terça-feira, 16 de setembro de 2008

19. Jerusalém

MITO
“Jerusalém é uma cidade árabe”.


FATO
Os judeus vivem em Jerusalém por aproximadamente dois milênios
ininterruptamente e constituem a maior comunidade populacional da cidade
desde 1840. Em Jerusalém está o Muro Ocidental (Muro das Lamentações)
do Monte do Templo, o lugar mais sagrado do judaísmo.

Jerusalém jamais foi a capital de qualquer nação árabe. Na verdade, era um
local afastado da maior parte da história árabe. Jerusalém nunca foi capital
de província sob um governo muçulmano nem um centro cultural islâmico.

Para os judeus, toda a cidade é sagrada; em contrapartida, os muçulmanos
veneram um lugar – o Domo da Rocha – e não a cidade. “Para um
muçulmano”, assinalou o escritor britânico Christopher Sykes, “há uma
diferença profunda entre Jerusalém, de um lado, e Meca ou Medina, de
outro. As últimas são lugares sagrados que contêm locais sagrados”. Segundo
ele, além do Domo da Rocha, Jerusalém não tem maior significado islâmico.1



MITO
“Jerusalém não precisa ser a capital de Israel”.

FATO
Desde que o Rei David fez de Jerusalém a capital de Israel, há mais de três mil anos,
a cidade vem desempenhando um papel central na existência judaica. O Muro

Sagrado judaico e o lugar mais sagrado do judaísmo – é objeto de veneração
e centro das orações judaicas. Há milhares de anos os judeus rezam três
vezes ao dia: “A Jerusalém, tua cidade, regressaremos com júbilo” e repetem
o voto do salmista: “Se me esquecer de ti, Ó Jerusalém, que a minha mão
direita perca a sua destreza”.

Jerusalém “conheceu apenas dois períodos de verdadeiro esplendor e estes
estão separados por dois mil anos. O esplendor ocorreu tão somente sob o
governo judaico”, escreveram Leon e Jill Uris no livro Jerusalém. “Isso é
assim porque os judeus são os que mais a amam e permanecem fiéis a esse
amor ao longo dos séculos da sua dispersão... É o mais longo e profundo caso
de amor de toda a história”.3
MITO
“Os árabes estavam dispostos a aceitar a internacionalização de
Jerusalém. Os judeus foram contra a idéia. Devido à sua intransigência,
hoje em dia Israel ocupa ilegalmente a cidade inteira”.

FATO
Quando as Nações Unidas assumiram a questão palestina em 1947,
recomendaram que toda Jerusalém fosse internacionalizada. O Vaticano e
muitas delegações predominantemente católicas pressionaram por esse
status, mas uma razão chave para a decisão da ONU foi o desejo de o bloco
soviético contrariar o rei Abdula da Transjordânia e seus patronos britânicos
negando ao rei o controle da cidade.

“Por três mil anos Jerusalém tem sido o centro da esperança e
das aspirações judaicas. Nenhuma outra cidade desempenha um
papel tão dominante na história, na cultura, na religião e na
consciência de um povo como Jerusalém na vida dos judeus e do

judaísmo. Ao longo dos séculos, Jerusalém permanece viva
nos corações dos judeus de todo o mundo como foco central da
história judaica, símbolo da sua antiga glória, cumprimento
espiritual e renascimento moderno. Esse coração e essa alma dos
judeus compõem a idéia de que, se você quiser uma única palavra
para simbolizar toda a história judaica, esta palavra é Jerusalém”.


- Teddy Kollek4

Após muita reflexão, a Agência Judaica concordou em aceitar a internacionalização
na esperança de, em curto prazo, proteger tanto a cidade do derramamento
de sangue como o novo país de conflitos. Como a resolução da partilha
pedia um referendo sobre o status da cidade em dez anos e os judeus cons-
tituíam uma maioria substancial, a expectativa era que mais adiante a cidade
seria incorporada a Israel. Os países árabes se opuseram à internacionalização
de Jerusalém do mesmo modo como foram contra o resto do plano de partilha.5
Em maio de 1948, a Jordânia invadiu e ocupou Jerusalém Oriental, dividindo
a cidade pela primeira vez em sua história e levando milhares de judeus –
cujas famílias haviam vivido na cidade por séculos – ao exílio. O plano de
partilha das Nações Unidas, inclusive a sua proposta de internacionalização
de Jerusalém, foi superado pelos acontecimentos.
Após a recusa da Resolução 141 das Nações Unidas pelos países árabes – e,
em 11 de dezembro de 1948, da Resolução 194, que estabelecia a Comissão
de Conciliação das Nações Unidas para a Palestina – o primeiro-ministro
David Ben-Gurion declarou que Israel não aceitaria mais a internacionalização
de Jerusalém.
De 1948 a 1967, a cidade esteve dividida entre Israel e Jordânia. Israel
fez de Jerusalém Ocidental a sua capital; a Jordânia ocupava a seção
oriental. Como a Jordânia – assim como todos os países árabes da época
– mantinha um estado de guerra com Israel, a cidade se converteu,
essencialmente, em dois campos armados, repletos de muros de concreto
e bunkers (abrigos antiaéreos), cercas de arame farpado, campos minados
e outras fortificações militares.
Em 1967, a Jordânia ignorou o pedido de Israel para que permanecesse fora
da Guerra dos Seis Dias e atacou a parte ocidental da cidade. Os jordanianos
foram derrotados pelas forças israelenses e retirados de Jerusalém Oriental,
permitindo que a unidade da cidade fosse restaurada. Teddy Kollek, prefeito
de Jerusalém por 28 anos, chamou a reunificação da cidade de “a realização
prática dos objetivos do movimento sionista”.
Como Israel estava se defendendo da agressão das guerras de 1948 e 1967,
o especialista em direito internacional Steven Schwebel escreveu que a
reivindicação de Israel pela soberania sobre Jerusalém era melhor do que a
dos seus vizinhos árabes.7
MITO
“A Jordânia aceitou a internacionalização”.
FATO
A Jordânia se opôs à internacionalização desde o início, quando se uniu aos
demais países árabes na rejeição à partilha. O delegado da Jordânia, Fawzi
Pasha Malki, falou duramente perante o Comitê Político Ad Hoc das Nações
Unidas, em 6 de dezembro de 1949:
“Minha delegação não acredita que qualquer forma de
internacionalização... sirva a algum propósito, já que os lugares
sagrados sob proteção e controle de meu governo estão sãos e
salvos, sem qualquer necessidade de um regime especial”.8
Quando o Conselho de Curadoria se reuniu em Genebra, no início de 1950,
para redigir uma nova lei para o governo de Jerusalém, a Jordânia negou à
ONU permissão para qualquer tipo de supervisão.9

Naquele ano, a Jordânia anexou todo o território que ocupara a oeste do Rio
Jordão, inclusive Jerusalém Oriental. Os demais países árabes não
reconheceram formalmente a ação jordaniana e a Liga Árabe expulsou-a de
seus quadros. Finalmente, foi firmado um acordo pelo qual os demais governos
árabes concordavam em deixar toda a Cisjordânia e Jerusalém Oriental para
os palestinos “sob custódia” dos jordanianos.
“Vocês devem permitir que os judeus tenham Jerusalém; foram
eles que a fizeram famosa”.
- Winston Churchill à diplomata Evelyn Shuckburgh, 1956

MITO
“De 1948 a 1967, a Jordânia garantiu liberdade
de culto para todas as religiões em Jerusalém”.

FATO
Em violação ao Acordo de Armistício de 1949, a Jordânia negou aos israelenses
acesso ao Muro Ocidental e ao cemitério do Monte das Oliveiras, onde os
judeus enterram seu mortos há mais de 2.500 anos. Conforme o parágrafo 8
do acordo, Jordânia e Israel concordaram em estabelecer comitês para organizar
a retomada do funcionamento normal das instituições culturais e humanitárias
no Monte Scopus, bem como o livre acesso à área; o uso do cemitério no
Monte das Oliveiras e o livre acesso a lugares sagrados e instituições culturais.
Segundo Teddy Kollek, sob o governo jordaniano “os cristãos israelenses foram
submetidos a diversas restrições durante as peregrinações periódicas a seus
locais sagrados” em Jerusalém. “Apenas poucas pessoas recebiam permissão
para visitar rapidamente a Cidade Velha e Belém no Natal e na Páscoa”.10
Em 1955 e 1964, a Jordânia aprovou leis que impunham um rígido controle
do governo sobre as escolas cristãs, incluindo restrições à abertura de escolas,
controle estatal sobre as finanças das escolas e a indicação de professores,
bem como a exigência de ensino do Corão. Em 1953 e 1965, a Jordânia
adotou leis que revogavam o direito de instituições religiosas e beneficentes
cristãs de adquirir propriedades em Jerusalém.
Em 1958, a polícia prendeu o patriarca armênio eleito e deportou-o da
Jordânia, preparando o caminho para a eleição de um patriarca apoiado pelo
governo do rei Hussein. Em conseqüência dessas políticas repressivas, muitos
cristãos emigraram de Jerusalém e seu número decaiu de 25 mil em 1949
para menos de 13 mil em junho de 1967.11
Essas leis discriminatórias foram abolidas por Israel após a reunificação da
cidade em 1967.
MITO
“A Jordânia salvaguardou os lugares judaicos sagrados”.
FATO
A Jordânia profanou locais judaicos sagrados. O rei Hussein permitiu a
construção de uma rodovia até o Hotel Intercontinental que atravessava o
cemitério do Monte das Oliveiras. Centenas de túmulos judaicos foram
destruídos por uma estrada que poderia ser facilmente construída em outro
lugar. As lápides, que honravam a memória de rabinos e sábios, foram usadas
pelas empresas de engenharia da Legião Árabe Jordaniana como pavimento
e latrinas de acampamentos militares (as inscrições nas pedras ainda eram
visíveis quando Israel libertou a cidade).
O antigo bairro judeu da Cidade Velha foi devastado, 58 sinagogas de Jerusalém
– algumas existentes há séculos – foram destruídas ou postas em ruínas e
outras foram convertidas em estábulos e galinheiros. Moradias modestas
foram construídas usando o Muro Ocidental como apoio.12
MITO
“A Jordânia esforçou-se para melhorar as condições na Jerusalém
Oriental árabe. Em contrapartida, as autoridades israelenses
puseram abaixo centenas de casas árabes naquela parte da
cidade, deixando muitos residentes árabes sem moradia”.

FATO
Assim como ocorrera sob governos islâmicos anteriores, o rei Hussein
negligenciou Jerusalém. Após a ocupação da Cidade Velha em 1967, o
alcance desse descuido ficou claro quando Israel descobriu que grande parte
da cidade carecia até mesmo dos serviços municipais mais básicos, como
abastecimento de água corrente, encanamento e eletricidade.13 Como
resultado da reunificação, esses e outros serviços municipais necessários
foram estendidos até os lares e estabelecimentos comerciais árabes em
Jerusalém Oriental.
As autoridades israelenses descobriram que centenas de moradores
clandestinos haviam construído suas casas no bairro judeu. Os engenheiros
civis israelenses retiraram as ruínas e reconstruíram o bairro, mas só depois
de oferecer-lhes uma compensação ou moradia em outros lugares.

MITO
“Sob o governo de Israel, a liberdade de
religião em Jerusalém foi restringida”.

FATO
Após a guerra de 1967, Israel aboliu todas as leis discriminatórias promulgadas
pela Jordânia e adotou suas próprias medidas para salvaguardar o acesso aos
santuários religiosos: “Qualquer um que fizer algo considerado uma violação
à liberdade de acesso dos membros das distintas religiões aos locais que lhes
são sagrados”, estipula a lei israelense, “estará sujeito à prisão por um período
de cinco anos”. Israel também delegou a administração dos lugares sagrados
às suas respectivas autoridades religiosas. Assim, por exemplo, o Wacf
muçulmano é responsável pelas mesquitas do Monte do Templo.
As irmãs de caridade do hospital São Vicente de Paulo, de Jerusalém,
repudiaram os ataques à conduta israelense em Jerusalém alguns meses
depois que Israel assumiu o controle da cidade: “Nosso trabalho aqui se
tornou especialmente feliz e o nosso caminho agora é mais suave graças à
boa vontade das autoridades israelenses... mais suave não apenas para nós,
mas (o mais importante) para os árabes sob nossos cuidados.14
O ex-presidente Jimmy Carter reconheceu que a liberdade religiosa aumentara
sob o governo israelense. Não há “qualquer dúvida” de que Israel foi mais eficiente
do que Jordânia em salvaguardar o acesso aos lugares sagrados. “Hoje em dia
o acesso é irrestrito”, declarou Carter. “Não era assim entre 1948 e 1967”.15
O Departamento de Estado dos EUA afirma que, embora Israel não tenha uma
constituição, a lei garante liberdade de culto e o governo respeita esse direito.16
MITO
“Israel nega a muçulmanos e cristãos o
livre acesso aos seus lugares sagrados”.
FATO
Desde 1967 centenas de milhares de muçulmanos e cristãos – muitos deles
provenientes de países árabes que permanecem em estado de guerra com
Israel – vão a Jerusalém para visitar seus locais sagrados. Os líderes árabes
estão livres para visitar Jerusalém para rezar se assim desejam, como fez o
presidente egípcio, Anuar Sadat, na mesquita de Al-Aksa. Por razões de
segurança, algumas vezes são impostas restrições temporárias no Monte do
Templo, mas o direito de culto não está limitado e outras mesquitas permanecem
acessíveis, mesmo em momentos de grande tensão.
Segundo o islã, o profeta Maomé foi transportado milagrosamente de Meca
a Jerusalém e dali ascendeu ao céu. O Domo da Rocha e a mesquita de Al-
Aksa, ambas construídas no século VII, identificaram Jerusalém de maneira
definitiva como o Lugar Remoto mencionado no Corão e, portanto, o lugar
mais sagrado depois de Meca e Medina. Os direitos muçulmanos sobre o
Monte do Templo, local dos santuários, não têm sido infringidos. Embora este
seja o lugar mais sagrado para o judaísmo, Israel tem deixado o Monte do
Templo sob controle das autoridades muçulmanas.
Para os cristãos, Jerusalém é o lugar onde Jesus viveu, pregou, morreu e
ressuscitou. Embora a Igreja coloque uma ênfase maior na Jerusalém celestial,
mais do que na terrena, os lugares mencionados no Novo Testamento como
lugares do ministério de Jesus atraem peregrinos e crentes devotos há séculos.
Entre esses lugares estão a Igreja do Santo Sepulcro, o Jardim Guetsêmani, o
local da Última Ceia e a Via Dolorosa com suas 14 Estações da Cruz.
Os direitos das diversas igrejas cristãs de custódia dos locais sagrados cristãos
em Jerusalém foi definido durante o século XIX, quando Jerusalém era parte do
Império Otomano. Esses direitos, conhecidos como “o acordo para o status quo
dos locais sagrados cristãos em Jerusalém”, permaneceram em vigor durante
o período do Mandato Britânico e ainda são mantidos até hoje em Israel.
MITO
“A política israelense estimula os ataques de
judeus fanáticos contra residentes muçulmanos
e cristãos bem como aos seus lugares sagrados”.
FATO
As autoridades israelenses têm tentado sistematicamente impedir os fanáticos
– de todas as crenças – de profanar lugares religiosos ou cometer atos de
violência contra eles. Quando são incapazes de impedir a ocorrência desses
atos, Israel pune com severidade os vândalos. Por exemplo, Allen Goodman,
um israelense desequilibrado que em 1982 passou a atirar loucamente no
Monte do Templo, foi condenado à prisão perpétua.
Em 1984, as autoridades israelenses se infiltraram num um grupo judeu que
planejava perpetrar atos de violência contra locais e civis não-judeus. Os
terroristas foram processados e presos.
Em 1990, os Fiéis do Monte do Templo, um grupo extremista judeu, tentou
marchar até o Monte do Templo na Sucot (Festa das Cabanas) para colocar a
pedra inaugural do Terceiro Templo. A polícia, temendo que esse desfile
pudesse provocar a ira dos muçulmanos e exacerbar uma situação já tensa
criada pela intifada e pelos acontecimentos no Golfo Pérsico, negou-lhes o
direito à marcha. A decisão foi ratificada pela Suprema Corte de Israel, fato
comunicado imediatamente aos líderes religiosos muçulmanos e à imprensa
árabe. Apesar da ação preventiva de Israel, “líderes muçulmanos e ativistas
da intifada continuaram a incitar seus fanáticos para o confronto”,17 o que
levou a uma rebelião trágica na qual 17 árabes foram mortos.

Desde então Israel tem estado especialmente vigilante e faz todo o possível
para evitar qualquer provocação da parte de grupos ou indivíduos que possam
ameaçar a santidade dos lugares sagrados de qualquer religião.
MITO
“Israel restringe os direitos políticos
dos árabes palestinos em Jerusalém”.
FATO
Além da liberdade religiosa, os árabes palestinos de Jerusalém desfrutam de
direitos políticos sem precedentes. Os residentes árabes tiveram a opção de
receber a cidadania israelense, mas muitos preferiram conservar sua cidadania
jordaniana. Além disso, independentemente de serem ou não cidadãos,
os árabes de Jerusalém têm permissão para votar nas eleições municipais e
para participar da administração da cidade.
MITO
“Segundo a Resolução 242 da ONU, Jerusalém
Oriental é considerada território ocupado. Portanto,
a sua anexação por Israel viola a resolução”.
FATO
Um dos redatores da resolução das Nações Unidas foi o então embaixador
dos EUA na ONU, Arthur Goldberg. Segundo Goldberg, “a Resolução 242 não
se refere absolutamente a Jerusalém, e essa omissão foi deliberada...
Jerusalém era um assunto à parte, desvinculado da Cisjordânia”. Em vários
discursos nas Nações Unidas, em 1967, Goldberg afirmou: “Já disse em muitas
ocasiões que as linhas do armistício de 1948 seriam temporárias. É claro que
isso se aplicava em particular a Jerusalém. Em nenhum momento nesses
muitos discursos me referi a Jerusalém Oriental como um território ocupado”.18
Depois de 1948, a Assembléia Geral da ONU aprovou três resoluções que pediam
a internacionalização de Jerusalém. A questão foi abandonada até o momento
em que Israel adquiriu o controle da cidade. Desde 1967, as Nações Unidas,
que por 19 anos ignoraram a ocupação da cidade pela Jordânia, vêm adotando
numerosas resoluções criticando Israel por alterar o status de Jerusalém.
MITO
“Jerusalém Oriental deveria fazer parte de um
Estado palestino porque todos os seus residentes
são árabes palestinos e nenhum judeu jamais viveu ali”.
FATO
Antes de 1865 toda a população de Jerusalém vivia dentro dos muros da
Cidade Velha (o que hoje em dia seria considerado parte do setor oriental).

Mais tarde a cidade passou a se expandir para além dos muros devido ao
crescimento populacional, e tanto judeus como árabes passaram a construir
novas áreas.
À época da partilha uma próspera comunidade judaica vivia na parte oriental
de Jerusalém, uma área que incluía o bairro judeu da Cidade Velha. Essa área
também compreende muitos lugares de importância para a religião judaica,
como a Cidade de David, o Monte do Templo e o Muro Ocidental. Além disso,
instituições importantes como a Universidade Hebraica e o Hospital Hadassa
original estão no Monte Scopus, que fica em Jerusalém Oriental.
A única vez em que a parte oriental de Jerusalém foi exclusivamente árabe foi
entre 1949 e 1967, e isso porque a Jordânia ocupou a área e expulsou os judeus.

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