Por Maikel Nabil Sanad
Artigo originalmente publicado em árabe
Tive um enorme choque cultural quando assisti pela primeira vez o vídeo da visita de Anwar Sadat ao Knesset [parlamento] israelense em 1977. As Cenas mais marcantes, que ficaram gravadas em minha mente e que até hoje não esqueci não foram imagens de Sadat ou de membros de sua comitiva, muito menos de autoridades e políticos israelenses. As cenas que mudaram a forma como vejo o conflito árabe-israelense foram da multidão de pessoas que foram ao Knesset receber e congratular o presidente egípcio.
Sabia que existia defensores da paz em Israel, mas não esperava ver milhares de pessoas vestidas de branco, carregando flores brancas e rosas, aglomeradas nas calçadas esperando horas para vivenciarem um acordo de paz com um chefe de Estado estrangeiro que antes era seu inimigo de guerra! A recepção íntima foi de tirar o fôlego: policiais israelenses organizando a multidão de pessoas que desejavam dar as boas vindas e parabenizar um presidente inimigo que soube fazer a paz – essas cenas mudaram minha vida. Naquele dia eu me perguntei: se o primeiro ministro de Israel vier ao Egito, em apoio oficial à paz entre nossos países, também será tão bem recebido pelos egípcios?
Não nego que me sinto culpado pelo fato de meus leitores egípcios ficarem chocados quando digo que sou pró-Israel, muitos me acusando de apoiar constantemente as políticas israelenses. Sinto-me culpado porque ainda não ter explicado sobre as razões da minha posição e não ter informado o que já sabia a respeito dos nossos vizinhos israelenses. Também me sinto culpado pelo fato de muitos israelenses demonstrarem espanto e incredulidade diante de minha posição pró-Israel, algumas vezes me acusando de estar querendo “enganar o povo de Israel”. Estão todos desculpados. Acredito que as dúvidas da maioria deles deriva do fato de ainda não ter-lhes explicado as razões e os motivos que foram construindo minhas posições políticas.
Este artigo é minha tentativa de explicar as razões que me transformaram em um defensor de Israel. Razões que me levaram a apoiar a continuação do Estado de Israel, o estreitamento de relações diplomáticas, políticas, comerciais e cientificas de forma plena e verdadeira entre os povos do Oriente Médio.
Na verdade, meu apoio a Israel não é em apoio a Israel em si, mas aos valores que o Estado de Israel representa na região. A questão não é sobre religião, raças ou idiomas, mas diferenças entre democracia e autoritarismo numa abordagem liberal e holística. Os valores de democracia e modernidade representados por Israel na região – quer gostemos disto ou não – está fazendo a diferença entre a prosperidade e a pobreza dos nossos povos.
Aqui eu vou expor algumas razões que explicam a minha posição:
1 – Política – Israel é a maior e mais antiga democracia na região
Israel possui um sistema político parlamentar. Organizou sua primeira eleição popular em 25 de janeiro de 1949, constituíndo seu primeiro parlamento – Atualmente já estão com seu décimo oitavo parlamento, com membros eleitos de forma contínua e sem nenhum tipo de problemas políticos. Durante esse período Israel já teve 9 chefes de Estado, iniciando com Chaim Weizman (1949) até o atual Shimon Peres (2007). E toda vez que um novo parlamento foi constituído houve um novo governo em Israel; ou seja, em 60 anos, Israel já teve 18 governos – quase um novo governo a cada três anos e quatro meses. E, em todas as vezes, as eleições israelenses ocorreram dentro da normalidade, sem golpes armados, sem denúncias de fraude eleitoral, sem resultados tipo 100% ou 99,9% para os vençedores.
Enquanto isso, nesse mesmo período de 60 anos tivemos 6 governos no Egito: o dos reis Farouk e Ahmed Fouad, e os dos presidentes Mohammed Naguib, Nasser, Sadat e Mubarak. Os três primeiros deixaram opoder em virtude de golpes ou manobras dos militares. Nasser, o quarto, manteve-se no seu trono até a morte, que segundo muitos teria ocorrido em virtude “de envenenamento” (se não tivesse morrido, estaria governando o Egito até hoje). Sadat, o quinto, foi assassinado e Mubarak, o sexto, está no poder a 30 anos e não se conhece uma maneira de tirá-lo de lá. Ou seja, num período em que Israel elegeu 18 governantes através de eleições livres, 6 governos egípcios chegaram ao poder através de golpes ou manobras dos militares. Nesta questão, é necessária mais alguma comparação?
Qualquer um pode abrir um mapa do Oriente Médio e constatar sem esforço que Israel é a maior democracia da região, mas para muitos será uma surpresa descobrir que grande parte da população do Oriente Médio só soube que Israel é um pais democrático em 2003, quando da invasão do Iraque pelos EUA. Os sistemas democráticos da Turquia, Irã, Líbano e Iraque estão distorcidos:
Na Turquia porque a legislação evita que correntes religiosas concorram nas eleições;
No Irã porque o dirigente maior do país não é eleito pelo povo;
E no Líbano e no Iraque por causa das divisões sectárias que dominam seus processos eleitorais. O resto da região é governada por reinos nômades (Arábia Saudita e Qatar) ou regimes militares (Síria, Egito, Sudão e Líbia). Por mais detalhada e abrangente que seja uma análise sobre os sistemas políticos da região, não se encontrará nenhum outro regime verdadeiramente democrático além de Israel.
E isto não é tudo. David Ben-Gurion, considerado por muitos o fundador do Estado de Israel, após ler a Declaração de Independência de Israel, serviu como presidente interino do país por apenas dois dias! Vejam só, o homem, que tinha o poder político e militar em suas mãos, entregou a presidência de Israel à Chaim Weizman! Ben-Gurion não foi como Atatürk, que criou uma "democracia" na Turquia que exclui os religiosos, não foi como Gaddafi, que está há 41 anos no poder e que pretende transferi-lo ao seu filho... Na verdade, Ben-Gurion cedeu o poder mais de uma vez: foi o chefe do governo israelense entre 1948 e 1954, mas foi sucedido por Moshe Sharett que governou o pais entre 1954 e 1955. Durante toda sua vida Ben-Gurion ocupou vários cargos públicos, sempre defendendo e trabalhando por transições democráticas, pacíficas e suaves. Alguns de vocês conhecem a história de algum líder árabe que desistiu do poder de forma tão pacífica, ordeira e democrática? Em contraste, nossos três últimos dirigentes foram: Abdel Nasser, que chegou ao poder através de um golpe militar e que lá permaneceu por 16 anos, Anwar al-Sadat, que governou sob tutela militar por 11 anos e Hosni Mubarak, que se agarra a 30 anos no poder. Não é digno respeitar uma democracia como a israelense?
2 – Trabalho e produção – os israelenses construíram um país inteiro – de agulhas ao reator nuclear – em menos de 50 anos
Israel de hoje é uma presença inovadora na região. Sem entrar na questão de origens históricas, o novo Estado de Israel surgiu depois do mandato britânico nesta região – em 14 de maio de 1948. E antes mesmo de sua fundação eles já tinham construído vilas, instituições de ensino, fazendas, cidades, fábricas, laboratórios e outras infinidades de feitos integrados e abrangendo todos os aspectos da vida. O povo judeu estabeleceu um Estado moderno, com um sistema político parlamentar, com separação dos poderes [legislativo, executivo e judiciário], com a iniciativa privada apoiada por políticas governamentais que continuamente fortalecem sua agricultura, turismo, tecnologia. Aqui podemos apreciar [a não ser que fechemos os olhos para a realidade ou que mintamos para nós mesmos] o valor da criatividade humana em um período de tempo tão curto.
Somos egípcios e temos orgulho de sermos egípcios, mas enquanto nos gabamos de sermos filhos de uma grande civilização com 5 mil anos de idade, não conseguimos construir um único reator nuclear; Israel já possuí cerca de 4 e, quando pensamos em construir um [reator nuclear] fomos procurar empresas internacionais para projetá-lo e construí-lo. Enquanto Israel se tornou um exportador de satélites de comunicações e de espionagem, o Egito compra satélites de comunicações de empresas francesas; enquanto Israel vende armas para a Rússia (herdeira da União Soviética) as fábricas de fogões e aquecedores do Egito não satisfazem nem mesmo os consumidores egípcios. Hoje milhares [de pessoas] no Oriente Médio já sabem que Israel possui diversos tipos de indústrias que não existem emnenhum outro país do Oriente Médio [e disto as lideranças árabes também não gostam]...
Os egípcios devem reconhecer o fosso tecnológico que nos separa de Israel. Devemos reconhecer que os israelenses (embora discordemos deles em diversos aspectos) trabalham diariamente, criando e produzindo. Devemos saber que eles não estão envolvidos em esquemas de corrupções e excesso de burocracia pública; que eles lutam e superam dificuldades tidas por muitos como impossíveis, como uma população relativamente pequena em guerras contínuas, isolamento entre seus vizinhos, conflitos de origem étnica e cultural, boicotes regionais e internacionais e, mesmo assim, superam-se continuamente. Enquanto isso, apesar da maioria dos países árabes viverem em paz à décadas, continuam se afundando em recessões, vivendo da importação de comida, roupas e necessidades básicas, governados por um grupos de ladrões e com a maioria da população preocupadas com religião e haxixe.
3 – Cultura – as melhores universidades da região
Israel possui 8 universidades. A mais antiga é a Universidade Hebraica de Jerusalém, fundada em 1918 – 10 anos após a Universidade do Cairo. Com exceção da Universidade Aberta de Israel, as demais 7 universidades do país estão entre as 500 melhores Universidades do mundo. A Universidade Hebraica de Jerusalém é a 77ª – o que a torna a melhor Universidade do Oriente Médio. Até recentemente não havia nenhuma Universidade árabe entre as 500 melhores do mundo, e até hoje não há nenhuma entre as 200 melhores do mundo. Curiosamente, nessa mesma época as Universidades egípcias começaram a pontuar menos no ranking global, incapazes de se reorganizar para se classificar entre as 200 ou 500 melhores do mundo. Na verdade, nesse período as Universidades árabes mergulharam em ondas de corrupções e falsificações de teses que provocou retrocessos e colapsos no sistema de ensino superior [da região].
Talvez vocês se surpreendam, mas hoje Israel já é o pais do mundo que mais investe (per capita) em pesquisa científica. Só para dimensionar isto em termos de % do PIB: Israel 4,7% e EUA 2,6%.
Enquanto isto, os 22 Estados membros da Liga Árabe juntos gastam menos do que o pequeno Estado de Israel em investigações científicas!
Enquanto isto, os 22 Estados membros da Liga Árabe juntos gastam menos do que o pequeno Estado de Israel em investigações científicas!
Anos atrás foram publicadas estatísticas comparando taxas de leitura e cultura no mundo. De acordo com esses dados, enquanto um israelense lê em média 40 autores por ano, os egípcios leêm apenas um. Isto significa que um cidadão egípcio precisa de 3.200 anos [imaginem então populações de outros países árabes que leêm muito menos do que os egípcios!] para ler a mesma quantidade de livros que um israelense em 10 anos. Eis aqui uma das razões da gigantesca diferença de conhecimento científico e tecnológico entre as populações de Israel e as dos países árabes.
4 – Direitos Humanos – área de maior liberdade na região
Lendo um e-mail de uma amiga israelense de origem árabe, fiquei sabendo que ela havia retornado de sua escola poucos dias antes do programado porque o governo de Israel permite que os estudantes muçulmanos [e de outras religiões] faltem as aulas nos dias de jejum do Ramadã [e/ou outros dias sagrados, conforme a religião de cada estudante]. Isto foi outro choque para mim, especialmente por ter testemunhado durante minha vida de estudante tantas intransigências e a mais absoluta falta de consideração de professores e funcionários do governo com cristãos egípcios, obrigando-os a realizarem exames e trabalhos escolares nos dias de feriados mais importantes para eles, ou no dia após o feriado. Esta é uma diferença entre a situação das minorias religiosas no Egito e Israel.
Ao contrário do que ainda hoje pensam muitos árabes, Israel possui um nível de respeito aos direitos humanos sem equivalente em qualquer outro pais da região. Em Israel não existe pena de morte ou qualquer outro tipo de punição corporal – apesar de sabermos que haja exceções. Dos países muçulmanos da região apenas a Turquia, Marrocos, Tunísia e Argélia não aplicam mais a pena capital. Infelizmente, países como Irã, Sudão e Arábia Saudita ainda aplicam castigos corporais como flagelações, amputações das mãos, enforcamento e apedrejamento.
Em Israel o próprio Estado protege às liberdades e direitos de expressão, de associações políticas e sociais das mais diversas naturezas seculares e liberais (ateus, gays, lésbicas, etc.), das mulheres, das crianças e dos idosos… Israel é o único país no Oriente Médio onde a mídia pode publicar críticas ao exército (lembre-se do filme “O Espírito de Shaked“), à autoridades públicas, à religião oficial do Estado…
Muitos árabes e africanos desconhecem este fato, mas Israel está ao lado dos fracos e oprimidos [desde que esses não queiram matar judeus e/ou acabar com o Estado de Israel], enviando ajuda e oferecendo todo tipo de apoio e assistência ao desenvolvimento, bem-estar e à prosperidade de várias sociedades humanas, independente de religião, sexo, cor da pele. Um exemplo disto são os muçulmanos de Darfur, que foram submetidos à terríveis sofrimentos (assassinatos, estupros e deslocamentos coletivos) por parte de seus irmãos muçulmanos do regime de Bashir. Alguns sobreviventes, atravessando territórios egípcios, conseguiram chegar a Israel, onde finalmente conseguiram viver como seres humanos livres. O que fizeram os árabes e muçulmanos em geral para aliviar os sofrimentos do povo de Darfur? Quantas demonstrações de solidariedade os egípcios ou árabes em geral realizaram aos milhares de curdos perseguidos e assassinados por Saddam Hussein?
Recentemente, departamentos do governo egípcio promoveram um cenário de conspiração israelense nos países da bacia do Nilo. Para mim não houve conspiração alguma, e sim boas relações diplomáticas que resultaram em bons entendimentos. Os egípcios que acreditam nesse tipo de publicidade desconhecem as dificuldades – causadas pelo abandono público, doenças, inundações e políticas equivocadas – dos egípcios e etíopes negros e pobres que vivem nas margens do Nilo. Por que não foram solidários com os problemas de seus irmãos negros? Enquanto muitos egípcios continuam mantendo um ar de superioridade racial quando se relacionam com negros egípcios e etíopes (também conhecidos como Nubios) Israel ajuda o povo da Etiópia a solucionar muitos dos seus problemas. Enquanto muitos egípcios se preocupam com movimentos terroristas no Afeganistão, Palestina e Iêmen, Israel reforça parcerias com outros países africanos. O resultado são as boas relações entre Israel e alguns países da África, especialmente com a Etiópia.
Se Gaza é mais importante para o Egito do que a Etiópia, por que perturbar os egípcios [com rumores de conspiração] sabendo que as nossas fracas relações com a Etiópia [e outros países da região] são resultado de políticas egípcias que por décadas ignoraram os países da África negra?
Ficamos felizes ao saber que muitos egípcios não se calaram quando outros compatriotas assassinaram sem piedade o sudanês Shalnahm Azbnahm nas ruas de Gizé. Mas por que tantos árabes não ajudaram seus irmãos de Darfur e nem os muçulmanos curdos assassinados por Saddam? Enquanto governos árabes e islâmicos do mundo assistiam sem nada fazer o sofrimento daqueles irmãos, Israel não só ajudou diretamente como denunciou essas atrocidades ao mundo. Que lições podemos tirar disto?
5 – Política externa de Israel tem por base o interesse, não o racismo [ou religião]
Idealmente todos os políticos deveriam ser pessoas escolhidas pelo povo para defender os interesses do povo, não só trabalhando para solucionar os problemas do presente como plantando sementes para beneficiar gerações futuras de sua nação. Esta linha da ação não se aplica à políticos que chegaram ao poder com tanques, mas se aplica a Israel, cujos membros dos partidos são periodicamente renovados de acordo com a decisão popular. O Likud, por exemplo, que os árabes [e ocidentais de esquerda] acusam de ser um partido de extrema-direita é o mesmo partido que assinou o acordo de paz com o Egito e devolveu todo o Sinai praticamente de graça - Israel só obteve o direito de navegação pelos estreitos internacionais. Os egípcios deveriam se perguntar: por que um partido de “extrema-direita” assinou um acordo de paz devolvendo um território maior de que seu próprio país? Por que, em troca de uma paz permanente, o Egito não devolveu nem um centímetro quadrado de terras do Sudão, que ocupa até hoje?
Tenho uma questão para os egípcios [e árabes em geral] que ainda hoje criticam o acordo de paz entre Israel e o Egito: se de forma hipotética, alterarmos as posições do Egito e de Israel na questão do Sinai, será que o Egito devolveria para Israel um centímetro das terras em troca de paz? Gostaria de dizer que sim e sei que outros egípcios também diriam sim, mas a maioria jamais concordaria.
Essa mesma linha de raciocínio pode ser aplicada nas negociações de paz entre Israel, os palestinos, os sírios e os libaneses. Mas na vida real os árabes vêm repetindo à décadas que “…Israel deseja ampliar seu país até torná-lo um império que vá do Nilo ao Eufrates.” Ora, Israel demoliu todas essas teses quando desmantelou todos seus assentamentos em Gaza. Naquele dia o exército israelense evacuou os colonos e moradores israelenses das casas, kibutz e prédios comunitários que eles mesmos haviam construído. Se Israel possui planos de se tornar um império do Nilo ao Eufrates, por que devolveu todo o Sinai e se retirou por completo de Gaza? Isto ocorreu simplesmente porque os interesses políticos israelenses superaram sua ideologia. Infelizmente, nos jogos políticos dos países árabes, as ideologias sempre acabam superando os interesses nacionais.
O governo sírio sabe muito bem que pode fazer um acordo de paz com Israel facilmente, mas ainda não é capaz de colocar os interesses do seu povo acima de estreitas ideologias reacionárias. São pessoas amarradas no passado, trilhando objetivos ideologicamente corrompidos.
Por diversas vezes assisti entrevistas de autoridades sírias falando sobre a ideia de paz com Israel. As argumentações deles não convencem, sempre respondem a maioria das perguntas com evasivas sem muita lógica ou simplesmente repetem definições politicamente ideologizadas – como a de Israel ser uma “entidade sionista” e não um Estado, ou que “… o maior empecilho para fazer a paz com Israel é a questão Palestina e não a Síria”. O que ganha o povo sírio forçado a viver em contínuo estado de guerra, com o governo gastando a maior parte do orçamento com o exército? Seria essa a solidariedade árabe dos irmãos muçulmanos da Síria (que faltou em Darfur e aos curdos do Iraque) ou uma tática maluca de manutenção de um estado de guerra permanente para o governante manter-se no poder?
Filmes árabes (principalmente egípcios) são constantemente transmitidos pela TV aberta de Israel, muitas vezes aplaudidos e elogiados pelos judeus de Israel. Os israelenses não vêem o idioma Árabe como uma ameaça à sua cultura e identidade, mas como uma aliada na coexistência pacífica com seus vizinhos; o árabe é um dos idiomas oficiais de Israel e possui a Academia Israelense da Língua Árabe, semelhante a Academia de Língua Árabe do Cairo.
Conclusão
Comparações entre as sociedades israelense e árabe são um tema longo e complexo, não podendo ser resumido em um único artigo. Aqui destaquei apenas os principais pontos que caracterizam as sociedades israelense e árabe do Oriente Médio. Os contrastes sociopolíticos, econômicos, tecnológicos nos mostram a necessidade de nos unirmos, apredendo e crescendo juntos e em harmonia. A moderna democracia de Israel, onde as pessoas vivem como cidadãos livres numa região do mundo onde liberdade de expressão ainda continua sendo crime, pode tornar-se uma aliada inestimável para realizarmos uma revolução social, econômica e educacional no mundo árabe. [Este é um dos motivos pelo qual muitos governos árabes tanto combatem Israel]…
O meu apoio a Israel não significa que concorde com todas políticas israelenses. Sou um liberal que apoia o direito de existência do Estado de Israel e muitas de suas políticas porque entendi os motivos e as razões.
Não possuo dogmas e nem sigo estreitas ideologias do passado; defendo ideias e trabalho para que os povos árabes também adquiram e ampliem direitos à liberdade, igualdade e prosperidade.
http://frankherles.wordpress.com/
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