Muhammad ibn Ahmad Shams al-Din al-Muqaddasi (945 — 991) foi um historiador e geógrafo árabe nascido em Jerusalém.
Seu livro mais conhecido é Ahsan at-Taqasim fi Ma'arifat al-Aqalim, "Melhor classificação para o conhecimento dos climas (ou regiões)", escrito no ano de 985. O livro é resultado das anotações que o autor fez ao longo de suas viagens pelo Oriente Médio.
Seu livro mais conhecido é Ahsan at-Taqasim fi Ma'arifat al-Aqalim, "Melhor classificação para o conhecimento dos climas (ou regiões)", escrito no ano de 985. O livro é resultado das anotações que o autor fez ao longo de suas viagens pelo Oriente Médio.
Além de trazer observações sobre povos, costumes, comércio e arquitetura dos lugares visitados, foi o primeiro livro de geografia árabe a incluir mapas coloridos.
Sobre Jerusalém:
“Homens instruídos são poucos e os cristãos numerosos; eles não têm boas maneiras. Em locais públicos e nas hospedarias os impostos são pesados em tudo o que é vendido; há guardas em cada portão e ninguém está autorizado a vender as necessidades da vida, exceto nos locais designados. Nesta cidade os oprimidos não têm socorro; os submissos são molestados e os ricos invejados. Jurisconsultos permanecem vazios e os homens eruditos não têm renome; também as escolas estão sem vigilância, pois não há palestras. Em todos os lugares cristãos e judeus têm a supremacia [são mais numerosos], e a mesquita não tem qualquer congregação ou assembléia de homens eruditos.”
(página 274)
No livro, sempre que o autor se refere a cidade de Jerusalém ele a chama de Baytu-l-Maqdis -- Bayt al-Maqdis (Casa do Sagrado) --, uma versão arabizada de Beyt haMiqdash, o nome hebraico do Templo de Salomão.
Apesar de os muçulmanos atuais negarem até mesmo existência do Templo -- em sua tentativa de reescrever a história e negar a presença judaica na região --, os do passado assumiam que, além de Jerusalém ser uma cidade judaica, sua santidade se devia, justamente, a esta presença.
Nos dias de hoje os muçulmanos chamam a cidade de al-Quds (o sagrado), uma versão reduzida do antigo nome.
Apesar de os muçulmanos atuais negarem até mesmo existência do Templo -- em sua tentativa de reescrever a história e negar a presença judaica na região --, os do passado assumiam que, além de Jerusalém ser uma cidade judaica, sua santidade se devia, justamente, a esta presença.
Nos dias de hoje os muçulmanos chamam a cidade de al-Quds (o sagrado), uma versão reduzida do antigo nome.
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