| 23 Março 2012
Media Watch - Outros
Mais uma vez, a grande mídia ocidental - seguida bovina e irresponsavelmente pela imprensa brasileira - tenta livrar a cara dos verdadeiros autores de um atentado terrorista.
Não foi a primeira vez. Não será a última.
Logo que surgiram as primeiras notícias sobre os atentados terroristas, a mídia engajada saiu logo disparando que se trataria de um “terrorista de extrema-direita”. Assim saiu no Jornal Nacional e em diversos outros jornais televisivos ou impressos.
O jornalista Mauro Santayana chegou a escrever um longo artigo no Jornal do Brasil, intitulado A extrema direita e os atentados na França, no qual desagrava eloquentemente os muçulmanos e inculpa ao matador a filiação a movimentos de extrema-direita. Olhem só:
Houve, tanto na França como em Israel, preocupação em culpar os demônios do momento, ou seja, os terroristas muçulmanos. Antes de qualquer manifestação das testemunhas, os meios de comunicação e os porta-vozes oficiais quiseram culpar os islamitas.
Tudo é possível, em atos semelhantes, mas os primeiros indícios relacionam a brutalidade do matador de crianças judaicas à rearticulação da extrema direita racista na Europa de hoje. O atentado de Toulouse lembra — ainda que o número de vítimas tenha sido menor — a chacina da Noruega, plenamente assumida por um neonazista.
O jornalista Andrei Netto, do Jornal da Tarde, com sua reportagem “Após mortes em escola, França caça serial killer” assim se expôs:
“As evidências levaram a Direção Central de Informação Interna (DCRI), o serviço secreto que atua em território francês, a investigar como prioritária a hipótese de um ataque terrorista de caráter xenofóbico cometido por um militante de extrema direita”.
Trata-se de um método de doutrinação em massa. Ainda não vi no Jornal Nacional, apesar dos seusalardeados “princípios editoriais”, tanto quanto em outras empresas de comunicação, qualquer nota de correção, muito menos de mea-culpa. De fato, primeiro porque a acusação é jogada ao vento como um “ouvi falar, mas não sei de onde”, de modo que a sua imprecisão torna-se um passaporte para a empulhação impune. Se depois os fatos vierem a contradizer o dito, o vento que o leve. Segundo, porque não há ninguém que reclame em nome da tal extrema-direita, justamente porque ela praticamente não existe, e onde há, é controlada passo-a-passo pelas autoridades dos diferentes países.
Os mesmos disparos levianos foram deflagrados por conta do assassino norueguês Anders Behring Breivik, às fartas acusado em primeira mão de ser um conservador cristão, e a mídia tradicional “inocentemente” se esqueceu depois de informar que Breivik teve aulas de terrorismo na Bielorrússia e que era adepto de um grupo darwinista que tinha por modelo o imperialismo de Alexandre Dugin e por ídolo o protoditador Vladimir Putin.
Vale também recordar do caso Honduras, em que o Jornal Nacional e vários outros veículos informativos anunciaram com veemência ter havido um golpe militar, quando na verdade o que se tratava era da deposição perfeitamente legal do larápio Manuel Zelaya, que já tinha centenas de urnas prontas com votos a seu favor impressos na Venezuela, patrocinado que era pelo Foro de São Paulo, tendo como padrinhos ninguém menos do que Lula e Hugo Chaves. O chapeludo tinha tanta certeza de sua inconstitucional reeleição que já havia mandado construir uma estátua de sua pessoa no pátio do palácio do governo daquele país.
Para supremo ridículo, depois de o Jornal Nacional ter metido a mão na cumbuca para agradar o governo Lula, desesperadamente publicou uma matéria na qual um obscuro cientista político argentino explicava que a deposição de Zelaya “parecia” com um golpe de estado e, pasmem(!), como tal deveria ser interpretado!
Agora todos já sabem que o terrorista era Mohamed Merah, de 23 anos, muçulmano de origem argelina, que teve treinamento no Paquistão e no Afeganistão pela Al Qaeda.
Claro, o colossal sistema de controle de danos já está em ação! Conforme bem publicado no site português Sol (não vi nada parecido na mídia nacional), sob o título “Muçulmanos em França temem reacções do país ao caso Toulouse” :
Dalil Boubakeur, reitor da mesquita de Paris, começou por falar na «amálgama» que hoje Nicolas Sarkozy também frisou, ao explicar que «não se deve misturar a religião muçulmana, 99% pacífica, com estas mini-franjas de pessoas decididas a fazer atrocidades».
Comum a todas as declarações foi o esforço por se distanciarem dos actos alegadamente cometidos pelo suspeito de Toulouse.
Mohammed Moussaoui, presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), realçou que «este indivíduo [Mohamed Merah] não pode em caso nenhum justificar os seus actos com a religião muçulmana».
Os receios estenderam-se a Driss El-Kherchi, presidente da Associação do Trabalhadores Migrantes em França (ATMF), ao alertar para o clima de «culpabilização», lembrando que existe «a preocupação de que esta é uma oportunidade para alguns partidos» de «atacarem» os muçulmanos presentes no país.
Entretanto, o problema de distanciarmos o ato do que alegam ser de um indivíduo isolado perde força ao ter sido anunciado que os atos tiveram a autoria reivindicada pelo grupo extremista islâmico Jund al-Khalifah (Soldados de Califa) que aproveitou para fazer novas ameaças. Em suma: não foi a primeira vez. Não será a última.
Ao atribuir em primeira mão a imaginados terroristas de extrema-direita a autoria de cada novo atentado enquanto simultaneamente protege e acoberta os verdadeiros autores, isto é, os genocidas membros de grupos muçulmanos, a mídia engajada presta um duplo serviço à causa globalista-socialista e ao Islã. Só não vê quem não quer...
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