sábado, 15 de dezembro de 2012

Muro das Lamentaçõe, Jerusalém, Israel




Judeus rezando no Muro das Lamentações no ano de 1889 


Em 1854, antes mesmo do início do movimento sionista (sua primeira convenção foi no ano de 1897), a população judaica da Palestina já era de dezenas de milhares. De acordo com o censo Otomano, como reportado por Marx, a maioria da população de Jerusalém era judia já em 1844.
Como sabemos, Karl Marx não demonstrava nenhum apreço por suas origens judaicas (seus pais eram judeus convertidos ao protestantismo por razões econômicas). No seu "A questão judaica" (1843) ele é tão virulentamente anti-judeu que até anti-semitas austríacos costumavam republicar seus escritos.
Já em cartas endereçadas a Engls ele se referia aos seus oponentes com origens judaicas em termos tão odiosos que hoje o levariam a prisão. Apesar de tudo isso, em um artigo escrito em 1854, após uma viagem para a Palestina sob o domínio do Império Turco Otomano, Marx focou sua atenção na vida dos judeus da Terra Santa. Curiosamente, esse artigo parece ser o único momento de sua vida em que ele demonstra alguma empatia para com os judeus:

"Os muçulmanos, formando cerca de quarta parte do todo, e constituídos por turcos, árabes e mouros, são, naturalmente, os mestres em todos os aspectos, já que eles não são afetados de forma alguma pela fraqueza de seu governo em Constantinopla. . . Nada se compara a miséria e ao sofrimento dos judeus em Jerusalém, ondehabitam o bairro mais sujo da cidade, chamado de  Hareth-el-yahoud, este quarteirão de imundice entre o Monte Sião e o Monte Moriá , onde estão situadassuas sinagogas  eles são os objetos constantes da opressão e intolerância dos muçulmanos, insultados pelos gregos, perseguidos pelos latinos e vivendo apenasdas escassas esmolas, enviadas pelos seus irmãos europeus."

Publicado no New York Daily Tribune em 15 de abril de 1854. Ver Marx/Engels, Collected Works, Volume 13 (1980), pp. 100-108. A passagem citada aparece nas páginas 107-108.

Na continuação Marx ainda informa, baseado no censo conduzido pelo imperio Otomano, que a população de Jerusalém era de 15.500 habitantes - 8.000 judeus e 4.000 muçulmanos (incluídos aí árabes, mouros e turcos).


Desde então os judeus sempre formaram a maioria da população da cidade - inclusive na parte oriental, de onde só saíram como refugiados depois da ocupação de Jerusalém pela Jordânia (1948-1967), quando a maioria de suas propriedades foi ocupada por árabes. 

http://en.wikipedia.org/wiki/Islamization_of_Jerusalem_under_Jordanian_occupation

Dawood Hosni (1870 – 1937)




Dawood Hosni, cujo nome hebraico era David Khadr Hayyim Halevi, nasceu em 1870 e foi criado no Cairo, Sanadekeya, no distrito de Gamalia.

Com suas composições ele superou seus antecessores e contemporâneos e elevou o padrão da música oriental a alturas nunca antes alcançadas.
Ele foi o primeiro compositor no Oriente Médio a compor uma ópera – Sansão e Dalila – em árabe. Sua apresentação no teatro foi considerada pelos críticos da época como "um evento único na história da música árabe".

Em 1906, ele recebeu o primeiro prêmio no Congresso Musical em Paris, pela composição de sua famosa canção أسير العشق. Já em 1932, durante a Convenção de Música realizada no Cairo, ele foi saudado como o construtor de uma “herança imortal na arte musical egípcia”.

Mas nem todas as distinções e sua importância no cenário cultural do país impediram Dawood de sofrer com o anti-semitismo egípcio. A seguinte conversa, entre ele e seu amigo Tal'at Harb, se deu quando falavam sobre a possibilidade de Hosni dirigir o teatro egípcio:

Tal'at: Você sabe, Dawood, o quanto eu queria que você fosse responsável peloteatro, mas ya khusartak fi'l Yahud (é uma pena que sejas judeu).   

Hosni: Tal'at, eu nasci judeu, levo uma vida judaica e morrerei um judeu...

Mourad El Kodsi (Murad Al-Qudsi), Just for the Record-- In the History of the Karaite Jews of Egypt in Modern Times, Wilprint inc., 2002, p.218.

Franji Synagogue, Syria



 
Sinagoga Ilfrange, Damasco, Síria


A sinagoga da foto acima é uma das que o ditador Bashar al-Assad reformou com dinheiro público, numa esperta jogada de marketing, como forma de chamar a atenção mundial para pontos turísticos de seus país e para a tolerância de seu governo e população. Uma pena que a comunidade judaica do país, uma das mais antigas do mundo - com mais de dois milênios -  já tenha sido praticamente extinta, graças a perseguições, massacres...
A bela sinagoga não tem freqüentadores ou serviços religiosos. Serve apenas como lembrança de uma história milenar apagada pelo pan-arabismo e pela tolerância islâmica.   

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Natural de Homs, cidade que virou o centro dos protestos contra o regime sírio, o cristão Shaher Meida explica em bom português por que apoia incondicionalmente o ditador Bashar Assad. “Com ele temos proteção”, diz ele, que morou um ano em Belo Horizonte. “Sem Assad, o risco é a Síria virar um novo Iraque”. O temor de Meida é uma das explicações por trás do apoio que as minorias do país devotam ao regime, ainda que muitos critiquem o Estado policial e anseiem por mais liberdade. Formado por cristãos, muçulmanos, alauítas e drusos, a Síria é um dos poucos países do Oriente Médio em que diferentes grupos religiosos e sectários 'coexistem'. 
Mas essa aparente harmonia começou a sofrer rachaduras com os protestos iniciados em março, despertando fantasmas de uma guerra sectária. Esse risco é ressaltado pelo regime. A alternativa a Assad, adverte, é o caos. Real ou exagerado, o perigo colocou as minorias em pânico, sobretudo a cristã, que constitui 10% da população de 23 milhões. O temor é que grupos islâmicos cheguem ao poder e que se repitam as perseguições ocorridas no Egito e no Iraque ou um cenário de guerra civil, como no Líbano.

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Setenta e cinco anos atrás, um grupo de seis notáveis alauítas - grupo religioso do qual fazem parte o ditador Bashar el-Assad e a elite política da Síria - enviou uma carta aos franceses, na época em que eles e os britãnicos dividiam arbitrariamente o Oriente Médio, destruindo comunidades milenares para apaziguar os muçulmanos. Na carta eles explicavam o motivo de se recusarem a fazer parte da Síria muçulmana e dominada por sunitas [que os consideram infiéis]. Como exemplo, eles apontavam o tratamento dispensado aos judeus pelos muçulmanos na Palestina:

A situação dos judeus na Palestina é a mais forte e explícita evidência da militância islâmica em seu tratamento daqueles que não pertencem ao islã. Esses bons judeus contribuíram para os árabes com civilização e paz, e estabeleceram prosperidade na Palestina sem tomar nada a força e sem prejudicar a ninguém, ainda assim, os muçulmanos declaram guerra santa contra eles e nunca hesitaram em massacrar suas mulheres e crianças, apesar da presença da Inglaterra na Palestina e da França na Síria. 
Portanto, um destino sombrio aguarda os judeus e outras minorias no caso de o mandato britânico ser abolido e da Síria muçulmana e da Palestina muçulmana serem unidas... o objetivo final dos árabes muçulmanos.”

Entre os signatários estava Suleiman (Sulayman) el-Assad, avô de Bashar el-Assad.


Syria's crackdown
The Lost Cause of Alawite Zionism   
Alawites: Don't do to us what Muslims did to Jews 
How Syria and Lebanon became emptied of Jews

Sinagoga Maimônides, Alexandria, Egito


Sinagoga Maimônides, Alexandria, Egito

Moisés Maimônides foi um filósofo, rabino, legislador e médico. Apesar de ter nascido no mítico paraíso multicultural de al-Andalus (a Península Ibérica sob domínio muçulmano), ele teve que fugir aos treze anos por conta de perseguições religiosas. Durante mais de uma década sua família vagou pelo sul da Península Ibérica e norte da Africa em busca de um local seguro,até encontrar refúgio no Egito, sob domínio do curdo Saladino.

Quando o sultão Saladino assumiu o poder, no fim do século XII, houve uma revolta dos muçulmanos xiitas contra ele e, ao mesmo tempo, a população judaica do Iêmen foi perseguida e houve tentativas de conversão forçada. Além disso, um judeu convertido ao Islã passou a pregar contra os judeus e um falso messias apareceu. A moral do povo judeu estava acabada. Vendo isso, um estudioso iemenita escreveu a Maimônides pedindo ajuda. Ele respondeu em diversas cartas que ficaram conhecidas como Iggeret Teiman (Epístola ao Iêmen). Em um trecho das cartas Maimônides escreve: 

"... Por causa dos nossos pecados Deus nos colocou no meio deste povo, da nação de Ismael [isto é, os muçulmanos], que nos perseguem severamente e que elaboram maneiras de nos prejudicar e de nos humilhar .... Nenhuma nação foi mais prejudicial a Israel. Nenhuma conseguiu igualar a degradação e a humilhação que eles nos impingiram. Ninguém foi capaz de nos reduzir como eles têm feito .... Nós temos suportado a degradação, suas mentiras e seus absurdos, que estão além do poder humano suportar .... Nós fizemos como nossos sábios - de abençoada memória - nos instruíram, suportando as mentiras e absurdos de Ismael .... mas apesar de tudo isso, não somos poupados de sua ferocidade, de suas iniqüidades e de seus repentinos ímpetos violentos. Pelo contrário, quanto mais sofremos e tentamos nos conciliar com eles, mais eles optam por nos agredir."

Essa é uma afirmação extremamente forte, ainda mais considerando que Maimônides sabia da violência antijudaica dos cruzados na Europa.

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Há alguns dias atrás, foi descoberto que o muçulmano encarregado de guardar a sinagoga da foto, que leva o nome de Maimônides - e onde ele rezava antes de se mudar para cidade de Fostat - se apossou da propriedade e que impede o acesso dos verdadeiros donos.

Muslim caretaker takes over Alexandria community  

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Revisionismo "palestino"



Selo emitido na Palestina durante o mandato britânico em 1927. Do lado esquerdo o original, com inscrição em hebraico e árabe com a abreviação "אי" -- Terra de Israel / ארץ ישראל -- e no lado direito o mesmo selo publicado na capa de livros escolares "palestinos", mas com a inscrição em hebraico apagada. 

Obama Invites Syrian Rebel Leader Who Praised Saddam for “Terrifying the Jews” to Washington DC


Seriously guys, Obama is pro-Israel. He said that Israel has the right to defend itself, a few days before he pressured it into giving in to Hamas.
And he’s inviting Sheikh Mouaz Alkhatib of the Muslim Brotherhood, current head of the Syrian rebels, to Washington, who has expressed pro-Israel opinions in the past, such as writing that one of Iraqi dictator Saddam Hussein’s positive legacies was “terrifying the Jews.”
And I bet Obama would like some tips from him on that. Sheikh Mouaz Alkhatib’s website also featured claims that Jews are the “Enemies of Allah.”
Sheikh Mouaz Akkhatib got his invite afew days after the Sheikh defended Al Qaeda. Because defending Al Qaeda is what it takes to get a Washington invite these days.
“We’ve made a decision that the Syrian Opposition Coalition is now inclusive enough, is reflective and representative enough of the Syrian population, that we consider them the legitimate representative of the Syrian people in opposition to the Assad regime,” said Obama.
But it’s not inclusive enough for Sheikh Mouaz Alkhatib who thinks Obama is a spoilsport for not recognizing Al Qaeda.
“The logic under which we consider one of the parts that fights against the Assad regime as a terrorist organization is a logic one must reconsider,” Al-Khatib told reporters in Marrakesh, Morocco.
And he’s got a point. Pretending there’s a real difference between Khatib’s Muslim Brotherhood militias and the Al Qaeda militias is like pretending that there’s a substantive difference Nancy Pelosi and Barbara Boxer.
Or between Al-Khatib and Obama. Maybe Obama can get Al-Khatib to stop by a Chanukah party in DC. And then we can look forward to Al-Khatib’s takeover of Syria and his imitation of the “positive legacies” of Saddam Hussein in Syria.
Allah Akbar and a Happy New Genocide.

العرب مهاجرون (“النكبة الهُراء”: الفصل الثالث / الحلقة الخامسة )



اعتمدت الوقائع التاريخية أكثر على فهم الواقع الديمغرافي للبلاد حتى نهاية القرن التاسع عشر وأظهرت الحقيقة التالية : أرض إسرائيل في تلك الفترة كان مقفرة من السكان، مدمرة وخالية نسبيا من السكان.
جوان بيترز، صاحبة كتاب ” منذ قديم الزمان ” الذي يقدم معلومات حول الهجرة العربية لأرض إسرائيل، تقدر انه في سنة 1882 أقام في غرب أرض إسرائيل التاريخية حوالي 141 ألف غير يهودي، ربع هذا العدد هم مهاجرون وصلوا ابتداء من منتصف القرن التاسع عشر.


البروفسور موشيه معوز قدر أن تكون نتائج الحكم العثماني وتدهور الشروط الصحية، قد أدى إلى عملية استنزاف مستمر، جعلت عدد السكان لا يتجاوز المائة ألف نسمة .
وبناء على معطيات بريطانية، سكن في أرض إسرائيل عام 1928 حوالي 150 ألف يهودي مقابل أكثر من 700 ألف عربي.
وحسب شهادة تشرشل، في عام 1936 ارتفع عدد السكان اليهود إلى حوالي 380 ألف، (بسبب الهجرة الكبيرة الذي سمح بها الكتاب الأبيض لتشرتشل)، وفي المقابل ارتفع عدد السكان العرب ووصل إلى أكثر من مليون نسمة .
في عام 1947، قدر عدد السكان العرب حوالي مليون و300 ألف شخص.
من هنا لا يمكن تفسير هذا النمو السريع للسكان العرب دون العودة إلى عمليات الهجرة الكبيرة التي شهدتها ارض إسرائيل، من الدول المجاورة.
الارهابي ال”فلسطني” ياسر عرفات القدوة الحسيني، ولد في القاهرة لعائلة من أصل سوري
Arafat  العرب مهاجرون (“النكبة الهُراء”: الفصل الثالث /  الحلقة الخامسة  )
قد لا تفلح الوثائق والخرائط التي أوردناها سابقا، في إقناع من لا يريد أن يقتنع، لذلك قمنا بتدجيج سطورنا بشهادات عكست الحقائق التي سادت الواقع آنذاك، منها شهادة توفيق الحوراني، في مقابلة لجريدة “لا سيري” في آب من العام 1934 حيث قال: “في الأشهر الأخيرة دخل أرض إسرائيل بين 30 و 36 ألف حوراني واستقروا هناك”.
وفي عام 1939 تطرق ونستون تشرتشل إلى هذا الموضوع بحيث تحدث عن تدفق للعرب إلى أرض إسرائيل باعداد كبيرة فاقت عدد اليهود، مؤكدا أنهم “تكاثروا فيها وازداد نموهم السكاني لدرجة انه يستحيل على يهود العالم أن يزيدوا معدل نموهم السكاني بهذا الشكل”.
وفي مكان أخر لفت تشرتشل إلى أن :” النسبة السكانية العربية ارتفعت في الأمكان التي امتلك اليهود فيها أراض” .
وما إن شعر البريطانيون بالعنف العربي، حتى عمدوا، عام 1939 واستنادا إلى الكتاب الأبيض لماكدونالد، إلى إحصاء كل قادم يهودي جديد، وفرضوا قيودا على هجرة اليهود إلى أرض إسرائيل لاسيما على أولئك الهاربين من الظلم النازي فيما دخل أرض البلاد المهاجرون العرب بكل سهولة ودون أي رقيب.
نظرة سريعة على بعض من أسماء العائلات” الفلسطينية “المعروفة والوجيهة، تظهر ارتباطها الخارجي ومصدر وطنها الأم:
المصري – من مصر، الحوراني – من سوريا، العراقي – من العراق، الصوراني – من صور، الصيداوي – من صيدون، الطرابولسي – من طرابلس ، الفيومي – من فيوم مصر…الخ، إذ بامكاننا تعداد الكثير لكنها تحتاج إلى صفحات طويلة .  
 Wadah Khanfar العرب مهاجرون (“النكبة الهُراء”: الفصل الثالث /  الحلقة الخامسة  )الصحفي ال”فلسطيني” مدير قناة الجزيرة السابق وضاح خنفر ، يرجع تأريخ عائلته الى بلدة خنفر في محافظة ابين في جنوب اليمن


كل الشهادات والوثائق تؤدي إلى حقيقة واحدة احد ألا وهي: أرض إسرائيل في نهاية القرن 19 كانت خالية من السكان نسبيا .لم تكن صرخة الحق للقادة الصهاينة نابعة من لا شيء كما أن إصرار القادة العرب في تغيير مفهوم كلمة لاجئ لم يأت من فراغ، بل يقينا منهم أن اللجوء وفق المفهوم الدولي المعتمد لهذه الكلمة لن يطال سوى قلة قليلة من الفلسطينيين العرب، ففرضوا التعديل ليصبح كل أولئك الذين دخلوا أرض إسرائيل في الفترة القريبة السابقة للحرب، لاجئين.
قبة الصخرة في مكان بيت المقدس  القرن التاسع  عاشر   
19th century Haram el Sherif العرب مهاجرون (“النكبة الهُراء”: الفصل الثالث /  الحلقة الخامسة  )
من الصعب التحديد كم من ال560 – 600 ألف عربي فلسطيني، يستحق بالفعل أن يكون لاجئا، وكم منهم مهاجرين. ولكن الأكيد أن الدعاية العربية استطاعت أن تقود العالم في رحلة المبالغة بالأرقام، إن من ناحية عدد الأشخاص الذين سكنوا الأرض في نهاية الحرب أو من ناحية أولئك الذين يدعون أنهم أبناء هذه الأرض أو من ناحية عدد العرب الذين يصنفون لاجئين.
باختصار وبكل أسف، تمكن العرب من خداع العالم بكذبة اسمها النكبة.
وهنا نستشهد بمقولة لونستون تشرتشل صاغها بسخرية واضحة قائلا: “لو تُرك عرب فلسطين لشأنهم لمدة ألف عام، لما اتخذوا خطوات فعالة في سبيل توفير الري والكهرباء في فلسطين. واكتفوا فرحين بالاستقرار في السهول الجرداء المحروقة بالشمس تاركين مياه نهر الأردن تواصل التدفق دون قيد أو تسخير نحو البحر الميت”.


كم من الزمن عاش ” الفلسطينيون” في ارض إسرائيل التاريخية؟

الحلقة الرابعة : أرض اسرائيل كانت خالية من السكان
وهنا نستند إلى عينات من شهادات أرسلها دبلوماسيون وصحافيون وكتاب زاروا ارض إسرائيل في القرن التاسع عشر، أهمها وأكثرها إقناعا، ما خطه الكاتب مارك توين في كتابه “الأبرياء في الخارج” الذي يرتكز على رحلة عاد بها أرض إسرائيل سنة 1876، عاكسا وضعها المأساوي قبل أن تأتيها الحركة القومية اليهودية وتحييها من قفارها، فقد وصف توين ارض إسرائيل “بالمهجورة والبشعة”، عاش فيها مجموعات قليلة متناثرة من الفقراء البؤساء الذين تركوها خراباً آلاف السنين، قائلا:
“وهل يمكن أن تكون غير ذلك؟ هل يمكن لعنة الله أن تجعلها مرغوبة؟ أرض إسرائيل لا يمكنها أن تنتمي إلى هذه الدنيوية. هي أرض مقدسة في الكتابات والأساطير – هي ارض الأحلام”. ليضيف:” تلالها مقفرة، وخاملة الألوان، وبلا ملامح جميلة الشكل. وديانها صحاري يرثى لحالها المزري، كل تضاريسها قاسية خشنة، إنها أرض كئيبة بلا أمل ينفطر لها القلب” (..) ” بلاد قاحلة أرضها لا بأس بها من حيث خصوبتها، ولكنها مفروشة بالأعشاب البرية، ورحابها صامتة حزينة. فيها من الإهمال ما يعجز حتى الخيال عن إضفاء شيء من مجد الحياة والعمل عليه. لقد وصلنا بسلام إلى جبل تافور(…) وعلى امتداد الطريق كله لم نر كائنا بشريا(…) أرض إسرائيل يلفها الحزن والحداد، أرض قفرة ليس فيها من الجمال شيء(…) بواديها الخالية من البشر، بتلالها الباهتة القفرة، فخذ مثلا كفر ناحوم، تلك الكومة من الأنقاض، أو خذ طبريا، تلك القرية التافهة المستغرقة في سبات في ظل نخلاتها الست الحزينة”. 
أمثلة كثيرة كتبت في وصف أرض إسرائيل، شهادات رسمت واقع الأرض آنذاك، نذكر بعضها على النحو التالي:
• قبل مئة عام من زيارة توين إلى أرض إسرائيل، وصلها الفيلسوف والمستشرق الفرنسي قسطنطين فرنسوا المعروف بالكونت فولني، في عام 1785 فقال: “وجدنا صعوبة في التعرف على يروشلايم. عدد سكانها على ما يبدو لا يتخطى 12 – 14 ألف شخص (…) المكان الثاني، الجدير أن نذكره هو بيت لحم حيث تفتقر أراضيها إلى التجهيزات، في هذه القرية يوجد 600 شخص مستعدين لحمل السلاح (..)المكان الثالث الذي لا يقل أهمية هو حبرون، هذه القرية الأقوى في المنطقة. والتي بإمكانها تأهيل 800 أو 900 مسلح”.
• الكسندر كايت، 1843: “في أيام فولني، لم تكن ارض إسرائيل بعد قد وصلت إلى مرحلة الدمار والرحيل الذي تنبأ به الأنبياء .”
• جيمس سلك بكنغهام : “كانت يافو قرية مهملة فيما الرملة كغيرها من مناطق فلسطين، الخراب فيها أكثر من الأماكن الأهلة” .
• الفونس دو لامارتين، 1835: ” من بعد أبواب يروشلايم لم نلمح أي كائن حي، سكوت تام وابدي يحوم فوق المدينة وطرقاتها وكأنها قبر لشعب كامل”.
• ارثر فرنلين ستانلي 1881 حين تطرق إلى منطقة يهودا قال “لا وجود لأثر آدمي على مساحات تمتد لأميال وأميال”.
الوضع الكئيب لأرض إسرائيل يعود إلى الحكم العثماني الذي أشاع الفوضى في البلاد.
لقد فرض العثمانيون على المزارعين ضرائب باهظة، وكانت الشروط الصحية معدومة، فيما الموت جار قريب من الجميع.

وعملا بالنمط الإقطاعي الذي ساد المنطقة، قام الإقطاعيون العرب بسلب المزارعين البسطاء مساحات شاسعة من الأراضي الزراعية. فيما عمد العثمانيون إلى فرض ضرائب الأرض وضرائب الصناعات وفوائد مرتفعة على القروض، ولتكتمل صورة العناء ظهرت عصابات سرقة هددت حياة الفلاحين وأضافت أسبابا مأسوية نتج عنها خراب البلاد آنذاك.
عاش سكان المنطقة في فقر مُدقع، مما دفع أكثريتهم إلى الرحيل، ليستولي البدو على أماكن سكناهم، قبل أن يضطروا هم أيضا للمغادرة بعد ذلك.

كان وضع الأقليات في الدولة العثمانية كاليهود والمسيحيين أسوأ بكثير من واقع باقي السكان، فإضافة إلى الشروط المعيشية الصعبة، كما أسلفنا أعلاه، فرض العثمانيون عليهم ضريبة إضافية تعرف بالجزية، باعتبارهم ” ذميين”، وتعرضوا إلى الملاحقات والمضايقات والاضطهاد بسبب انتماءاتهم الطائفية. هذا الواقع المذري كان سببا لبداية العمل الصهيوني أملا في خلاص شعب وأرض إسرائيل.

لأولئك الذين لا تقنعهم شهادة الكلمة، نعرض عليهم شهادة علمية جغرافية تعكس الواقع الديموغرافي لأرض إسرائيل، وتتلخص بخارطة دقيقة وحقيقية، وقعت في 26 جزءا لكبرها، واعتبرت نادرة من حيث نوعها ومصداقيتها، أصدرتها بعثة لتقصي الحقائق مؤلفة من باحثين بريطانيين، عرفت بإسم “مؤسسة تقصي الحقائق عن منطقة فلسطين” – (THE PALESTINE EXPLORATION FUND) – بعد أن جالت على أرض إسرائيل في فترة ما بين أعوام 1871 – 1878.

مقياس الخريطة هو 1:63000، وهذا يعني أن كل سنتمتر في الخريطة، يساوي 630 مترا واقعيا.
في هذه الخارطة بإمكاننا تحديد المناطق اليهودية في أرض إسرائيل في السنوات التي تم رسمها وإصدارها، وبالتالي التعرف على مساحاتهم، وتحديد عدد السكان .
الباحثون البريطانيون حددوا بصورة دقيقة حدود كل مكان سكني وابرزوا بألوان خاصة التنوع السكاني. من خلال هذه الخارطة بإمكاننا أن نعرف حجم كل منطقة سكنية في أرض إسرائيل آنذاك، والتي تؤكد حقيقة ودقة ما وصفه ونقله مارك توين.

القرى الكبيرة امتدت على مساحة 100X150 مترا، وتضمنت عددا من المنازل. وقد دلت ألوان الخارطة إلى أن جزءا من مدينة عكو كان مأهولا بالسكان، أما حيفا فظهرت على شكل مستطيل بحجم 7 X3 ملم، مما يعني 190X430 متر فقط، فيما طبريا كانت تمتد 300X600 متر، ويافا كانت بلدة صغيرة لا تزيد عن 240X540 متر. وظهرت كل من دالية الكرمل، يهودا، عسفيا وغيرها من القرى بأحجام صغيرة.

النكبة الهُراء: حقيقة ارقام عدد الاجئين



“النكبة الهُراء” فصل الثالث: كم من الزمن عاش ” الفلسطينيون” في ارض إسرائيل التاريخية؟
الفصل الثالث / الحلقة الثالثة : حقيقة ارقام عدد الاجئين

مع بداية حرب الاستقلال عام 1948، قُدر عدد السكان العرب في منطقة فلسطين بين1.250.000 و1.300.000.
وعند انتهاء الحرب كان عدد العرب المقيمين بيهودا، شومرون وغزة حوالي 550 – 600 ألف شخص، أما أولئك الذين لم يرحلوا أو عادوا إلى منطقة إسرائيل، فقدر عددهم بحوالي 160 ألف عربي فلسطيني.
حساب بسيط يظهر، مع الآخذ بعين الاعتبار الإفراط في زيادة الأرقام، أن عدد اللاجئين لا يمكن أن يكون أكثر من 509 – 540 ألف لاجئ.
استعان البروفسور كارش بالتعداد السكاني الذي تم عام 1945، واستنادا إليه، فان عدد السكان العرب في الأراضي التي شكلت سيادة دولة إسرائيل، قدروا ب 696 – 726 ألف عربي. وإذا قمنا بطرح هذا الرقم من 160 ألف عربي، لم يرحلوا عند انتهاء الحرب، نصل إلى النتيجة عينها أي: عدد اللاجئين يتراوح بين 536 – 566 ألف عربي.
الفحص الذي أجراه كارش اعتمد على التعداد السكاني للقرى والمدن وتوصل إلى نتيجة أن عدد اللاجئين يتراوح بين 583 – 609 ألف لاجئ .
وهنا يتضح أن الأرقام، التي صنفت اللاجئين بالملايين، مبالغ فيها لان العدد الحقيقي لهم منذ مغادرتهم ارض إسرائيل تراوح بين 610 – 535 ألف لاجئ.
وبالعودة إلى السؤال الذي قادنا إلى المعادلة أعلاه أي: ما هو العدد الحقيقي لأولئك الذين يصنفون حقا لاجئين؟

هناك إثباتات كثيرة تؤكد أن جزءا لا يستهان به من العرب الذين تركوا أراضي الدولة اليهودية إبان حرب التحرير، هم مهاجرون دخلوا الأرض وأقاموا فيها.
ولكن ما لا يمكن إثباته هو؛ هل 15% من العرب مصنفين لاجئين فلسطينيين أو %40 منهم؟
للإجابة على هذا السؤال لا بد من العودة إلى الوراء والغوص في تاريخ ارض إسرائيل لنفهم حقيقة الأرقام.


النكبة الهُراء: العرب وفرض “الاجئين”


لقد جهدت الجامعة العربية في الضغط على اعتماد تعريف جديد للاجئ الفلسطيني رغبة منها في احتواء العدد الأكبر من العرب الذين كثرت أعدادهم في السنتين السابقتين لإعلان دولة إسرائيل، وأتوها بعد وصول الحركة الصهيونية والازدهار والنمو الاقتصادي التي عرفته المنطقة بسبب رؤوس الأموال والاستثمارات اليهودية والبريطانية. مما يعني أن عدد عرب أرض إسرائيل في السنوات السابقة لم يكن كبيرا وبالتالي هم ليسوا بسكانها الأصليين، ولم يطئوا أرضها منذ فجر التاريخ كما يزعمون، والمطالع لتاريخ المنطقة، يعرف أن مجموعات كبيرة هاجرت إلى ارض إسرائيل (منطقة فلسطين) من سوريا، مصر، لبنان، تركيا، اليمن، السودان وغيرها من دول الجوار.
بعد هزيمة العرب في حرب الاستقلال، وما سبقها من قرار في الرحيل، فهموا أن عددا كبيرا من الفلسطينيين لن يتم اعتباره كلاجئ وبالتالي ستتحمل الدول العربية وزرا كبيرا في استقبالهم، ضف إلى مشكلة العبء الاقتصادي الذي سيثقل كاهل هذه الدول.
كما وإن لم يُحكَ بلاجئين، فحرب استنزافهم لن تجدي نفعا.

إذا تمكن العرب من ممارسة الضغوط على الجمعية العامة للأمم المتحدة، وحملها على تعديل التعريف المعتمد للاجئ بشكل يتناسب مع أهدافهم والمسالة الفلسطينية.
في عام1948 ، أنشأت الأمم المتحدة وكالة الإغاثة وتشغيل اللاجئين الفلسطينيين في الشرق الأدنى والتي تعرف باسم “الانروا”، لدعم ومساعدة من أطلق عليهم اللاجئين (وفق التعريف الخاص بهم طبعا)، مما في ذلك ذريتهم.
والجدير ذكره، أن هناك محاولات تطمح لجعل هذه المنظمة قائمة أبدا لتحاكي أبدية مشكلة اللاجئين.
إن التغيير الذي أعطى مفهوما خاصا للاجئ الفلسطيني، هو في الواقع اعتراف ضمني من قبل العرب والأمم المتحدة على أن الجزء الأكبر من السكان العرب، الذين يدعون أنهم سكان ارض إسرائيل الأصليين والمقيمين فيها من مئات ألاف السنين، مهاجرين جدد لا تنطبق عليهم المعايير المتبعة لمواصفات اللاجئ.
وبناء على ذلك يطرح السؤال حول العدد الحقيقي للاجئين الفلسطينيين الذين عاشوا بالفعل في ارض إسرائيل منذ القدم ويستحقون المعاملة على أنهم لاجئين، وما عدد أولئك الذي جاءوا ارض إسرائيل في العقود العشرينية والأربعينية من القرن العشرين وبالتالي لا يستحقون البتة أن يصنفوا كلاجئين حقيقيين؟
دون أن ننسى أولئك العرب الذين وصلوا ارض إسرائيل ولم يعيشوا بها يوما واحدا، فهؤلاء لا تتوافر فيهم مواصفات كلمة لاجئ البتة حتى ولو تم اعتماد التعريف الجديد والمستحدث وفق الصيغة الفلسطينية للاجئ.

في تموز من العام 2000 أحصت الاونروا عدد ألاجئين ونسلهم في المخيمات الفلسطينية ب 3.750.000 ، أما تقديرات منظمة التحرير الفلسطينية وصلت إلى 5.000.000 لاجئا، فيما تقدر دولة إسرائيل أن عدد اللاجئين وعائلاتهم حوالي 2.000.000 لاجئ فلسطيني.
استنادا إلى المستندات والوثائق البريطانية، الإسرائيلية والعربية، طالب البروفسور افرايم كارش، تحليل مسالة إضافية دخلت في صلب الدعاية العربية حول النكبة، ألا وهي؛ حقيقة رقم اللاجئين، بعد اعتماد التعريف الملون.
عند انتهاء الحرب قدرت حكومة إسرائيل عدد ألاجئين حوالي 550-600 ألف لاجئ، وقد اعترفت وزارة الخارجية البريطانية بهذا الرقم، لتسجل منظمة الاونروا بعد مضي عام على انتهاء حمام الدم، رقما مغايرا وصل إلى 920 ألف عربي طالبوا الاستفادة من امتيازات المنظمة.
وجد البروفسور كارش أن التقديرات والأرقام التي قدمها العرب بموافقة ممثلي منظمات الإغاثة، عشوائية ومتناقضة والسبب في ذلك يعود إلى :
- انتقال اللاجئين من مخيم إلى أخر دون الإبلاغ، بحيث تم تسجيلهم في المخيم الجديد دون حذف أسماءهم من المخيم السابق الأمر الذي أدى إلى ازدياد محتوى اللوائح.
- طالب بعض العرب الاستفادة من المساعدات التي تعطى، وقدموا أنفسهم على أنهم لاجئين.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Os palestinos são descendentes dos cananeus "


MITO
"Os palestinos são descendentes dos cananeus e estavam na Palestina muito antes dos judeus".

FATO
Essa alegação é contrária à todas as evidências históricas. Os cananeus desapareceram da face da Terra três milênios atrás.

Sherif Hussein, o guardião dos Lugares sagrados islâmicos na Arábia Saudita, afirmou que os "antepassados dos palestinos ​só ocupavam a área [Palestina] ​nos últimos 1.000 anos.1 Os próprios palestinos reconheceram que sua chegada na região veio muito tempo depois da dos judeus. Em depoimento perante o Comitê Anglo-Americano, em 1946, eles reivindicaram uma ligação de 1.000 anos com a Palestina..2


Ao longo dos últimos 2.000 anos, invasões maciças (como as Cruzadas, por exemplo) mataram a maior parte dos habitantes da região. Migrações, pragas e desastres naturais também foram responsáveis pela substituição das populações locais. Durante o mandato britânico, centenas de milhares de árabes emigraram de países vizinhos e hoje são considerados palestinos.

Por outro lado, nenhum historiador sério contesta a ligação de mais de 3.000 anos de idade dos judeus com a terra de Israel, ou relação do povo judeu com os antigos hebreus.


1 - Al-Qibla, (March 23, 1918), quoted in Samuel Katz, Battleground-Fact and Fantasy in Palestine, (NY: Bantam Books, 1977), p. 126. 
2 - British Government, Report of the Anglo-American Committee of Enquiry, 1946, Part VI, (April 20, 1946).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

“النكبة الهُراء” : محاولات لتعديل قرار العرب في الرحيل (الفصل الثاني / الحلقة الرابعة)


ورغم القرار العربي، حاولت قوات الهجانا طمأنة السكان العرب بكل الوسائل الممكنة عبر الراديو والمنشورات التي وزعت، معلنة انه لا يوجد نية في التعرض لهم .حتى انه خلال عيد الفصح طالبت الأفران بالاستمرار في تامين الخبز للسكان العرب في المدينة.

وفي هذا السياق، قال قائد لواء الشرطة البريطانية في إحدى الرسائل: "جهد اليهود لإقناع العرب البقاء في المدينة"، وهذا ما أشارت إليه تقارير مماثلة وُثقت في مستندات القنصليات الأميركية والبريطانية، كذلك في أرشيف الهجانا.
واصل البريطانيون محاولاتهم لحث القيادة العربية على تعديل موقفها، إلا أن الجواب الذي حصلوا عليه " لن نوقع على الاتفاق البتة ولو على حساب أرواح شعبنا ".
لقد ادعى العرب أن رفضهم التوقيع على الشروط التي وضعها اليهود يعود إلى كونها مذلة وتمس بكرامتهم، لذلك فضلوا الرحيل على البقاء، إلا أن الوثائق التاريخية كان لها كلمة مغايرة، فضحت ادعاءاتهم وأظهرت بوضوح أسباب رفضهم، وما وراء "ترحيل" السكان أبناء عرقهم.
لقد وجد كارش في المستندات التي حصل عليها، أن بعض السكان العرب تعرضوا للتهديد بالقتل والخيانة في حال قرروا العودة إلى ديارهم، على سبيل المثال؛ هددت " لجنة الطوارئ العربية"، التي ضمت قياديين عرب بارزين، مجموعة كبيرة من العرب ومنعتها من العودة إلى وادي النسناس، مرتكزة على أسلوب الدعاية والترهيب القائل أن اليهود شعب لا يعرف الرحمة وان النسوة والأطفال معرضين للقتل.
يقول كارش، أن الإخلاء الكبير لسكان العرب في حيفا تم بأمر من القيادة العربية الرسمية في المدينة وبإدارتها.
مما يطرح السؤال التالي: هل قرار الرحيل نابع من الإرادة الذاتية أو مفروض من أطراف خارجية؟
" هجرة العرب من مدينة حيفا   "
وهنا لا بد من الإشارة إلى أن اللجنة العربية في مفاوضتها مع الهجانا، كانت تتشارك في اتخاذ قراراتها مع اللجنة العربية العليا وجامعة الدول العربية، لا بل كانت تأتمر بأمر قراراتهم ، التي تمحورت حول جواب واحد احد ؛ الإخلاء الفوري .
وفي الحقيقة، الأمر الذي سرّع خروج السكان العرب من حيفا بهذه الأعداد، ما اُبلغوا به؛ أن القوات العربية ستقوم باحتلال المنطقة خلال أيام لتحريرها من اليهود.
فكان قرارهم بالرحيل خيارا عربيا بامتياز، دفع السكان العرب ثمنه، وكانوا الضحية وكبش المحرقة والمسؤولين عن مصابهم.

domingo, 9 de dezembro de 2012

O que faz essa multidão diante de um míssil? Ou: “Cada árvore e cada pedra gritará: ‘Oh, Muçulmanos! Oh, servos de Alá! Há um judeu atrás de mim, venha e mate-o”




Milhares na praça para saudar os 25 anos de Hamas e… o fim de Israel. Majestoso, um foguete assistia a tudo!
Khaled Meshaal, o líder mais importante do Hamas, que vive no Catar – esta estranha tirania que dá apoio à dita Primavera Árabe… –, visitou neste sábado a Faixa de Gaza. Falando a uma multidão, que se estimou em 500 mil pessoas, sob as bênçãos de um foguete M75, de fabricação iraniana, Meshaal deu a sua contribuição à paz: afirmou que o Hamas jamais reconhecerá Israel, que todo o território é palestino “do rio ao mar, do Sul para o Norte”, referindo-se ao Rio Jordão e ao Mar Mediterrâneo. Segundo ele, os palestinos não darão um centímetro de terra a Israel – que, nessa hipótese, desapareceria. “Nunca vamos reconhecer a legitimidade da ocupação israelense e, portanto, não há legitimidade para Israel”. Volto a ele daqui a pouco. Vamos lembrar aqui algumas coisinhas.

A ONU
Enquanto todos os progressistas e as pessoas boas do mundo, inclusive do Brasil, aplaudiam de pé a admissão da Autoridade Palestina como estado observador da ONU, eu, que não sou nem progressista nem bom (segundo os sábios da militância ao menos), advertia que as consequências caminhariam num sentido oposto ao pretendido. Haveria mais dissabores do que soluções. Aliás, fui mais longe do que isso e afirmei que mais lucrariam os terroristas do Hamas do que Mohamed Abbas, o presidente da Autoridade Palestina. Reproduzo um trecho do artigo publicado no dia 30 de novembro: 
“É uma tolice supor que a decisão de ontem vá fortalecer a sua posição [de Mohamed Abbas] contra o Hamas. A facção que governa Gaza também comemorou o resultado (…) É evidente que as nações que votaram em favor do reconhecimento expressaram uma espécie de censura ao país que se defende, o que é um escândalo moral. Como é o Hamas a força que hoje se apresenta para o confronto, mais os terroristas lucraram com o evento aloprado de ontem do que Abbas.”
Pois é…
Não tenho bola de cristal, só lógica elementar. Era, como se vem mostrando, estupidamente imprudente aceitar a existência de um estado que, por razões que nem preciso demonstrar, estado não é. Quando menos, seria necessário que esse ente estivesse sob um só comando, o que é falso. Os terroristas do Hamas governam a Faixa de Gaza; a Cisjordânia é governada pelo Fatah. Em seu discurso, Khaled Meshaal pregou a união das duas correntes. Como o Hamas não abre mão de sua forma de luta, o acordo só acontecerá se Abbas voltar ao terrorismo.
Pois é… Que sentido faz a ONU reconhecer a Palestina como estado, ainda que observador, se essa condição depende, necessariamente, de negociações bilaterais – no caso, com Israel? É evidente que se tratou de uma ação hostil, e isso sempre enseja reações. O governo israelense cortou repasse de recursos à Autoridade Palestina e decidiu construir mais três mil residências em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia.
Ouvi certo alarido: “Você não vai condenar Israel? Não vai?”. É inegável que a decisão não colabora com a paz, mas me pergunto se alguém, de fato, esperava que não houvesse uma reação… Ora, se a Autoridade Palestina acha que o interlocutor não é Israel, por que Israel deve achar que é a Autoridade Palestina? Tem início a escalada da irracionalidade. E antevi alguma grande bobagem palestina como fruto da excitação. Pimba! Antes que continue, uma lembrança: o governo brasileiro, seguindo os passos de alguns outros, chamou o embaixador de Israel para cobrar explicações. Dos companheiros do Hamas, ninguém vai cobrar nada…
Os terroristas não querem negociar, deixa claro seu líder máximo. Querem a destruição de Israel e fim de papo! Eu sei disso faz tempo porque já li o Estatuto do Hamas, publicado neste blog.  O Artigo 2º é de lascar! Eis aí o que o PT gostaria de ser (em vermelho):

“Art. 2º O Movimento de Resistência Islâmica é um dos ramos da Irmandade Muçulmana na Palestina. A Irmandade Muçulmana é uma organização global (universal) e é o maior movimento islâmico nos tempos modernos. Ela se distingue por seu profundo entendimento e sua precisão conceitual e pelo fato de englobar a totalidade dos conceitos islâmicos em todos os aspectos da vida, em ideias e crença, na política e na economia, na educação e assuntos sociais, em matérias judiciais e em matérias de governo, na pregação e no ensino, na arte e nas comunicações, no que deve ser secreto e no que deve ser transparente, bem como em todas as áreas da vida.
Uau! É o que o PT quer ser quando crescer: cuidar de tudo! O que vai acima é a síntese de uma ditadura religiosa. Pois bem! A cada vez que leio sugestões para que Israel negocie com o Hamas, eu me lembro das palavras do seu estatuto. Logo na introdução, a gente lê:
“Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele.”

Leiam agora o que diz o Artigo 7º:

Art. 7º Em todos os países do mundo encontram-se muçulmanos que seguem o caminho do Movimento de Resistência Islâmica, e tudo fazem para apoiá-lo, adotando seu  posicionamento e reforçando a sua Guerra Santa (jihad). Por isso, é um Movimento universal, qualificado para esse papel devido à clareza de sua ideologia, superioridade de seus fins e sublimidade de seus objetivos. Nessas bases é que deve ser visto e avaliado, e é nessas bases que seu papel deve ser reconhecido.
(…)
o Movimento de Resistência Islâmica aspira concretizar a promessa de Alá, não importando quanto tempo levará. O Profeta, que as bênçãos e a paz de Alá recaiam sobre ele, disse: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por mata-los e mesmo que os judeus se abriguem atrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: “Oh, Muçulmanos! Oh, Servos de Alá, há um judeu atrás de mim, venha e mate-o”.
Voltei
Esse é o Hamas que muitos pretendem que esteja se tornando menos radical. Quando a ONU reconhece o estado palestino como observador, queira ou não, está admitindo tanto esse horizonte como os métodos empregados para alcançá-lo.
Assim, saibam os senhores, enquanto o Hamas estiver no comando de uma parte do povo palestino, não há nem o que negociar. E o tal Khaled Meshaal deixou isso bastante claro! Ele foi mais longe: anunciou que o movimento pretende praticar novos sequestros de soldados israelenses para obter a liberação de terroristas palestinos presos.
Não obstante, quem é chamado a dar “explicações” no Brasil e em alguns outros países é Israel. O Hamas, como se nota, não precisa explicar nada. Basta tentar matar judeus atrás de pedras e árvores e cultuar um míssil com devoção quase religiosa.
Eis aí um dos desdobramentos práticos daquela votação irresponsável, que contou com o apoio entusiasmado do governo Dilma: em vez da paz, bomba!
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 8 de dezembro de 2012

"النكبة" صناعة عربية بامتياز (“النكبة الهُراء”: الفصل الثاني / الحلقة الثالثة)


فقد أظهرت وثيقة مخابراتية بريطانية صادرة في 23 تشرين الأول/اكتوبر، نبأً جاء فيه أن العائلات العربية الكبرى أيقنت أن الاحتدام والاقتتال بات على الأبواب، ما دفعها لترحيل أبناءها إلى الدول العربية .
وفي 21 تشرين الثاني/نوفمبر، أي قبل أسبوع واحد من تصويت الجمعية العامة، تم الإبلاغ عن حركة هجرة كبيرة للسكان العرب. 
وبعد أسبوعين على اندلاع "نار الاستقلال"، أفيد عن هجرة جماعية قدرت ب 15- 20 ألف شخص من عرب المدينة.
الفرار الكبير لبعض السكان، زرع الخوف والذعر في صفوف الآخرين ودفعهم لحمل أمتعهم والرحيل. بحيث قام رجال الأعمال ببيع ممتلكاتهم ونقل أعمالهم إلى سوريا مصر ولبنان، قابل هذا كله، تدفق مقاتلين إلى المدينة من الدول الأنفة الذكر إضافة إلى العراق.
فقدت القيادة العربية "الحيفاوية" قوتها في السيطرة على الشارع وخصوصا على العصابات المحلية والمقاتلين الآتين من الخارج.
هذه الهجرة الكبيرة لثلث سكان العرب من مدينة حيفا، قبل اندلاع الحرب فعليا، دفعت اللجنة فيها للتوجه إلى الدول العربية بطلب استيعاب اللاجئين بصورة منظمة وزمنية.
فيما طالبت، في شهر آذار/مارس، بإخلاء منظم للمدينة من النساء والأطفال وعمدت إلى استئجار سفينة مصرية لتنفيذ عملية الإخلاء.

حين وصول قوات" الهجانا" إلى المدينة في 21 نيسان/ابريل1948 ، كان نصف سكانها العرب لا يزالون فيها، وعند زحف القوات الإسرائيلية باتجاه السوق في 22 نيسان/ابريل، سجلت حركة هجرة جماعية شملت الآلاف.
لا شك في أن هذه المرحلة جاءت انعكاسا واضحا لحقيقة ما حدث في جميع سنوات الحرب، حقيقة تدحض مسؤولية اليهود، وتظهر أن " الرحيل " جاء بطلب عربي كان سببا" لنكبة اللاجئين الفلسطينيين".
على اثر دخول القوات اليهودية مدينة حيفا، توجه ما تبقى من القيادة العربية في المدينة، إلى القائد البريطاني الميجور ستاكوول، بطلب تنظيم وقف فوري للحرب مع اليهود.
وافقت قوات" الهجانا" على طلب الجانب العربي و أرسلت شروطها بغية الشروع في إحلال وتمتين الأمن، فطالب العرب إمهالهم 24 ساعة للتشاور ودرس الشروط، للعودة بالرد المناسب.
وبعد مرور المهلة الزمنية المحددة، عادت اللجنة العربية بجواب سلبي، رافضة التوقيع على شروط وقف إطلاق النار، مدعية عجزها في السيطرة على العصابات والمسلحين في الشارع، مطالبة المندوب البريطاني، تأمين عملية إخلاء منظمة للسكان العرب من المدينة.
هذا الطلب أدهش الحاضرين من بينهم رئيس بلدية تل ابيب" شفتاي لفي"، الذي إعتُبر صديقا مقربا من السكان العرب في حيفا، راجيا أعضاء اللجنة تعديل موقفهم وسحب طلبهم قائلا لهم :" انتم ترتكبون جريمة شنيعة بحق أبناء شعبكم ".
قوات الاحتلال البريطاني (الانتضاب البريطاني لمنطقة فلسطين)
Untitled 41 "النكبة" صناعة عربية بامتياز (“النكبة الهُراء”: الفصل الثاني / الحلقة الثالثة)
فيما تعهد يعقوب سالومون، ممثل الهجانا في المفاوضات، وباسم قيادة المنطقة، التزامه باحترام السكان العرب الذين قرروا البقاء في المدينة ومعاملتهم بمساواة، والحفاظ على أمنهم، مؤكدا أن القيادات اليهودية يعنيها المحافظة على الوجود الثنائي في المدينة .

أما الميجر البريطاني ستاكوول فتوجه لهم مستاء: "لقد اتخذتم قرارا خاطئا، فكروا بالأمر مرة ثانية وإلا ستندمون على ذلك لأجيال وأجيال. عليكم القبول بالشروط التي وضعها اليهود، فهي شروط منطقية ولا تنسوا أنكم المبادرون للحرب وهم المنتصرون."
وفي اليوم التالي عادت اللجنة العربية للقاء الميجر البريطاني تطالبه المساعدة في عملية الإخلاء الجماعية؛ تأمين 80 شاحنة لليوم الواحد لنقل السكان وتوفير المواد الغذائية.
فيما قرر عدد بسيط من العائلات البقاء في المدينة من اصل عشرات الآلاف من السكان العرب.