Diz o site da Veja:
“No bombardeio desta segunda, morreu um menor de idade, Nayif Shaban Qarmut, de 17 anos, atingido em Beit Lahiya por um míssil lançado por aviões de guerra israelenses.”
E o que diz a AFP, que enviou um repórter ao local:
“O Exército israelense negou que tenha realizado um ataque aéreo no norte de Gaza"
Segundo um correspondente da AFP no local, "não havia sinais de qualquer impacto no terreno que pudesse ter sido causado por um míssil, com a causa mais provável da sua morte ter sido o resultado de algum tipo de artefato explosivo que [ele] estava carregando”.
Em seguida, a matéria traz dados controversos como fato incontestável:
“Trata-se da maior escalada de violência na faixa e em seus arredores desde agosto e a segunda após o fim da operação Chumbo Fundido, em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, na qual morreram mais de 1.400 palestinos, a maioria civis.”
A matéria deveria deixar claro que esse número foi repassado por ONGs como o 'Palestinian Center for Human Rights', e que essas organizações só repetiram os números fornecidos pelo então ministro do interior Fathi Hamad, do Hamas. De acordo com o exército israelense, o número de vítimas da operação foi de 1166, sendo que 709 eram “militantes”.
Até o Hamas admitiu mais tarde que entre os mortos estavam 600-700 de seus homens. Agora só falta a Veja fazer o mesmo...
A matéria ainda segue falando que o “Hamas enviou ao Cairo uma delegação especial liderada por seu braço direito, Mahmoud Zahar, para convencer os dois grupos armados a parar com as hostilidades.”
Mas uma rápida procura no YouTube acaba nessa entrevista com o porta-voz de um dos grupos terroristas de Gaza, onde ele afirma que os ataques contra Israel contam com a conivência do Hamas:
Há de ser perguntar também qual o critério do site para a escolha de imagens que ilustram suas matérias. Por que não há sequer uma matéria sobre o conflito em que tenham sido usadas fotos de vítimas em Israel, de suas crianças fugindo de foguetes ou de suas mulheres chorando?
Já que não houve vítimas civis, o responsável pela matéria chegou ao cúmulo de usar uma foto de mulheres de “jihadistas” – terroristas – chorando em um funeral em Gaza.
Segue uma foto com crianças israelenses - aparentemente de origem asiática, como as outras três vítimas civis de Israel - se escondendo dos ataques palestinos:
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