes com as mãos sujíssimas de sangue (de acordo com Israel, entre os mais de cinco mil presos por razões de segurança, cerca de 70% têm “sangue nas mãos”). Está havendo uma troca, mas cuidado com equivalências entre combatentes. O soldado Shalit, recruta compulsório, nunca matou mulheres e crianças. Nunca matou. Eis a ficha resumida de alguns palestinos inseridos no acordo para a libertação de Shalit:
Hussan Badran: comandante militar do Hamas na Cisjordânia, condenado à prisão perpétua pelo planejamento de vários ataques terroristas, entre eles o atentado suicida na pizzaria Sbarro, em Jerusalém, em agosto de 2001, na qual morreram o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos, e outras 14 pessoas.
Abdul al-Aziz Salaha: garoto-propaganda do terror. Entre seus crimes, esteve a participação no linchamento de dois soldados israelenses capturados em 12 de outubro de 2000, uma das imagens definitivas da segunda intifada (insurreição) palestina
Yehya Sinwar: um dos fundadores do braço militar do Hamas, as Brigadas Izzedin al-Qassam. Começou sua vida de assassino executando palestinos suspeitos de colaborar com Israel. Deverá ocupar alto cargo no Hamas, após 23 anos na prisão.
Walid Anajas: condenado a 36 sentenças de prisão perpétua por envolvimento em dois atentados terroristas. Um deles provocou 12 mortes no Moment Cafe, no coração de Jerusalém Ocidental em 2002, perto da sede da presidência israelense. O ataque no auge da intifada é considerado marca registrada do Hamas, motivo de júblilo para os simpatizantes do movimento. Eu espero que motivo de muita tristeza para os leitores.
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