segunda-feira, 15 de setembro de 2008

18. Os Levantes Palestinos

MITO

“A intifada foi um levante espontâneo, resultante
da revolta dos árabes com as atrocidades israelenses”.



FATO

Denúncias falsas de atrocidades israelenses e instigação por parte do clero
muçulmano nas mesquitas desempenharam um papel importante para o
início da Intifada (traduzida popularmente como “levante”, embora seu
significado literal seja “sacudida”). Em 6 de dezembro de 1987, um israelense
foi morto a punhaladas enquanto fazia compras em Gaza. No dia seguinte,
quatro residentes do acampamento de refugiados de Jabalia foram mortos
em um acidente de trânsito. Rumores de que haviam sido assassinados por
israelenses, em um ato de vingança, se espalharam entre os palestinos.1 Na
manhã de 9 de dezembro estourou uma rebelião e um jovem de 17 anos que
jogara um coquetel-molotov contra uma patrulha do exército foi morto por
um soldado israelense.2 Isso provocou uma onda de distúrbios na Cisjordânia,
em Gaza e em Jerusalém.


MITO

“A intifada foi uma resistência passiva. Na pior das
hipóteses, envolveu apenas crianças que lançavam
pedras contra soldados fortemente armados”.



FATO

A Intifada foi violenta desde o início. Durante os primeiros quatro anos do
levante, as Forças de Defesa de Israel (FDI) registraram mais de 3.600 ataques
com coquetéis-molotov, 100 com granadas de mão e 600 invasões com
revólveres ou explosivos. A violência se voltou igualmente contra soldados e
civis. Entre o dia 9 de dezembro de 1987 e a assinatura dos acordos de Oslo
(13 de setembro de 1993), 160 israelenses foram mortos, entre eles 100
civis, além de milhares de feridos.3


MITO

“A cobertura da intifada pela mídia foi justa e equilibrada”.


FATO

Alguns jornalistas admitiram que a cobertura da Intifada foi tendenciosa.
Steven Emerson, então correspondente da CNN, disse que os repórteres
americanos permitiram que os palestinos vigiassem tudo o que era filmado.

Um cinegrafista israelense que trabalhava para diversas redes americanas
disse a Emerson: “Se usássemos a câmera na cena errada, estaríamos mortos”.
Em outros casos, as redes entregaram dezenas de filmadoras aos palestinos
para que eles pudessem filmar greves, rebeliões e funerais. “Não há como
garantir a autenticidade do que é filmado, nem há modo de evitar que as
câmaras sejam usadas como instrumento para mobilizar uma manifestação”,
escreveu Emerson.4

Ainda que cerca de um terço de todos os palestinos assassinados em 1989
tenham sido mortos por seus irmãos árabes, apenas 12 dos mais de 150
relatos sobre a Cisjordânia documentados pelas redes americanas naquele
ano se referiam ao conflito interno. Emerson escreveu que “enquanto o
terror político palestino na Cisjordânia não consegue se converter em notícia,
montagens grosseiras sobre a brutalidade israelense são noticiadas sem
qualquer visão crítica”.

Por exemplo, no início de 1988 repórteres foram chamados ao hospital El-
Mokassed, em Jerusalém, para filmar um menino palestino moribundo. Seu
médico palestino mostrou-o ligado aos tubos que o mantinham vivo e
denunciou que ele havia sido espancado com selvageria por soldados
israelenses. Em 8 de fevereiro do mesmo ano, Peter Jennings, da (rede
americana) ABC, apresentou uma notícia afirmando que funcionários da
ONU diziam que os israelenses haviam espancado outro palestino até a
morte, nos territórios. As redes NBC e CBS também deram ampla divulgação
a essas denúncias.

Entretanto, o relato não era verdadeiro. Segundo a autópsia e ficha clínica do
menino, ele morreu de hemorragia cerebral após ter estado enfermo por
mais de um ano. Emerson escreveu que, sobretudo, as redes americanas
“têm sido cúmplices de um engano coletivo sobre o conflito na Cisjordânia”.

Martin Fletcher, chefe do escritório da NBC em Tel-Aviv, reconheceu que a
Intifada parecia uma reivindicação justa. Ele destacou que os palestinos
manipulavam a mídia ocidental apresentando-se como Davi contra Golias,
metáfora esta usada por Fletcher em um artigo de 1988.

“Todo o levante foi voltado aos meios de comunicação e, sem dúvida, se
manteve graças à mídia”, afirmou. Fletcher admitiu abertamente que aceitou
convites de jovens palestinos para filmar ataques violentos contra residentes
judeus na Cisjordânia.

“É de fato uma manipulação da mídia. E a pergunta é: quantas vezes jogamos
este jogo? Fazemos isso da mesma maneira que nos voltamos para todas as
oportunidades de fotografar Bush ou Reagan. Fazemos isso por que necessitamos
das fotos”.5


MITO

“A OLP não incentivou a violência da intifada”.


FATO

Durante a Intifada, a OLP desempenhou um papel de liderança na
orquestração da insurreição. Por exemplo, a Liderança Unificada da Intifada
(UNLI – Unified Leadership of the Intifada), dominada pela OLP, soltava com
freqüência panfletos anunciando em quais dias a violência deveria ser maior
e quem seria o seu alvo.

Em 1989, a OLP declarou 13 de fevereiro como um dia de “escalada nos
ataques aos ‘colaboradores’ e ‘traidores’” que trabalhavam para a
Administração Civil nos territórios. A estação de rádio Bagdá, da OLP, descrevia
métodos incendiários através dos quais “os pomares e campos do inimigo
sionista podem ser queimados”.6

O New York Times descreveu a descoberta de um “depósito de documentos
secretos detalhados demonstrando que a OLP havia contratado assassinos
para matar outros palestinos e praticar ‘ações militares’ contra israelenses”.
Um documento descrevia como a OLP queria que os ataques fossem creditados
a grupos fictícios para não afetar o seu diálogo com os Estados Unidos.7
Yasser Arafat defendeu o assassinato de árabes considerados “colaboracionistas
de Israel” e delegou à liderança da Intifada autoridade para realizar as
execuções. Após os assassinatos, o esquadrão da morte da OLP local enviava
um documento sobre o caso para a OLP (central). “Estudamos os documentos
referentes àqueles que foram executados e descobrimos que apenas dois
entre 118 eram inocentes”, afirmou Arafat. As vítimas inocentes foram
declaradas “mártires da revolução palestina” pela OLP.8

Os palestinos eram apunhalados, esquartejados a machadadas, mortos a
tiros, espancados e queimados com ácido. As justificativas oferecidas para
os crimes variavam. Algumas vezes, ser funcionário da Administração Civil
na Cisjordânia e Faixa de Gaza era razão suficiente. Em outros casos, ter
contato com judeus era pena de morte certa. Em outubro de 1989, um
palestino, pai de sete filhos, foi esfaqueado até a morte em Jericó após
vender arranjos florais a judeus que construíam uma Sucá (cabana para a
festa judaica de Sucot). Às vezes acusações de “colaboração” com Israel
eram usadas como pretexto para atos de vingança pessoal. Mulheres suspeitas
de comportamento “imoral” também estavam entre as vítimas.9

A convocações da UNLI por violência aumentaram após a rebelião no Monte
do Templo em 1990, na qual 17 árabes foram mortos. Yasser Abd-Rabo –
que já fora interlocutor da OLP no diálogo com os Estados Unidos – declarou
que “a guerra de punhaladas com facas contra os usurpadores de Jerusalém
estava apenas começando”.10

A OLP deu continuidade a seus esforços de fomentar a violência ao longo de
1991. Em 3 de março, a UNLI emitiu comunicado clamando por um “aumento
do confronto” contra as forças israelenses na Cisjordânia e Gaza. Outro
panfleto da OLP, publicado em setembro, exigia a “execução” de todo aquele
que vendesse propriedades a judeus em Jerusalém.11

Segundo o governo israelense, a FPLP sozinha realizou 122 ataques terroristas
em 1991 que resultaram nos assassinatos de 18 residentes em Israel e nos
territórios. Entre os crimes cometidos pela Fatah está o assassinato de um
aldeão árabe de 61 anos em 4 de julho, num local próximo a Jenin; os
assassinatos do sargento israelense Yoram Cohen, em setembro, e um homem
morto a punhaladas e com a cabeça coberta por um saco numa rua de Gaza.
Junto ao corpo foi encontrada uma nota com a inscrição “Força 17”, a
guarda pessoal de Arafat.12

Com o avanço da Intifada, o Hamas passou a disputar o controle do levante
com a OLP. Em dezembro de 1992, por exemplo, o Hamas passou a atacar
soldados das FDI, matando quatro soldados em diversas emboscadas ousadas.

MITO

“Os palestinos que morreram na intifada
foram todos vítimas dos israelenses”.

FATO

Inicialmente morreram mais palestinos em choques com tropas israelenses
– em geral batalhas provocadas por ataques árabes contra soldados – do que
por seus compatriotas palestinos na intrafada. Isso mudou dramaticamente
no início de 1990. Naquele ano, o número de palestinos mortos em confrontos
com israelenses caiu em mais da metade, enquanto o número de palestinos
assassinados por compatriotas cresceu no mesmo período. Em 1991, a matança
interna cresceu, com 238 palestinos (além dos 156 mortos anteriormente)
mortos na intifada, mais de três vezes o número dos que morreram pelas
mãos dos israelenses.13

Quase 200 palestinos foram assassinados por compatriotas em 1992, mais
do que o dobro dos mortos em confronto com as forças de segurança israelenses.
Os métodos de assassinato, conforme revelados por Steven Emerson, incluíram
decapitação, mutilação, corte de orelhas e membros e derramamento de
ácido no rosto da vítima.14

O reino do terror se tornou tão sério que alguns palestinos expressaram
publicamente a sua preocupação pela desordem. A OLP passou a pedir o
fim da violência, mas os assassinatos entre seus membros e rivais
continuaram. Segundo o New York Times, quando muitos palestinos ouviam
bater nas suas portas à noite, sentiam-se aliviados ao encontrar um soldado
israelense em vez de um palestino mascarado esperando do lado de fora.15

Mesmo depois de a Intifada ter murchado, após a assinatura da Declaração
de Princípios, em 1993, a guerra interna entre os palestinos continuou e
persiste até os dias de hoje.

MITO
“Israel fechou as escolas na Cisjordânia durante
a intifada para privar os palestinos de educação”.

FATO

As oportunidades na área da educação nos territórios melhoraram muito sob
o governo israelense. O número de escolas primárias e secundárias aumentou
em mais de um terço entre 1967 e 1988. As mulheres foram as maiores
beneficiárias deste crescimento. Por exemplo, de 1970 a 1986, a porcentagem
de mulheres que não iam à escola foi reduzida em mais da metade, de
67% para 32%. Antes de 1967 não havia universidades na Cisjordânia; seis
foram construídas sob a administração israelense.

Apesar da Intifada, berçários, jardins de infância e a maioria das escolas
vocacionais da Cisjordânia permaneceram abertas porque nenhuma delas
foi usada para instigar a violência. As escolas de Gaza também permaneceram
abertas porque lá os fundamentalistas islâmicos militantes usavam mesquitas,
e não escolas, para incitar seus seguidores.

Entretanto, a OLP usou muitas escolas para simular ataques contra israelenses.
Conjuntos de facas, bastões e barras de ferro foram encontrados escondidos
nos prédios escolares. “Escolas são o lugar natural para o início de uma
manifestação”, escreveu o jornalista palestino Daoud Kutab. “Na escola,
manifestações e lançamento de pedras são parte de uma tradição (...) atingir
um automóvel israelense significa se tornar um herói”. 16

Em 1988, Israel fechou algumas escolas secundárias e faculdades na
Cisjordânia que estavam sendo usadas para orquestrar a insurreição. Após
anunciar os fechamentos, Israel se propôs a reabrir qualquer escola cujo
diretor garantisse que a sua utilização para educar jovens, não para estimular
rebeliões. Porém os educadores, muitos deles intimidados pela liderança do
levante, permaneceram calados. Assim que a violência diminuiu, Israel
reabriu todas as escolas secundárias, faculdades e universidades. É interessante
que quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos atacou o
Afeganistão em outubro de 2001, a Autoridade Palestina reagiu com protestos
violentos na Faixa de Gaza e fechou suas universidades e escolas.17

MITO

“A explosão da violência no fim de 2000, chamada
pelos árabes de intifada de Al-Aksa, foi provocada
pela visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo”.

FATO

Segundo os porta-vozes palestinos, a violência foi causada pela profanação
de um local sagrado para os muçulmanos – Haram al-Sharif (Monte do
Templo) – pelo líder do partido (israelense) Likud, Ariel Sharon, e os “milhares
de soldados israelenses” que o acompanhavam. A violência teria sido
provocada por ataques gratuitos das forças israelenses que invadiram os
territórios controlados pelos palestinos e “massacraram” civis palestinos
indefesos que simplesmente jogavam pedras. Nestas condições, o único
meio de deter a violência seria Israel parar de atirar e remover suas tropas das
áreas palestinas.

A verdade é dramaticamente diferente.

Imad Faluji, ministro das Comunicações da Autoridade Palestina, reconheceu
meses depois da visita de Sharon que a violência havia sido planejada em
julho, muito antes da “provocação” de Sharon. “Este (o levante) fora planejado
desde o retorno do presidente Arafat de Camp David, quando ele virou a mesa
sobre o ex-presidente dos Estados Unidos e rejeitou as condições americanas”.18

“A visita de Sharon não causou a ‘intifada de al-Aksa’.”


- Conclusão do Relatório Mitchell19


A violência começou antes da visita de Sharon ao Monte do Templo em 28 de
setembro de 2000. Um dia antes, por exemplo, um soldado israelense foi
morto no cruzamento de Netsarim. No dia seguinte, na cidade de Kalkilia, na
Cisjordânia, um agente de polícia palestino que trabalhava com um policial
israelense numa patrulha conjunta abriu fogo e matou seu colega.

A mídia oficial da Autoridade Palestina exortou os palestinos à violência. Em
29 de setembro, a Voz da Palestina, estação de rádio oficial da Autoridade
Palestina, conclamou “todos os palestinos a virem e defenderem a mesquita
de Al-Aksa. A Autoridade Palestina fechou suas escolas e levou estudantes
palestinos em ônibus fretados até o Monte do Templo para participar de
rebeliões organizadas.

Em 30 de setembro, imediatamente antes de Rosh Hashaná, o ano novo
judaico, quando centenas de israelenses rezavam no Muro Ocidental (ou
Muro das Lamentações), milhares de árabes passaram a lançar tijolos e
pedras contra a polícia israelense e os judeus que rezavam. As rebeliões
então se espalharam para cidades e povoados por todo Israel, Cisjordânia e
Faixa de Gaza. O ministro da Segurança Interna Shlomo Ben-Ami só deu
permissão a Sharon para ir ao Monte do Templo – o lugar mais sagrado do
judaísmo – após entrar em contato com o chefe de segurança palestino,
Jabril Rajoub, e receber a sua garantia de que, se Sharon não entrasse nas
mesquitas, não haveria problemas. A necessidade de proteger Sharon surgiu
quando Rajoub disse mais tarde que a polícia palestina nada faria para evitar
a violência durante a visita.

Sharon não tentou entrar nas mesquitas e sua visita de 34 minutos ao
Monte do Templo ocorreu em horário normal de funcionamento, quando a
área estava aberta a turistas. Cerca de 1.500 jovens palestinos gritavam
slogans, numa tentativa de inflamar a situação. Outros 1.500 policiais israelenses
estavam presentes no local para coibir a violência. Houve distúrbios
limitados durante a visita de Sharon, na maioria apedrejamentos. Durante o
resto do dia, os esses apedrejamentos continuaram no Monte do Templo e
arredores, deixando 28 policiais israelenses feridos, sendo que três deles
foram hospitalizados. Não há dados de palestinos feridos naquele dia. Uma
violência significativa e orquestrada foi iniciada por palestinos no dia seguinte,
após as orações de sexta-feira.


“O Corão não erra em nos advertir quanto ao ódio dos judeus e ao
colocá-los no topo da lista dos inimigos do islã. Hoje em dia, os
judeus colocam o mundo contra os muçulmanos e usam todo tipo de armas.
Profanam o lugar mais importante para os muçulmanos depois de Meca e Medina,
ameaçam o lugar para onde eles se voltam em primeiro lugar quando rezam e a
terceira cidade mais sagrada depois de Meca e Medina. Eles querem erigir o
seu templo neste lugar (...) Os muçulmanos estão prontos a sacrificar suas
vidas e sangue para proteger a natureza islâmica de Jerusalém e de Al-Aksa!”.


- Trecho de um sermão na mesquita de Al-Aksa proferido pelo
Xeique Hian Al-Adrisi
(29 de setembro de 2000)20


A verdadeira profanação de lugares sagrados foi perpetrada por palestinos, não
por israelenses. Em outubro de 2000, uma multidão de palestinos destruiu um
sítio sagrado em Nablus – a Tumba de José – destruindo e queimando livros de
orações judaicos. Eles apedrejaram fiéis no Muro Ocidental e atacaram a
Tumba de Raquel em Belém com bombas incendiárias e armas automáticas.
Nenhum dos violentos ataques foi iniciado pelas forças de segurança israelenses,
que sempre responderam à violência palestina – que foi muito além do
lançamento de pedras: houve ataques maciços com armas automáticas e
linchamento de soldados israelenses. A maioria dos agressores era formada por membros dos Tanzim – a milícia particular de Arafat. Uma vez que todos os
ataques foram iniciados por palestinos sob as ordens de Arafat, somente ele
tem o poder de acabar com a violência. Israel e Estados Unidos têm pedido
sistematicamente que ele faça isso e renove o processo de paz.

“As questões referentes a Jerusalém, aos refugiados e à soberania são
uma só e devem ser resolvidas no campo de batalha e não em negociações. É
importante preparar a sociedade palestina para o desafio do próximo passo,
porque nós inevitavelmente iremos nos deparar com um confronto violento com
Israel a fim de criar novos fatos no campo. Acredito que a situação no futuro irá ser mais violenta do que a Intifada”.


- Abu-Ali Mustafá, da Autoridade Palestina,
(23 de julho de 2000)21


MITO
“Poucos israelenses morreram no levante,
enquanto milhares de palestinos inocentes
foram assassinados pelas tropas israelenses”.



FATO

Durante a intifada de Al-Aksa, o número de baixas palestinas tem sido maior
do que as israelenses; contudo, a diferença vem diminuindo na medida em
que homens-bomba palestinos têm se utilizado de bombas cada vez mais
poderosas para matar grandes contingentes de israelenses em seus ataques
terroristas. Em meados de fevereiro de 2003, 2.075 palestinos e 727
israelenses haviam sido mortos.

O número desproporcional de baixas palestinas é basicamente conseqüência
do número de palestinos envolvidos em violência e resultado inevitável de
uma milícia irregular e mal adestrada em confronto com um exército regular
e bem treinado. A lamentável morte de não-combatentes se deve em grande
parte ao costume dos atiradores e terroristas palestinos de usar civis como
escudos humanos. Contudo, mais revelador do que os totais trágicos é a
característica específica das baixas. Segundo um estudo, os não-combatentes
palestinos são principalmente adolescentes e homens jovens. “Isto contradiz
completamente as acusações de que Israel põe na mira, indiscriminadamente,
mulheres e crianças”. Segundo este estudo, “parece haver apenas uma
explicação razoável para isso: que homens e jovens palestinos se envolvem
em condutas que os colocam em conflito com as forças armadas israelenses”.
Em contrapartida, o número de mulheres e pessoas idosas entre as baixas de
não-combatentes israelenses ilustra a arbitrariedade dos ataques palestinos
e mostra até que ponto os terroristas matam israelenses pelo “crime” de serem israelenses.22

As tropas israelenses não buscam como alvos palestinos inocentes, mas os palestinos têm por alvo os civis israelenses.

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