quinta-feira, 12 de abril de 2012

MITO: "A maior parte dos árabes palestinos apoia uma solução com dois Estados"

No ano passado, o Israel Project encomendou uma pesquisa realizada pelo Palestinian Center for Public Opinion em Gaza e na Cisjordânia. Nela, perguntavam qual das seguintes declarações mais se aproximava da dos entrevistados:





A melhor solução é a de dois estados vivendo lado a lado

O verdadeiro objetivo deve ser começar com dois estados, mas, em seguida, transorma-lo em apenas um estado
concordo plenamente

12%

22%
concordo em parte


13%

30%

Total

25%

52%

Total para os que responderam

32%

68%


Caso essa pergunta lhe pareça vaga demais ou não muito clara, a pergunta seguinte dissipa qualquer dúvida sobre as verdadeiras intenções dos árabes palestinos:




Israel tem o direito permanente de existir como uma pátria para o povo judeu


Com o tempo, os palestinos devem trabalhar para transformar ambos os territórios em um único estado palestino


concordo plenamente


4%


27%


concordo em partes


4%


57%


Total


8%


84%


Total para os que responderam


9%


91%


Um vídeo de Abbas Zaki, membro do comitê central do "moderado" Fatah, em uma entrevista na al-Jazira (também em 2011):



... Quando dizemos que a solução deve ser baseada nessas fronteiras [de 1967], o presidente [Abbas] entende, nós entendemos e todos sabem que o "objetivo maior" não pode ser alcançado de uma vez só. Se Israel se retirar de Jerusalém, retirar 650.000 colonos e desmantelar o muro... o que será de Israel? O país acabará.

Quem está nervoso e irritado agora? Netanyahu, Lieberman, Obama... todos esses vermes.
... Nós deveríamos nos alegrar em ver Israel perturbado.
Se alguém disser que quer "varrer" Israel... é muito difícil. Não é [uma política] aceitável dizer isso. Não diga essas coisas ao mundo, guarde consigo.
Eu quero as resoluções que todos concordam. Eu digo para o mundo, para o quarteto e para os EUA: vocês prometeram e se transformaram em mentirosos.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Assentamentos judaicos são ilegais e violam a Convenção de Genebra



Esse mito é um dos mais difundidos na mídia por ser uma das principais cartadas políticas da Autoridade Palestina. É uma mentira tão amplamente aceita que raramente é discutida em quaisquer círculos.

Os dois argumentos legais usados contra os assentamentos baseiam-se em duas convenções internacionais, as Convenções de Haia, de 1899 e 1907, e a Quarta Convenção de Genebra de 1949.

A violação da primeira é menos citada e mais simples de refutar. Estabelecidos em 1899 e 1907 como um primeiro esforço formal no estabelecimento das leis de guerra, os artigos das Convenções de Haia que lidam com a situação de refugiados e terras ocupadas foram claramente voltados para ocupações breves e em situações até então conhecidas em conflitos, visando proteger os interesses dos soberanos das regiões ocupadas.

Logo após a vitória devastadora da Guerra dos Seis Dias, governo e população israelense acreditavam que o mundo árabe aceitaria negociações e acordos de paz em troca das terras capturadas. Nunca perdendo uma oportunidade de perder uma oportunidade, os líderes árabes reuniram-se na notória Conferência de Cartum e estabeleceram os três princípios que regulariam as ações do pós-guerra: não fazer a paz com Israel, não reconhecer Israel, não negociar com Israel. O país ficou em uma posição curiosa e talvez única ao longo da história, disposto a retornar as terras conquistadas em troca de paz, mas sem ninguém interessado em receber.

Diante dos "três nãos" do mundo árabe, a situação claramente se perpetuaria por vários anos. A ligação histórica com Jerusalem levou à construção de vários bairros e a unificação com o lado ocidental da cidade, dentro das fronteiras israelenses. Terras na Cisjordânia, Sinai e principalmente o Golan receberam diversos assentamentos por razões estratégicas, históricas e religiosas. O Sinai acabou sendo retornado ao Egito depois do acordo de paz feito pelo presidente Anwar Sadat, que pagou com a própria vida por romper o acordo com os outros líderes árabes ao ser assassinado pela Jihad Islâmica.


A inadequação e obsolescência das Convenções de Haia quanto a questão é patente. Mesmo sem ser signatário, Israel reconhece a autoridade e em vários aspectos é um dos poucos países em conflito que respeita vários artigos frequentemente deprezados. Por exemplo, o estabelecimento da administração militar na Cisjordânia torna Israel um dos poucos países de acordo com as convenções. Até o estabelecimento da Autoridade Palestina, Israel continuou seguindo as leis jordanianas de acordo com o artigo 43, mesmo com a Jordânia tendo ocupado ilegalmente a região em 1948.

O argumento frequentemente usado é o artigo 46, que proíbe o ocupante de confiscar propriedades privadas. O argumento é simplesmente falso, já que a maioria dos assentamentos são estabelecidos em áreas públicas municipais. Propriedades privadas podem ser requisitadas para uso estratégico mediante compensação, mas desde 1979 a Suprema Corte de Israel determinou que autoridades militares não podem requisitar terras particulares para estabelecer assentamentos civis. Vale a pena notar que uma das bases de tal decisão são as Convenções de Genebra, que explicarei mais adiante.

Apesar de legal, o estabelecimento de assentamentos em áreas públicas pode não ser justo por problemas legais envolvendo a posse das terras. Em um post anterior elucidei a questão da posse privada e pública de terras desde o mandato britânico. Em alguns casos pode não haver a possibilidade de comprovar a posse legítima das terras, que pode remontar ao regime praticamente feudal do Império Otomano, tampouco o pagamento de impostos que legitimaria o uso de terras públicas. Esses casos costumam gerar mais controvérsia, mas são de difícil solução legal. Um dos maiores assentamentos judaicos foi estabelecido em terras nessas condições, a cidade de Ma'ale Adumin.

Um detalhe raramente mencionado é que uma pequena parte das terras requisitadas para fins militares são propriedade particular de judeus, e têm preferência em alguns casos justamente pela menor dificuldade dos trâmites legais.


As complicações legais inerentes a questão da posse de terras faz com que o argumento mais utilizado contra os assentamentos seja mesmo o artigo 49 da 4° Convenção de Genebra, especificamente os parágrafos 1 e 6:

"As transferências forçadas, em massa ou individuais, bem como as deportações de pessoas protegidas do território ocupado para o da Potência ocupante ou para o de qualquer outro país, ocupado ou não, são proibidas, qualquer que seja o motivo.

"A Potência ocupante não poderá proceder à deportação ou à transferência de uma parte da sua própria população civil para o território por ela ocupado.


Geralmente os argumentos assumem que a validade legal do artigo à questão dos assentamentos seja tão cristalina que não exija quaisquer explicações, o que está longe de ser o caso. Tais artigos foram estabelecidos logo após a segunda-guerra, determinando claramente que a transferência forçada é ilegal, tendo em mente os atos praticados pela Alemanha Nazista, como a transferência da população judaica para campos de extermínio e trabalhos forçados na Polônia, a evacuação da população alemã para países escandinavos diante da invasão soviética, etc.

O grande problema é que os assentamentos judaicos em Israel não são uma transferência forçada, pelo contrário, são movimentos voluntários. Vários assentamentos foram estabelecidos sem permissão, em condições ilegais, acabando reconhecidos posteriormente em decisões judiciais ou atos políticos que consideraram as questões de posse de terras mencionadas acima. Muitos desses assentamentos são justamente de famílias judaicas que viviam na Cisjordânia e foram expulsas ou perseguidas pela população árabe antes da independência de Israel e esperavam um retorno.

A cidade de Hebron é um excelente exemplo. Em 1929 o massacre incitado pelo Mufti de Jerusalém à população judaica da cidade levou os sobreviventes a fugirem de suas propriedades. Após a independência de Israel, muitos retornaram. Até hoje sobreviventes e descendentes vivem divididos quanto a retornar, e uma minoria estabelecida necessita de constante proteção militar, que gera mais violência dos dois lados.

Uma ironia interessante é que o parágrafo 6 do artigo 49 foi proposto justamente por um judeu dinamarquês diante da situação dos cidadãos alemães que em 1948 ainda estavam em campos de concentração escandinavos aguardando deportação para a Alemanha. Sabendo que os soviéticos atacariam a população civil o governo nazista tentou evacuar a população do leste do país antes da invasão. Com os danos à infra-estrutura de transportes essa população foi deixada em outros países, em vários casos expulsando a população local.

O artigo aplica-se claramente a vários casos de transferência forçada de populações desde a Segunda GUerra Mundial. A emigração forçada da Rússia para os Balcãs promovida pela União Soviética, da China para o Tibet, do Marrocos para o Sahara Ocidental, etc. Nenhum desses casos é denunciado com base no mesmo artigo usado para atacar Israel.

A insistência nesse argumento é um exemplo claro do anti-semitismo velado de muitas críticas a Israel, simples de demonstrar. Se um árabe-israelense cuja família seja nativa do Iraque ou qualquer outro país desejar se mudar voluntariamente para qualquer parte da Cisjordânia, Faixa de Gaza ou Golan, absolutamente ninguém no mundo alegará que ação é ilegal. Se um judeu descendente da população judaica expulsa dessas regiões entre 1929 e 1948 deseja retornar à terra de seus pais e faz o mesmo, a ação será denunciada como ilegal.

"Most Palestinian Arabs support a two-state solution" is a lie

http://elderofziyon.blogspot.com.br/

While this is not the point of his article, Hussein Ibish writes in Open Zion:

[S]upport for a two state solution also represents, according to almost every existing poll, the Palestinian majority position, as well as that of the Palestine Liberation Organization (universally recognized as “the sole legitimate representative of the Palestinian people”.)
He's technically right, and he is very, very wrong.

When polls ask Palestinian Arabs is they support a two-state solution, indeed most answer yes.

However, when one pollster last year went a bit further and asked another question, it showed that the real answer is not "yes" but "as a means to destroy Israel."

The Israel Project commissioned a poll last year in the territories conducted by the Palestinian Center for Public Opinion and asked which of these two statements more closely matched the opinions of those being polled:



The best goal is for a two-state solution that keeps two states living side by side.

The real goal should be to start with two states but then move to it all being one Palestinian state

Strongly agree

12%

22%

Somewhat agree

13%

30%

Total

25%

52%

Total for those who responded

32%

68%

In case you think that this question was too vague or unclear, here's one that leave little doubt of what Palestinian Arab intentions are:




Israel has a permanent right to exist as a homeland for the Jewish people.


Over time Palestinians must work to get back all the land for a Palestinian state


Strongly agree


4%


27%


Somewhat agree


4%


57%


Total


8%


84%


Total for those who responded


9%


91%


This poll proved that a large majority of Palestinian Arabs do not believe in the "two state solution" in the way that most Westerners (and probably Ibish) do. They want to have a state now as a means to destroy Israel.


This poll was ignored by the mainstream media.


This fact is simply too inconvenient for wishful thinkers to accept. It causes massive cognitive dissonance in the "peace camp." It is exactly the opposite from what we have been told over and over again by politicians and pundits. So they ignore it.

But that is the truth, and any sober analysis of how peace is possible must take these facts in mind.



The PLO and PA also appear to share the goal of destroying Israel as we saw only this week.

Whenever people claim that the majority of Palestinians want a peaceful solution, they are either ignorant or lying.

I'm not sure which category describes Ibish.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Moses Was a Muslim Who Led Palestinian Muslims Out of Egypt. No Joke.



A few years ago, while visiting the Temple Mount in Jerusalem, I had a very disturbing conversation with a member of the Islamic Wakf who was escorting me to make sure that I didn’t pray on the holy mountain. I asked him if he could tell me when the Al Aqsa mosque was built. He looked at me with a straight face and responded that it was always there. I hadn’t expected that, and of course was surprised and asked him again. I thought that maybe he didn’t understand my question and meant that the mountain was always there. So I asked again, and made it clear that I meant the mosque that is located on the southern extension of the Temple Mount that was built by Herod. (Historically, the entire platform that the Al Aqsa mosque is built on didn’t even exist during the time of the first Temple.)

It turned out that this “learned” member of the Islamic clergy, whose job is to work on the Temple Mount, actually believed that the structure of the Al Aqsa mosque was just there – from the beginning of time.

This conversation was a great help to me in understanding the Muslim Arab mindset and culture. Facts are not really so important to them. They can be made up or even changed as needed.

You don’t need to take my word for it. Go to youtube and search for this: “Moses was a Muslim who led Palestinian Muslims out of Egypt.” You will see that Islamic clergy are teaching this concept without blinking an eye. They are totally convinced that all of the Israelite heroes of the Bible were actually Muslims. This is the new replacement theology. The idea is not only Holocaust denial like what is heard from the leaders of the Islamic regime in Iran. They now deny (or co-opt) all the foundational points of Jewish history.

Their strategy is to question or outright deny the most basic historical facts – like claiming that the Jews are not the direct descendants and surviving remnant of the children of Israel who were led out of Egypt by Moses and led into the land under Joshua. If you see the video, you will learn that King David too was a Muslim who defeated the mighty Goliath.

For all whose goal is to bring stability to this region, it is important to understand the rhetoric of those who oppose Israel as part of their religion. Understand that we are dealing with people who celebrate being detached from reality as part of their worship of Allah.

There might be those who fear that this realization would force us to give up all hope of bringing about a deal for lasting peace between Israel and its Arab neighbors. I suggest the opposite. We must realize and accept our neighbors for who they are and recognize their culture as a given. It is unrealistic, in my opinion, to believe that we can turn the Arabs into a society that that truly embraces western concepts and values – like facts and sticking to truth. It makes much more sense to understand that fantasy and stretching the truth are very deeply embedded in the mindset of the Muslim and Arab culture. I do not mean to say this as an insult, but to suggest that we accept it as a fact, take it as it is and move on.

I believe that there is hope for peace in the Middle East – not because the Arabs love us or are about to become Zionists. There is hope for peace because the Jews are a peace loving people and G-d gave us the brains and physical means to protect out borders and our nation. The Arabs can believe whatever they like – as long as they know that they can’t overrun us. If they could they would.

Judeus possuíam apenas 10% das terras, mas receberam uma parte maior no plano de partilha



Mais um mito comum sempre repetido de maneira até aleatória por críticos de Israel, cada hora com um número. Alguns dizem 10%, outros 7%, outros chegando a números até mais precisos como 6.8%, sabe-se lá como.

A fonte primária dessa afirmação costuma ser o documento oficial feito pelo Mandato Britânico antes do Plano de Partilha, o "A Survey of Palestine", preparado para o UNSCOP, o Comitê das Nações Unidas para a Palestina em 1946.

Essa afirmação na verdade não tem nada de falso em si, pois de fato os judeus possuíam cerca de 10% das terras, e de fato o estado judeu teria uma área maior no plano de partilha. O mito na verdade está na conclusão direta feita por muitos a partir da afirmação, que se os judeus possuíam 10% das terras, então os árabes possuíam 90%!

Nenhum lugar do relatório tem esses números explicitamente. Geralmente eles são calculados arbitrariamente, a partir de informações de tabelas e trechos detalhando posse de terras ou assuntos relacionados, com os autores muitas vezes distorcendo claramente algumas informações, talvez por ignorância, talvez por má-fé.

A parte mais citada, talvez por apresentar os números de forma aparentemente clara e explicitar a frase "Ownership of Land in Palestine", é a tabela 2 encontrada na página 566 do volume II.

Citar essa página fora de contexto é algo passável como ignorância da parte de alguém que não leu o relatório e apenas buscou nele informações para buscar contra Israel. Essas tabelas encontradas nessa parte do relatório, Seção 5, capítulo XIV, referem-se à uma estimativa da propriedade do capital na área do mandato para fins fiscais, e na página 563, que introduz a seção, é explicitado que o propósito foi exatamente avaliar a posse dos judeus, e isso só era possível quando todas as outras categorias eram colocadas em separado!

É possível refutar esses dados apenas usando das informações nas tabelas. A tabela 2 atribui 1,514 km² aos judeus, e 24,670 km² à "árabes e outros", mas não discrimina os detalhes dessa categoria e quem são esses "outros". A tabela já explicita que a maior parte dessa categoria, 16,925 km², é composta de terras não cultiváveis, que alguém lendo honestamente o relatório desde o início já saberia que eram terras sem-dono ou controladas pelo governo. Enfim, essa categoria "outros" inclui todas as terras que não pertenciam aos judeus, não necessariamente que pertenciam à árabes como é interpretado. Simplesmente não existem números precisos sobre a propriedade de terras por árabes, mas podemos estimá-los usando outros dados.

Uma omissão obviamente maliciosa de quem cita essa tabela, é que logo abaixo na mesma página 566, vê-se os valores de impostos cobrados sobre essas terras, o que é um bom indicador da posse por proprietários particulares árabes e judeus. Logo adiante na página 570 que descreve a política fiscal, fica claro que não havia distinção entre árabes e judeus. Se os judeus possuíam 1,514 km² e pagavam 448,000 £ em impostos sobre suas terras, como os árabes pagavam apenas 351,000 £ se alegam que possuíam 24,670 km²?

Não há como sair dessa redução ao absurdo a não ser a conclusão de que as terras que eram de fato propriedade dos árabes eram uma pequena parte da categoria "árabes e outros". Alguém pode alegar que os árabes simplesmente sonegavam, mas isso leva a outro problema que veremos logo adiante e leva à mesma conclusão.

Essa argumentação acima baseia-se apenas na tabela da página 566, para expôr a má-fé de quem cita esses dados e convenientemente omitiu as informações sobre os impostos. O relatório tem seções bem mais detalhadas sobre a posse de terras que deixam tudo claro e expõe o mito.

O capítulo VIII, que começa na página 225 do volume I, trata das terras da Palestina. A propriedade de terras ainda era sujeita a leis derivadas da legislação Otomana, descritas em detalhes na seção 1 do capítulo. Essa legislação classificava as leis em várias categorias, e uma estrutura lógica seguiria duas categorias com várias subdivisões, Mulk, propriedade privada, e Miri, propriedade estatal.

As terras dentro da primeira categoria, Mulk, podem ser divididas em duas subcategorias. A primeira são as terras em que há propriedade livre, de direito, com o proprietário podendo fazer o que quiser sem qualquer obrigação legal em cultivá-las ou usá-las para qualquer fim. Geralmente eram terras compradas do Estado ou já nessa categoria há várias gerações de herdeiros. A segunda inclui as terras que originalmente faziam parte da primeira subcategoria e que foram doadas para fins religiosos.

A segunda categoria, Miri, é a mais complicada, com várias subcategorias. Essas terras podiam ser simplesmente vagas, que não foram alocadas pelo Estado a ninguém; podiam ser terras alocadas para fins comunitários; para fins religiosos; e podiam ser terras desérticas sem qualquer interesse para cultivo a não ser com um grande investimento.

A subcategoria mais importante era a das terras que eram cedidas pelo Estado a algum indivíduo ou grupo de interesse privado, como uma forma de subvenção. O usufruto dessas terras era condicionado ao pagamento de impostos ou parte da produção anual, exceto no caso de terras originalmente desérticas e então cultivadas sem investimento do governo, que eram isentas.

Exceto por terras em áreas urbanas e residenciais, quase todas as terras árabes da Palestina faziam parte dessa subcategoria. O grande problema é que na maioria os contratos eram muitos antigos, da época do governo Otomano, e para muitos não havia qualquer documentação existente comprovando o acordo e disputas eram relativamente comuns. Em 1920 o governo do Mandato Britânico iniciou o registro e solução das disputas envolvendo terras nessas condições, e em 1928 adotou um sistema mais eficiente para tal.

Na página 255 começa uma descrição mais precisa das terras públicas, e aí entendemos como a maior parte daquele "outros" era na verdade o Estado. Primeiro, aqui eliminamos o possível argumento de que os árabes apenas sonegavam, por isso pagavam menos impostos: o pagamento de impostos e taxas de registro caracterizava o "aluguel" dessas terras, portanto quem não pagava nem tinha o direito de estar ali.

Na página 257 há alguns números oficiais emitidos em 1937, que apesar de ainda não definitivos esclarecem a situação. Dentre os 26,320 km² de área, 12,577 km² correspondiam ao Negev, toda a área desértica ao sul de Beersheba, e considerou-se que talvez surgissem reivindicações para cerca de 2,000 km² que fossem cultivados ocasionalmente. Dos 13,743 km² restantes, cerca de 3,000 km² compreendiam as regiões montanhosas ao leste de Hebron, Jerusalem e Nablus, a maior parte propriedade do Estado.

Dos cerca de 10,743 km² restantes, o relatório comprovou através de dados sobre a coleta de impostos, que cerca de 7,000 km² eram cultivados e podia-se assumir alguma forma de propriedade ou subvenção dentre uma das categorias mencionadas acima, e já sabemos que os judeus pagavam mais impostos sobre terras do que os árabes. Apenas cerca de 4,500 km² tiveram sua propriedade confirmada, e destes, 660 km² eram propriedade pública, como áreas desérticas, reservas ou florestas.

Concluímos então que se considerarmos como critério apenas a propriedade particular comprovada, de todos os 26,320 km² da área da Palestina sob o Mandato Britânico, apenas 3,840 km² atendiam às exigências legais, sendo 1,514 km² de judeus e 2,326 km² de árabes, os judeus eram donos de apenas 5,7%, e os árabes de apenas 8,8%.

Se considerarmos as áreas que geravam arrecadação de impostos, ou seja, aquelas sobre as quais podia-se fazer alguma reivindicação de propriedade, são cerca de 5869 km², 22% da área total da Palestina, sobre os quais os judeus pagavam cerca de 61% dos impostos.

Concluímos então que os árabes certamente possuíam, comprovadamente ou não, uma quantidade de terras maior, mas não como a afirmação do mito aqui sugere, que todas as terras que não pertenciam a judeus pertenciam a árabes. No plano de partilha, tanto o estado árabe quanto o judeu seriam na maior parte formados por terras públicas, tendo o estado judeu ficado com uma parcela um pouco maior, 56%, por terem sido usados critérios demográficos e ser necessário encaixar todas as principais cidades judaicas dentro das fronteiras.

Na prática mostrou ser um plano justo, já que os judeus não só pagavam mais impostos do que isso e realizavam muito mais investimentos, como também o estado judeu receberia uma parcela da população árabe, ao passo de que apenas um mínimo de judeus seriam aceitos no estado árabe.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

أميرة طاهر: حقائق و أكاذيب حول إسرائيل

لا يوجد أفضل من هذه الأوقات التي يدور فيها لغط حول إسرائيل لأقوم بتوضيح بعضالحقائق التاريخية حول هذه الدولة الجارة الصغيرة، ليس فقط لدحض الأكاذيب الفجّة حولمدى شرعيّتها و حول بعض مفاهيم العسكرة الشائعة التي يبدو أن الشباب العربي لايدركها جيّداً، و لكن لأن الأمل في السلام سيأتي من جيل جديد قادر على القراءةوالاستيعاب بعيداً عن آلة الإعلام العربي التي تضخّ في وعيه الأكاذيب و تخلط الحقائقطوال الوقت لخدمة الشعاراتية الفاشلة. هذه التدوينة عبارة عن حوار حول إسرائيل يعودالفضل في معظمها لأحد الفيسبوكيين العقلانيين، متبوعة بتجميع لبعض التعليقات والانتقادات التي دارت حوله



بدايةً:”نحن العرب ننظر بتعاطف كبير الى الحركة الصهيونية.ان وفدنا المفاوض الموجود هنا في باريس مطلع بشكل كامل على الأقتراحات التي قدمت البارحة من قبل المنظمة الصهيونية لمؤتمر السلام .ونحن نعتبرها معتدلة ومناسبة وسوف نبذل أقصى جهدنا لمساعدتهم ونرحب باليهود للعودة الى الوطن .أتطلع انا وشعبي الى مستقبل نساعد اليهود فيه ويساعدنا اليهود فيه لتعود البلدان التي لدينا بها الأهتمام المشترك لتأخذ مكانها مجددا في عالم المجتمعات المتحضرة في العالم.“
“We Arabs… look with the deepest sympathy on the Zionist movement. Our deputation here in Paris is fully acquainted with the proposals submitted yesterday by the Zionist Organisation to the Peace Conference, and we regard them as moderate and proper. We will do our best, in so far as we are concerned, to help them through; we will wish the Jews a most hearty welcome home… I look forward, and my people with me look forward, to a future in which we will help you and you will help us, so that the countries in which we are mutually interested may once again take their places in the community of the civilised peoples of the world.”

أحب أن أستهل التدوينة بهذه الكلمات أعلاه التي قالها الملك فيصل الأول ملك العراق ( على اليمين في الصورة أعلاه، و تشاييم ويزمان على يسار الصورة – أول رئيس لإسرائيل – ) في مؤتمر باريس للسلام، و أقول أيضــًا أن مجرّد وصول قائد الحركة القومية العربية من ناحية و الحركة الصهيونية من الناحية الأخرى إلى إتفاق، يدل على أن مصالح العرب و اليهود ليست بالضرورة متعارضة. لقد شبع الشباب العربي من حشو رأسه بالأكاذيب ليل نهار حول لامشروعية اسرائيل، وهنا سنعرض في هذه التدوينة و في تدوينات لاحقة بعض الأكاذيب المتعلقة بإسرائيل، ونفندها بالتفصيل.

أولاً: إسرائيل دولة دينية
إسرائيل ليست دولة دينية بالمعنى الذي يروّج له الإعلام العربي، فإسرائيل هي دولة تؤثــّر فيها الهويّة اليهودية و لكنها ليست
Theocracy
ثيوقراطية أو دولة تحكم بالدين، فهذا هو المعنى الذي يريد الجهلاء له، فالقول بأن أي دولة تؤثــّر فيها هوية دينية معينة يعني أنها دولة تحكم بهذا الدين فهذا جهل و غشم كبير إن لم يكن أكثر من ذلك، لن أقول أنني “أتحدى” و لكن سأقول أني “أطلب” من أي أحد أن يأتيني بإحصائية واحدة معترف بها تؤيّد أن إسرائيل دولة تحكم بالدين و أنها لا تحترم أي ديانة أخرى مثلما تحترم الديانة اليهودية و أن بها أي شكل من أشكال الدول الدينية المعروفة – في حين أن هذا كلــّه موجود في الدول الإسلامية – في الحقيقة يضحكني الذين لا يعرفوا التفرقة بين كلمة دولة دينية و الهوية الدينية لدولة ما…فالولايات المتحدة الأميركية ليست دولة دينية بما يصرّح بهكذا دستورها نفسه و مع ذلك هذا لم يلغ إحتفالها بالكريسمس و لم يقول أنه غير مشروع ألا تحتفل بالكريسمس أو باقية الأعياد ذات الطابع الديني….أكررها و أطلب من أي متكلــّم أن يأتي بأدلــّة ما يتكلــّم عليه بدلاً من التصريحات العشوائية. إسرائيل ليس لها أي
State religion
وعلى العكس من ذلك نجد أن الدولة الوحيدة في العالم التي تحرّم المواطنة و التعبد و الجنسية على غير معتنقي دينها الرسمي هي المملكة العربية السعودية
ثانيا: اسرائيل دولة يهوديّة وعنصرية وعسكرية
ربما أسخف شيء تقرأه في حياتك هو أنه بما أن إسرائيل هي دولة اليهود – بها أغلبية يهودية لتحافظ على هويتها اليهودية – فهي دولة عنصرية و عسكرية…سأترك البينة في نقطة أنها عنصرية و لا تحترم حقوق الإنسان على من أدعى ذلك بأن يوثقه من أي إحصائيات موثوقة و يكفــّوا عن الكلام بالباطل، و بالنسبة لنقطة أنها دولة “اليهود” فلا أفهم ما هو العيب هنا؟ فكل أناس لهم دولة ( و تقريبًا أغلب إن لم يكن كل دول العالم بها أغلبية من دين ما )، فلماذا اليهود هم الذين يكونوا عنصريين و مخربين إذا أرادوا أن يكون لهم دولة مثل باقي أمم الأرض. العرب عندهم 21 دولة لا تحترم حقوق إنسان و لا تحترم أديان الآخرين و لا أي شيء و مع ذلك المسلمين فخورين بهذا الكلام و المجتمعات كلها تعكس ثقافة و حضارة الأغلبية الدينية الموجودة فيها و ليست إسرائيل إستثناء، فمثلاً الهند و باكستان تم إنشاءهم من خلال تقسيم عنيف في نفس وقت نشوء إسرائيل و لم يقل أحد أن الدولتين غير شرعيتين لأن واحدة فيهم أغلبها مسلمين و الأخرى أغلبها هندوس و لم يقل أحد أنه لابد ألا يتم التأثــّر بتصرف الأغلبية في تلك المجتمعات، فمثلاً لم يطلب أحد ألا يتم تعامل الأبقار على أنها غير مقدسة! الإعتراض على أفعال المسلمين في دولهم له زاوية أخرى و هي عدم مثوله لحقوق الإنسان و لكن موضوع إعتبار الأبقار مقدسة فهذا لا يضر بشيء حقوق الإنسان. انحطاط الإعلام العربي أنه أدعى أن إسرائيل دولة عنصرية و عسكرية، فسآخذ بمبدأ “ما يقال بغير دليل يُنقــَض بغير دليل” و أقول أن إسرائيل لم تكن عنصرية أبدًا، بل العرب هم العنصريين ضد اليهود، و أيضــًا إسرائيل لم تبدأ و لا أي حرب ضد العرب، بل كل ما فعلته هو إستجابة لمحاربة العرب لها و ما يؤثــّر جدًا في نفس العرب هو أن “حملتهم الصليبية” على إسرائيل في بدايات نشأتها تم سحقها و كذلك كل الحروب اللاحقة، فيدعوا أنها دولة محاربة و عسكرية

ثالثاً: إسرائيل دولة إحتلال و هي من بدأ الحرب و العدوان ضد العرب
ما معنى احتلال؟ إسرائيل لم تحتل هذه الأرض بل اشترتها بأموالها من المتحكمين الفعليين للمنطقة و أيضــًا هي أرضها تاريخيًا، فلا أعرف ما هو الإحتلال هنا، يعني أخذ اليهود لأرضهم يعتبر إحتلالاً، لكن غزو المسلمين و العرب لقارات و دول كاملة لا تمت لهم بصلة و وضعها تحت هويتهم و ثقافتهم و تحكمهم -و من ضمنها إسرائيل – هذا لا يعتبر احتلالاً و لا وقاحة و لا أي شيء، بل أظنه يسمى غزواً أو فتحاً من فضل ما أعطاه الله للمسلمين من ضوء أخضر. أيضاً أريد من يسرد لي تاريخ هذه الــ”فلسطين” التي صدعونا بالحديث عليها ليلا ونهاراً؟ ما هي فلسطين هذه؟ فلسطين لم يكن لها أي قيمة و لا تاريخ قبل قيام دولة اسرائيل، و احتلال فلسطين المجهولة المعدمة يماثل بالضبط احتلال القطب الجنوبي أو أرض القمر أو المريخ حق لمن يمتلك التكنولوجيا و القدرة العسكرية. بالنسبة لموضوع حرب 1948، فالخرافة هي أن يقال أن إسرائيل هي من بدأت الحرب ضد العرب، فرئيس مجلس اللجنة العربية قال إن العرب سيحاربون من أجل كل سنتيمتر في أرضهم، و بعدها بيومين نادى شيوخ الأزهر في القاهرة بالجهاد ضد اليهود، و بعدها بفترة وجيزة جداً قال جمال حسيني المتحدث الرسمي باسم اللجنة العربية العليا للأمم المتحدة أن العرب سيغرقون أرضهم الحبيبة بدمائهم حتى آخر قطرة إذا ماتم التقسيم، وبعدها تحققت نبوءته فوراً بعد قرار التقسيم، في نوفمبر 29، 1947 و العرب أعلنوا عن اضراب احتجاجي وثاروا عدة ثورات قُتل فيها 62 يهودي و 32 عربي تقريباً، وبدأ العنف بالازدياد حتى نهاية السنة
أوّل هجوم كبير بدأ في 9 يناير 1948 وقتها دخل ألف من العرب في هجوم على المجمعات اليهودية في شمال فلسطين وفي فبراير زادت الأعداد المهاجمة بشكل كبير جداً، حتى أن القوات البريطانية قالت أنهم لم يكن معهم القوة الكافية ليردعوهم لدرجة أنهم سلموا لهم القواعد والأسلحة، و في أول مرحلة من الحرب –تقريبا منذ 29 نوفمر 1947 وحتى أبريل 1948 – بادر الفلسطينيون العرب بالهجوم بمساعدة بعض المتطوعين من البلدان المجاورة، هؤلاء الذين سنقوم بتعريفهم بالتعريف الصحيح بالإرهابيين والانتحاريين بدلاً من مصطلح الفدائيين المتعارف عليه، و خسر اليهود خسائر فادحة في هذا الهجوم و تعطلت كل طرقهم الأصلية
في أبريل 26، 1948 قال الملك عبد الله ملك إمارة شرق الأردن: “كل جهودنا لحل سلمي في مشكلة فلسطين فشلت و بهذا يتبقى لنا الحرب، ولي الشرف أن أنقذ فلسطين” طبعا هذا فقط لكي يحمي مصالح الأردن في فلسطين و التي كان الأردن شبه مسيطر عليها.
في مايو 1948 ضربت كتيبة عربية مستعمرة يهودية تسمى Kfar Etzion وبعدها ردّهم المدافعون ولكن هذه الكتيبة رجعت بعد حوالي أسبوع و كان المدافعين منهكين جداً و استسلموا بعدما وجدوا أنفسهم لا يستطيعون رد كل هذا الهجوم و تم ذبح كل هؤلاء اليهود بعد الاستسلام، و كل هذا كان قبل غزو الجيوش العربية الكبرى بعد إعلان اسرائيل الاستقلال، بعد هذا الحدث لامت الأمم المتحدة العرب على عنفهم، و كانت الهيئة الفلسطينية التابعة للأمم المتحدة غير مسموح لها من قبل البريطانيين أو العرب أن تدخل فلسطين، لتنفيذ القرار، قالت هذه اللجنة للأمم المتحدة أن التدخلات العربية من داخل وخارج فلسطين تفسد قرار المجمع العام General Assembly و يحاولون تغيير المستعمرات التي تم الاتفاق على وجودها بالعنف. و قال اليهود صراحةً أنهم لم يكونوا المعتدين، و لكن العرب صرّحوا بها صراحةً و قالوا نحن لا ننكر أننا نحن المعتدين فنحن أخبرنا العالم كلّه أننا سنحارب.
و بعدها صرّح القائد البريطاني جون بيجوت للكتيبة الأردنيّة العربية بهذا الاعتراف:
Early in January, the first detachments of the Arabs Liberation Army began to infiltrate into Palestine from Syria. Some came through Jordan and even through Amman.. They were to strike the first blow in the ruin of the Arabs of Palestine.

في بدايات يناير بدأت كتائب صغيرة من جيش التحرير العربي باختراق فلسطين من سوريا و لبنان و حتى من عمان، و في الحقيقة كانوا سيقومون بأول هجمة على حطام عرب فلسطين، و على الرغم من القلة العددية في المنظمات والأسلحة وكل شيء بدأ اليهود حملاتهم في الأسابيع من 1 أبريل وحتى إعلان الاستقلال في 14 مايو ، و استحوذت الهاجاناه على مدن كبيرة من ضمنها لاحقاً حيفا و تايبرياس او طبرية، و فتحت الطريق مؤقتاً إلى القدس. قرار التقسيم لم يتم تعليقه أو إلغاؤه، و لذلك كانت إسرائيل ولاية يهودية رسميّة في فلسطين وُلِدت في 14 مايو مع مغادرة البريطانيين للمدينة. و بعدها في الحال قامت خمس جيوش عربية من مصر و سوريا والأردن الشرقي و لبنان و العراق بغزو إسرائيل وأعلنوا نيّتهم في كلمات عزّام باشا السكرتير الام للاتحاد العربي:”هذد ستكون حرب إبادة، ستكون مذبحة رهيبة سيتم الحديث عنها مثل مذابح المنجوليين و الحملات الصليبيّة”! هنا يظهر بوضوح شديد من بدأ الحرب، إنهم العرب و ليسوا اليهود.
رابعاً: اليهود اعتبروا أن فلسطين أرضهم و هم أصل المشكلة
سأقول أن هذه أرض إسرائيل تاريخيًا فهذه الأرض أرضهم من قبل ميلاد رسول المسلمين بأكثر من ألف سنة و مع ذلك هم أشتروا هذه الأرض من أموالهم و بنوها من الصفر و حولوها من صحراء متخلفة – هكذا وصفها كل الأوروبيين و الأمريكان الذين زاروا المنطقة في وقت بداية تأسيس إسرائيل و منهم الكاتب مارك توين – إلى دولة من أعظم دول العالم! المسلمين هم الموهومون أن لهم أي حق في القدس أصلاً مع إنهم هم الغازي و المحتل و المعتدي و يظنون أنه بمرور وقت طويل من التاريخ فإن هذا سيغيّر حقيقة تلك الأرض اليهودية و يجعلها لهم
أما عن مسألة شراء اليهود للأرض من أصحابها الأصليين، فيكفي أن تعرفوا أن ثلاثة وسبعين بالمائة من أراضي اليهود تمّ شرائها من من ملاك المساحات الكبيرة من الأراضي و ليس من أي فلاحين، المصدر الموثوق منه هو الكاتب الإسرائيلي أبراهام جرونوت في كتاب
Abraham Granott, The Land System in Palestine: History and Structure
صفحة 278 .. أي أنه حتى اليهود كانوا يتفادون شراء الأراضي من الفلاحين الفقراء و كانوا يشترون الأراضي الكبيرة من الأغنياء الذين هم كانوا غائبين عنها أصلاً و كانوا يريدون تطوير صناعة الحمضيات، و احتاجوا الأموال لأغراض أخرى تماماً، واشتروا أيضا أراضٍ من كنائس و مجمّعات إسلامية لهم الحق و كامل التحكم في أراضيهم و الباقي –نسبة صغيرة من الأراضي- من حكومة الانتداب و التي لا يوجد إثبات أن تصرّف حكومة الانتداب البريطاني فيها غير قانوني، و لعل هذا يكون موضوعه تدوينة لاحقة عن مسألة شرعية الانتداب البريطاني الذي كان يستعمر الدول المتخلفة وينقل إليها الحضارة والصناعة و يقوم بتطوير الأرض و يعلّم الأمم المتأخرة و المعدمة كيفية الاستفادة من الموارد الطبيعية لديهم ثم فقط يقاسمهم العائد. أغلب الأراضي التي أشتروها إن لم تكن كلها أصلاً كانت أراضي قاحلة بها جميع أنواع التعفن و كل ما يثير الشفقة و حولوها إلى أراضي أوروبية
خامسا: اليمين و أميريكا يساندون إسرائيل و أي أحد يساند إسرائيل لابد و أنه يتمنى الرضاالأميريكي عنه
في الحقيقة أنا لا أجد ما يمكن ان يردّ به على هذا الكلام الفارغ بأنهم لا يعلمون شيئاً عن اليمين ، أمّا الشائعة الأخرى و التي هي أن إسرائيل ابنة أميريكا و أن أميريكا هي الوحيدة التي تساندها، فلا يوجد لها مصدر سوى الصحافة العربية المغلقة، في الحقيقة أن كل العالم المتحضر يساند إسرائيل و يعترف بها و من الناحية الأخرى يعترف بهمجية العرب و المسلمين و عدم إحترامهم لحقوق الإنسان. الولايات المتحدة ليست إستثناءًا من هذا العالم المتحضر فهي تساند إسرائيل في إطار ما يسمح به دستورها و قانونها و ما تراه صحيح…بل و حتى الولايات نفسها لا تساند أشياء المفترض أن تساندها مثل أن الولايات المتحدة لا توصم “إنكار الهولوكوست” بأنه عنصرية و كره و هذا بسبب التعديل الأول في دستور الولايات المتحدة ، في حين أن أغلب باقية العالم المتحضر يشجب و يدين مثل هذا الخطاب – إنكار الهولوكوست – و لكن السادة العرب المسلمين عندهم نظرية مؤامرة تتعشش في رؤوسهم بأن من لا يساند آراءهم أحادية النظرة و المغلقة و المنفصلة عن أي واقع أو حقائق يكون أميريكي و صهيوني
سادسا: لابد للمسيحيين و المسلمين أن يتكاتفوا أمام هذا الكيان العنصري المسمّىإسرائيل
في الحقيقة لا أفهم ما هذه الإزدواجية العجيبة التي يسبح فيها المسلمون حتى النخاع! حينما يكون عدو عندهم له أولوية – اليهود – فيطلبون من أعداءهم الآخرين أن يتكاتفوا معهم ضد هذا العدو و يحاولون أن يفتعلوا أنهم أصدقاء هذا العدو الآخر – المسيحيين -، القرآن واضح و صريح تماماً: “يا ايها الذين امنوا لا تتخذوا اليهود والنصارى اولياء بعضهم اولياء بعض ومن يتولهم منكم فانه منهم” يعني باختصار المسلمين لا أصدقاء لهم سوى المسلمين، ويكفي ما يتعرّض له مسيحيو مصر و العراق من ذبح وتقتيل علني فاجر على يد المسلمين

النقطة المضحكة هو خيال البعض الذي يصوّر له أن المسيحيين يكرهون اليهود! المسيحيين لا مشكلة لهم مع اليهود و لا العكس – على الأقل في الوقت الحالي – بقدر ما أن المسلمون هم من لديهم مشاكل مع جميع ديانات العالم غير ديانتهم…ثم من المضحك أن تجد أن الدول الأكثر تطبيقــًا للإسلام – السعودية على سبيل المثال لا الحصر – تمارس جميع أنواع العنصرية و الإضطهاد تجاه المسيحيين و جميع الديانات الأخرى هذا إن قبلتهم في بلدها أصلاً – بينما أنهم يتم إحترامهم أشد إحترام في إسرائيل ثم يأتي كتاب الصحافة الصفراء لكي يفهمونا أنه يمكن أن تكون هناك صداقة من أي نوع بين المسلمين و المسيحيين! صداقة المسيحيين لليهود أولى بكثير من صداقتهم للمسلمين! و إلا لماذا لم يأخذ اليهود أرضاً بها بترول و ذهب و أموال و ثروات – مع إنهم كانوا يستطيعون فعل ذلك جدًا إن كانت المسألة بلطجة -، لماذا برأيك أخذوا هذه الأرض بالذات؟ نعم أخذوها لأسباب دينية و لا عيب في هذا طالما أن دولتهم علمانية! الولايات المتحدة و أوروبا لهم هوية مسيحية و لكن لا يحكمون بالمسيحية، مع ذلك لم يقل أحد أن الدولتين غير مشروعتين لأنهما تعكسان التقليد الديني للأغلبية هناك، كذلك الأغلبية في الهند هندوس و لكن الهند لا تحكم بشريعة الأبقار المقدسة و مع ذلك فهي لها هويّة دينية و كل بلد في العالم هي هكذا، إلا إن كانت هذه الدولة غير موجودة على كوكب الأرض، بل الدول العلمانية يوجد بها مجتمعات كاملة مغلقة – ممكن أن أعطيك أمثلة كثيرة عليها لو أحببت – و لها هوية دينية معينة و تدرس تعاليم مسيحية أو يهودية فقط و تشبه دولاً من القرون الوسطى!
سابعا: كل عربي مسلم لابد أن يعمل بأوامر القرآن و يجاهد إسرائيل
هنا يتم التجلــّي بوضوح جدًا أن الإسلام هو أصل المشكلة كلها، فلا يوجد دين يجعل القتال و غزو الآخرين و إخضاعهم أمر و فعل مقدّس سوى هذا الدين الـ إسلامي! لا يوجد أي ديانة في كل التاريخ جاهدت من مرجعية من كتابها المقدّس سوى الإسلام، لذلك فكل العالم لا مشكلة عنده ألا يجاهد الآن لأن كل العالم يعرف أن الغزوات و القتل و الحملات الصليبية و ما شابه هي عادات و تقاليد عصور انصرمت، و لكن المسلمين هم الوحيدين الذين يواجهون – و سيظلوا يواجهون – مشكلة في عدم غزوهم و قتلهم للآخرين و إخضاع الآخرين لهم لأن هذا أمر صريح و واضح في كتابهم المقدس و هذا لا يخفى على أحد، فالمفسرين يوضحون بكل سفالة أن المسلمون لو كان معهم القوة لابد أن يغزو الآخرين و يخيروهم بين الإسلام أو الجزية لأن هذا “إمتثال لأوامر الإسلام”، اقرأوا مثالاً من العصر الحديث:
http://binbaz.org.sa/mat/8573
ثامناً: كراهية العلمانيين لحماس و حزب الله هي التي تجعلهم يكرهون الدين
أولاً: أحب أن أقول أن حماس و حزب الله و غيرهم يعرفون الإسلام أكثر من غيرهم بملايين المرّات، فهم لا يحاولوا أن يصنعوا إسلاماً مناسب للعصر و يلووا الحقائق الثابتة لهذا الدين الذي يأبى أن يخضع لأي تحضــّر أو تطوّر و يرى أن التقدّم هو في التخلــّف ( الرجوع للسلف ) و كل أفعالهم يستشهدون عليها من القرآن و السنة و من أفعال الصحابة….إلخ من المصادر الإسلامية الموثوقة أشد الثقة….الفرق كلــّه في العين التي تنظر على الكلام و الأفعال، فأعين العلمانيين و الليبراليين تقتنع أنه طالما حماس و حزب الله برروا أفعالهم بأوامر الإسلام الصريحة، إذًا هم خير تجسيد للإسلام، يعني ينظرون للأشياء بعين المنطق، و لكن الإسلاميين يحاولون أن يسدوا عين الشمس بغربال و يخترعوا إسلاماً جديداً لا علاقة له بالإسلام و يحاولون إلصاق الفظائع و الشنائع في أنواع المسلمين و ليس في الإسلام، حتى و إن استشهد من يرتكبون الشنائع على مشروعية هذه الشنائع و أنها واجبة من القرآن و السنــّة و حتى لو أنزلوا لهم الله نفسه ليقول لهم أن هذا هو الإسلام، فسيظلوا يستمعون لأفكارهم الساذجة فقط، مع إنني أتعجب في ماذا يختلف الإعلام العربي عن حماس أو حزب الله هنا، فهو يدعو ايضــًا لمجاهدة إسرائيل و محاربتها و يعترف أن هذه أوامر القرآن

في الحقيقة أنه لو العالم العربي جاهد إسرائيل فإن عليه أن يأخذ الحقيقة كاملة و يجاهد المسيحيين – أميريكا، أوروبّا و باقي الدول ذات الأغلبية المسيحية – أيضــًا، و طبعًا هو إن جاهد و قاطع إسرائيل وحدها فسيجد مئات الإختراعات التي لا غنى عنها في حياته اليومية – غير الإختراعات التي لا يستخدمها على أساس يومي – قد ذهبت مع الريح، فما بالنا بأن لو قاطع المسيحيين – باقية العالم المتحضــّر، لأنها نفسها أوامر القرآن أيضــًا و لأن أغلب – إن لم يكن كل – العالم المسيحي و العلماني له بيزينس كبير جدًا جدًا في إسرائيل، فالقرآن حينما حث على الجهاد، فإنه حث على جهاد غير المسلمين و لم يقل أن المسيحيين شعب الله المختار و إستثناء من الجهاد مثلاً، فمؤكــّد أنه سيعيش في خيام و رمال و ربما حتى يموت العالم العربي جوعًا! و لكن طبعًا هو يرى ما يريد أن يراه فقط من الدين كما تعودنا
في الختام لا يسعنا إلا أن نشعر بالعار الشديد و نحن نجلس على الإنترنت نسب اسرائيل ليل نهار بنسخة الويندوز العربية التي تم تصنيعها في معمل مايكروسوفت بتل أبيب، التي توصّل إليها العلماء الاسرائيليون بالصدفة و هم يصنعون النسخة العبرية و ذلك لأن العربية و العبرية كلاهما يكتب من اليمين إلى اليسار، لن أقارن بين حال جامعاتنا العربية المنحط وبين جامعات اسرائيل مثل جامعتي بن جوريون وتل أبيب لأن المقارنة مخجلة حقاً، و لا عن أفذاذ العلماء اليهود مثل أينستاين و سيجموند فرويد، و لا عن أنه في أكتوبر الماضي قد فازت البروفسورة الإسرائيلية عيدا يونات، من معهد وايزمان للعلوم التطبيقية في رحوفوت، مع عالمين آخرين، بجائزة نوبل للكيمياء على أبحاثها في التصوير البلوري لبنية مكونات الشيفرة الجينية لإنتاج البروتين، هذا في الوقت الذي ترزح فيه نساء العرب تحت تخلف النقاب و القهر و السيطرة الذكورية و الرجال قوامون على النساء و العنف الأسري، يكفي فقط أن نقول أن كل اقتصاد العالم الحديث مبني على أهم اختراع يهودي في القرن الرابع عشر: البنوك! اليهود بنوا في فلسطين أول مدرسة للزراعة في نصف الكرة الشرقي سنة 1870 و أسسوا معهد وايزمان للتكنولوجيا الفائقة سنة 1934 و هم ماضون بعزم شديد في الهندسة الجينية للمنتجات الزراعية و التي ستحل لنا مشاكل نقص الغذاء في هذا الكوكب، بهذا كانت البنية التحتية و العلمية لدولتهم جاهزة بالفعل قبل إعلانها كدولة. المشكلة ليست في وجود مؤامرة أمريكية صهيونية ضد العرب ، المشكلة في عدم وجود مثل هذه المؤامرة من الأصل، فلا العرب ولا المسلمون بالأهمية التي تجعل أي أحد في هذا العالم يستيقظ في الصباح وكل صباح ليقول بمَ نتآمر عليهم اليوم، ثم يقضي يومه وكل الأيام مغتاظاً يغلي يأكله الحقد و يحيك الدسائس ضد ما وصلوا إليه من تقدم تكنولوجي وحضارة هائلة، المهم في عالم اليوم هو المحتوى، محتوى اسرائيل و محتوى العرب أجمعين، لا أحد سيسألك عن هويتك و المهم هو ماتسهم به في اقتصاد العالم، كل الاتحاد العربي اليوم من جامعة دول عربية و بقية المنظمات السياسية العربية هو اتحاد أصفار، ولعله ليست مصادفة أبداً أن العرب هم من اخترعوا الصفر لأنهم لو يفهمون حقاً لنفضوا التراب عن أنفسهم و نبذوا ماضيهم المتخلف المتمثل في التمسك بالثوابت المحنطة وبالشعارات الجعجاعة التي لا طائل من ورائها و وضعوا أيديهم فوراً في يد الجارة العظيمة اسرائيل، و إلا سيظلون كما هم، واحد و عشرين صفراً.
و مايزال للحديث، بالتأكيد، بقيّة